O IDeA evidencia um padrão geral de relação entre nível de aprendizagem e as desigualdades por sexo que é diferente do verificado para as desigualdades por NSE e raça. Em primeiro lugar, as desigualdades por sexo não são correlacionadas ao nível de aprendizagem em nenhuma das disciplinas, uma vez que não há uma variação expressiva da proporção de municípios equitativos ou nas faixas de desigualdade ao longo dos diferentes níveis de aprendizagens. Em segundo lugar, o padrão das desigualdades varia consideravelmente conforme a disciplina analisada: há muito mais municípios em situação de equidade em Matemática (Tabelas 6 e 8) do que em Língua Portuguesa (Tabelas 5 e 7).

Quando se observa a evolução temporal desses dados, o que se nota é que os padrões de desigualdade se mantêm relativamente constantes tanto na situação de maior aumento do nível de aprendizagem, que é Língua Portuguesa no 5º ano (Tabela 5) quanto na de maior estagnação, que é  Matemática no 9º ano (Tabela 8).

Tabela 5 Nível e desigualdade de aprendizagem em Língua Portuguesa por sexo no 5º ano entre municípios brasileiros

Tabela 6 Nível e desigualdade de aprendizagem em Matemática por sexo no 5º ano entre municípios brasileiros

Tabela 7 Nível e desigualdade de aprendizagem em Língua Portuguesa por sexo no 9º ano entre municípios brasileiros

Tabela 8 Nível e desigualdade de aprendizagem em Matemática por sexo no 9º ano entre municípios brasileiros