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Desigualdades Escolares
Nesse eixo se agrupam estudos que realizam comparações de dados internacionais sobre resultados de aprendizagem e de políticas públicas educacionais; estudos esses que podem ter relações mais ou menos diretas com a pobreza e a desigualdade social.
Desde a segunda metade do século XX, tais comparações vinham sendo desenvolvidas por organismos internacionais como Information on Education Systems in Europe (EURYDICE) e International Association for the Evaluation of Education Achievement (IEA). No entanto, é de se ressaltar que, com o advento do Programme for International Student Assessment (PISA), realizado desde o ano 2000 pela OCDE, estudos comparativos transnacionais ganharam forte impulso, abrangendo um número maior de países e contemplando cada vez mais análises diacrônicas, que se beneficiam das sucessivas e regulares edições desse programa. Cabe destacar, ainda, a fraca participação do Brasil no tipo de estudos elencados nesse eixo, sendo que o único texto em língua portuguesa incluído neste corpus constitui uma tradução de um trabalho originalmente escrito em francês.
Esse eixo reúne estudos bastante diversos, tanto no que se refere ao número e tipos de países incluídos nas comparações (países do norte e/ou do sul), quanto no que tange aos fatores nelas considerados (padronização curricular; qualificação docente; número de alunos por sala de aula; grau de centralização do sistema de ensino; práticas pedagógicas de enturmação etc.). No conjunto dos estudos, ganha amplo destaque o tracking, compreendido como a separação dos alunos em distintos itinerários de ensino ou seu agrupamento por habilidades em diferentes turmas. Os resultados, em geral, indicam tratar-se de uma variável negativamente associada ao desempenho escolar e, portanto, fator de iniquidade educacional.
Talvez se possa dizer que a principal contribuição desses estudos seja evidenciar que, embora em todos os países investigados a origem social se constitua no fator de maior influência nas desigualdades de desempenho, tal influência não está imune aos efeitos das políticas e práticas educacionais vigentes em cada um dos sistemas nacionais de ensino. Ou seja, “certos sistemas educacionais conseguem melhor que outros limitar o peso do determinismo social” (CRAHAY e BAYE, 2013, p. 865), o que confere relevância e responsabilidade às opções e orientações educacionais tomadas em cada país.
In this axis are the studies that compare international data on achievement and educational public policies; these studies can be more or less directly connected to poverty and social inequality.
Since the second half of the 20th century, such comparisons have been developed by international bodies such as EURYDICE (Information on Education Systems in Europe) and IEA (International Association for the Evaluation of Education Achievement). However, with the advent of PISA (Programme for International Student Assessment, done by OECD since 2000), transnational comparative studies had a strong boost, covering a bigger number of countries and with increasingly more diachronic analyses which take advantage of the successive and regular PISA editions. It is worth mentioning the feeble participation of Brazil in the type of studies presented in this axis, as the only text in Portuguese included in this corpus is a translation of a work originally written in French.
This axis assembles very diverse studies regarding the number and types of countries included in the comparisons (north and/or south countries), as well as the number of factors considered (curriculum standardization; teacher qualification; number of students per class; education system level of centralization; types of grouping etc.). There is a clear prominence of studies on tracking, understood as the separation of students in different educational tracks or their grouping by abilities in different classes. The results, in general, indicate that it is a variable negatively associated to academic performance and, therefore, a factor of educational inequality.
Perhaps we can say that the main contribution of these studies is to show that, even though in all countries researched the social origin is the most influent factor on students’ achievement, such influence is not immune to the effects of educational policies and practices of each national educational system. In other words, “certain educational systems are more efficient than others in limiting the weight of social determinism” (CRAHAY e BAYE, 2013, p. 865), giving relevance and responsibility to the educational options and guidelines taken by each country.
Inglês
BODOVSKI, Katerina; BYUN, Soo-Yong; CHYKINA, Volha; CHUNG, HeeJin. Searching for the Golden Model of Education: Cross-National Analysis of Math Achievement. Compare: A Journal of Comparative and International Education, v. 47, n. 5, 2017.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5687514/
Abstract/résumé/resumo: We utilized four waves of TIMSS data in addition to the information we have collected on countries’ educational systems to examine whether different degrees of standardization, differentiation, proportion of students in private schools and governmental spending on education influence students’ math achievement, its variation and socioeconomic status (SES) gaps in math achievement. Findings: A higher level of standardization of educational systems was associated with higher average math achievement. Greater expenditure on education (as % of total government expenditure) was associated with a lower level of dispersion of math achievement and smaller SES gaps in math achievement. Wealthier countries exhibited higher average math achievement and a narrower variation. Higher income inequality (measured by Gini index) was associated with a lower average math achievement and larger SES gaps. Further, we found that higher level of standardization alleviates the negative effects of differentiation in the systems with more rigid tracking.
Keywords: standardization, differentiation, governmental spending on education, math achievement, socioeconomic gaps in achievement.
Usamos quatro ondas de dados sobre o TIMSS, além de informações coletadas sobre os sistemas educacionais dos países, para analisar se diferentes níveis de padronização, diferenciação, proporção de alunos em escolas privadas e gasto do governo em educação influenciam o rendimento dos alunos em matemática, suas variações e os gaps entre níveis socioeconômicos (NSE) no rendimento em matemática. Resultados: um maior nível de padronização do sistema educacional está associado com maior média no rendimento em matemática. Maior gasto em educação (% de gasto governamental total) estava associado com um menor nível de dispersão e menores gaps entre NSE no rendimento em matemática. Países mais ricos tiveram uma média maior em rendimento em matemática e menores variações. Maior desigualdade de renda (medida pelo índice Gini) estava associada com um rendimento médio em matemática mais baixo e maiores gaps entre NSE. Além disso, descobrimos que um maior grau de padronização reduz os efeitos negativos da diferenciação em sistemas com um tracking mais rígido.
Palavras-chave: padronização, gasto governamental em educação, rendimento matemática, gaps socioeconômicos em rendimento.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: –
CHIU, Ming Ming; KHOO, Lawrence. Effects of Resources, Inequality, and Privilege Bias on Achievement: Country, School and Student Level Analyses. American Educational Research Journal, v. 42, n. 4, Winter, 2005.
http://journals.sagepub.com/doi/abs/10.3102/00028312042004575
Abstract/résumé/resumo: This study examined how resources, distribution inequality, and biases toward privileged students affected academic performance. Fifteen-year-olds from 41 countries completed a questionnaire and tests in mathematics, reading, and science. Multilevel regression analyses showed that students scored higher in all subjects when they had more resources in their country, family, or school. Students in countries with higher inequality, clustering of privileged students, or unequal distribution of certified teachers typically had lower scores. Distribution inequality favored privileged students, in that schools with more privileged students typically had more resources. Overall, students scored lower when parent job status had a larger effect on student performance (privileged student bias) in a school or country. These results suggest that equal opportunity is linked to higher overall student achievement.
Keywords: distribution inequality, hierarchical linear modeling, international comparisons, socioeconomic status.
Este estudo analisa como recursos, desigualdade de distribuição e o viés favorável aos alunos privilegiados afeta o rendimento escolar. Jovens de 15 anos de 41 países preencheram um questionário e testes em matemática, leitura e ciência. Análises de regressão multinível mostraram que os alunos tiveram notas mais altas em todas as disciplinas quando tinham mais recursos em seus países, famílias ou escolas. Alunos de países com alto índice de desigualdade, agrupamentos de estudantes privilegiados ou uma distribuição desigual de professores certificados, tinham, normalmente, notas mais baixas. A desigualdade de distribuição favorece os alunos mais privilegiados, visto que as escolas com mais alunos privilegiados normalmente têm mais recursos. No geral, os alunos tiveram notas mais baixas quando o status da profissão dos pais tinha um efeito maior no desempenho do aluno (viés de privilégio do aluno) em uma escola ou país.
Palavras-chave: desigualdade de distribuição, modelo linear hierárquico, comparações internacionais, nível socioeconômico.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: 41 países
CHMIELEWSKI, Anna K.; REARDON, Sean F. Patterns of Cross-National Variation in the Association Between Income and Academic Achievement. AERA Open, v. 2, n. 3, 2016.
http://journals.sagepub.com/doi/abs/10.1177/2332858416649593
Abstract/résumé/resumo: In a recent paper, Reardon found that the relationship between family income and children’s academic achievement grew substantially stronger in the 1980s and 1990s in the United States. We provide an international context for these results by examining the income–achievement association in 19 other Organisation for Economic Co-operation and Development countries using data from the Progress in International Reading Literacy Study and the Programme for International Student Assessment. First, we calculate and compare the magnitude of “income achievement gaps” across this sample of countries. Second, we investigate the association between the size of a country’s income achievement gap, its income inequality, and a variety of other country characteristics. We find considerable variation across countries in income achievement gaps. Moreover, the U.S. income achievement gap is quite large in comparison to this sample of countries. Our multivariate analyses show that the income achievement gap is positively associated with educational differentiation, modestly negatively associated with curricular standardization, and positively associated with national levels of poverty and inequality.
Keywords: income achievement gap, cross-national comparisons, international large-scale assessments.
Em um artigo recente, Reardon mostrou que a relação entre renda familiar e desempenho acadêmico dos filhos tomou força substancial nos anos 1980 e 1990 nos Estados Unidos. Oferecemos aqui um contexto internacional para esses resultados examinando a associação renda- rendimento em 19 países da OCDE, usando dados do Progress in International Reading Literacy Study (PIRLS) e do Programme for International Student Assessment (PISA). Primeiramente, calculamos e comparamos a magnitude dos “gaps de desempenho por renda” por meio dessa amostra de países. Depois, investigamos a associação entre o tamanho do gap de desempenho por renda do país, sua desigualdade de renda e uma variedade de características dos países. Descobrimos uma variação considerável entre os países quanto ao gap de desempenho por renda. Além disso, o gap de desempenho por renda é grande em comparação à amostra dos países. Nossas análises multivariadas mostram que o gap de desempenho por renda é positivamente associado com a diferenciação educacional, modestamente negativa associada com a padronização curricular e positivamente associada com os níveis nacionais de pobreza e desigualdade.
Palavras-chave: gap de desempenho por renda, comparações internacionais, avaliações internacionais de larga escala.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: Comparação entre 15 países
LAVRIJSEN, Jeroen; NICAISE, Ides. Educational Tracking, Inequality and Performance: New Evidence from a Differences-in-Differences Technique. Research in Comparative and International Education, v. 11, n. 3, Sept., 2016.
http://journals.sagepub.com/doi/abs/10.1177/1745499916664818
Abstract/résumé/resumo: One of the important differences between educational systems from different countries is the age at which students are placed into separate tracks. We examined the effects of the age at which tracking occurred on student achievement in a comparative perspective, making use of recent waves of three internationally standardized student assessments (PISA, TIMSS, and PIRLS). In order to control for unobserved national heterogeneity, we adopted a differences-in-differences approach, in which we controlled secondary school results for differences already present in primary school (i.e. before the introduction of tracking). The results indicate that early tracking has a negative effect on mean performance of students, particularly in the domain of literacy. Moreover, by separating out groups with different abilities, it is shown that early tracking has a very strong negative effect on low achieving students, suggesting that disadvantageous peer- and environmental effects in the lower tracks may have detrimental consequences on students’ academic achievements. By contrast, a null effect on the group of top achieving students was found, suggesting that comprehensive systems can equally challenge high performers to learn at a high pace. Keywords: cognitive achievement, diff-in-diff, dispersion, literacy, numeracy, tracking.
Uma das diferenças importantes dos sistemas educacionais em diferentes países é a idade na qual cada aluno segue tracks distintos. Analisamos os efeitos que a idade na qual o tracking ocorre no rendimento do aluno, dentro de uma perspectiva comparativa, usando ondas recentes de três exames padronizados internacionais (PISA, TIMSS e PIRLS). A fim de controlar heterogeneidades nacionais não observáveis, adotamos a abordagem diferenças-na-diferença, na qual controlamos os resultados escolares secundários para diferenças já presentes na escola primaria (isto é, antes da introdução do tracking). Os resultados indicaram que um tracking antecipado tem um efeito negativo na performance média dos alunos, em especial em letramento. Além disso, ao separar os grupos por diferentes habilidades, o tracking antecipado tem fortes efeitos negativos nos alunos de baixo rendimento, sugerindo que os efeitos dos pares e do ambiente nos tracks de menos prestígio podem ter consequências prejudiciais nos rendimentos acadêmicos dos alunos. Ao contrário, encontrou-se um efeito nulo no grupo de alunos com melhor rendimento, sugerindo que sistemas abrangentes podem, da mesma forma, desafiar alunos de bom rendimento a aprender em um ritmo mais acelerado.
Palavras-chave: rendimento cognitivo, dispersão diferenças-na-diferença, letramento, numeramento, tracking.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: –
MONTT, Guillermo. Cross-national Differences in Educational Achievement Inequality. Sociology of Education, n. 84, 2011.
http://journals.sagepub.com/doi/abs/10.1177/0038040710392717?journalCode=soea
Abstract/résumé/resumo: School systems are called not only to instruct and socialize students but also to differentiate among them. Although much research has investigated inequalities in educational outcomes associated with students’ family background and other ascriptive traits, little research has examined cross-national differences in the total amount of differentiation that school systems produce, the total achievement inequality. This article evaluates whether two dimensions of educational systems – variations in opportunities to learn and intensity of schooling – are associated with achievement inequality independent of family background. It draws data from the Programme for International Student Assessment for more than 50 school systems and models the variance in achievement. Findings suggest that decreasing the variability in opportunities to learn – in the form of greater homogeneity in teacher quality and the absence of tracking – within the school system might reduce achievement inequality. More intense schooling is also related to lower achievement inequality to the extent that this intensity is homogeneously distributed within the school system, particularly in the form of a more highly qualified teacher workforce.
Keywords: comparative education, educational achievement, achievement inequality, PISA, variance regression.
Os sistemas escolares são chamados não apenas para instruir e socializar os estudantes, mas também para diferenciá-los. Apesar de muitas pesquisas investigarem as desigualdades dos resultados educacionais associadas ao background familiar dos alunos e outros traços ascriptivos, poucas examinaram as diferenças entre os países no volume de diferenciação que o sistema escolar produz, o total da desigualdade de rendimento. Este artigo avalia se duas dimensões do sistema educacional – variações de oportunidades para aprender e intensidade de escolarização – estão associadas com a desigualdade de rendimento independentemente do background familiar. Ele usa dados do PISA para mais de 50 sistemas escolares e modelos de variação em rendimento. Os resultados sugerem que a diminuição da variação de oportunidades para aprendizagem – na forma de maior homogeneidade na qualidade dos professores e ausência de tracking – dentro do sistema da escola pode reduzir a desigualdade de rendimento. A escolarização mais intensa está também relacionada com menor desigualdade de rendimento, na medida em que essa intensidade é distribuída homogeneamente dentro do sistema escolar, em particular na forma de professores altamente qualificados.
Palavras-chave: educação comparada, rendimento educacional, desigualdade de rendimento, PISA, regressão de variância.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: dados do PISA de 50 países
OPPEDISANO, Veruska; TURATI, Gilberto. What Are the Causes of Educational Inequality and of Its Evolution over Time in Europe? Evidence from PISA. Education Economics, v. 23, n. 1, 2015.
https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/09645292.2012.736475
Abstract/résumé/resumo: This paper provides evidence on the sources of differences in inequality in educational scores and their evolution over time in four European countries. Using Programme for International Student Assessment data from the 2000 and the 2006 waves, the paper shows that inequality decreased in Germany and Spain (two ‘decentralised’ schooling systems), whilst it increased in France and Italy (two ‘centralised’ systems). The decomposition exercise shows that educational inequality not only does reflect the background related inequality, but also schools’ characteristics especially. These characteristics are responsible for the observed evolution over time of inequality.
Keywords: educational inequalities, Oaxaca decomposition, decentralization of educational policies.
Este trabalho fornece evidências nas origens das diferenças na desigualdade das notas educacionais e sua evolução temporal em quatro países europeus. Usando dados do PISA nos anos de 2000 e 2006, o trabalho mostra que a desigualdade diminuiu na Alemanha e na Espanha (dois países com sistemas escolares “descentralizados”), enquanto cresceu na França e na Itália (dois sistemas “centralizados”). Um exercício de decomposição mostra que a desigualdade educacional não apenas reflete o background relacionado à desigualdade, mas também especialmente as características escolares. Essas características são responsáveis pela evolução observada na desigualdade ao longo do tempo.
Palavras-chave: desigualdades educacionais, decomposição Oaxaca, descentralização das políticas educacionais.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: Alemanha, França Espanha, Itália
Francês
DAMON, Julien. L’éducation et l’accueil des jeunes enfants: un rapport de l’OCDE sur la petite enfance. Recherches et Prévisions, n. 66, 2001.
https://www.persee.fr/doc/caf_1149-1590_2001_num_66_1_985
Abstract/résumé/resumo: Cette note reprend, résume et commente un récent rapport de l’Organisation de coopération et de développement économique (OCDE) sur la petite enfance et les politiques développées en leur direction dans une douzaine de pays membres de cette organisation. Dans les pays de l’OCDE, citoyens et responsables politiques considèrent que l’amélioration de l’accueil et de l’éducation des jeunes enfants est une priorité tant sur les volets de l’accessibilité que de la qualité.
O trabalho resume e comenta um relatório recente da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) sobre a primeira infância e as políticas desenvolvidas em 12 países membros da organização. Nos países da OCDE, os cidadãos e responsáveis políticos consideram que a melhoria no acolhimento e na educação das crianças pequenas é uma prioridade tanto nos quesitos de acessibilidade como de qualidade.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: 12 países da OCDE
ROBERT, Bénédicte. Les politiques scolaires de compensation en France et aux États-Unis. Diversité des acceptions et convergence des choix. Revue internationale de politique comparée, v. 14, n. 3, 2007.
https://www.cairn.info/revue-internationale-de-politique-comparee-2007-3-page-437.html
Abstract/résumé/resumo: Les politiques de compensation rompent avec le principe de l’égalité de traitement au nom de la justice corrective. Au cours de la mise en œuvre, les acteurs français et américains ont utilisé la subvention accordée pour diminuer le nombre d’élèves par enseignant. Cette utilisation ne va pas de soi, tant au regard des objectifs des politiques de compensation que de l’efficacité de cette pratique sur la réussite scolaire. La reconstitution des processus de changement montre que ce choix était celui qui modifiait le moins les pratiques existantes, tout en ayant une signification différente dans les deux pays.
As políticas de compensação rompem com o princípio de igualdade de tratamento em nome da justiça corretiva. Durante sua implementação, os autores franceses e americanos se utilizaram da subvenção acordada para diminuir o número de alunos por professor. Esse uso não é óbvio, tanto do ponto de vista dos objetivos das políticas de compensação quanto da eficiência dessa prática no sucesso escolar. A reconstituição dos processos de mudança mostra que essa escolha era a que menos modificava as práticas existentes, tendo diferentes significados nos dois países.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: França e Estados Unidos
Português
CRAHAY, Marcel e BAYE, Ariane. Existem escolas justas e eficazes?. Cad. Pesqui. [online], v. 43, n. 150, 2013.
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-15742013000300007&script=sci_abstract&tlng=pt
Abstract/résumé/resumo: Pesquisas internacionais recentes comprovam a forte relação entre a origem social dos alunos e o sucesso escolar, já observada em estudos realizados desde a década de 1950. Se a universalidade desse fenômeno é indiscutível, os resultados das pesquisas indicam igualmente que a influência da condição socioeconômica no desempenho dos alunos varia conforme o país, e que certos sistemas educacionais conseguem melhor que outros limitar o peso do determinismo social. A proposta deste artigo é avançar na exploração dessa problemática com base nos resultados do PISA 2009 para a América Latina, tomando como referência o desempenho em leitura e matemática e os índices de repetência. Os resultados confirmam que uma redução das desigualdades sociais de sucesso e um aumento da eficácia não são incompatíveis.
Palavras-chave: desigualdades sociais, rendimento escolar, PISA, educação comparada.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: América Latina
Inglês
FARNEN, Russell F. Class Matters: Inequality, SES, Education and Childhood in the USA and Canada Today. Policy Futures in Education, v. 5, n. 3, 2007.
http://journals.sagepub.com/doi/10.2304/pfie.2007.5.3.278
This article examines recent trends in childhood and youth policy, political socialization, and civic education in the USA and Canada since 2000. It examines some of the current trends (such as political socialization and education research findings on children and youth) as well as policy initiatives (such as the landmark federal legislation called the “No Child Left Behind” law which mandates yearly testing in reading, writing, and mathematics from grade 5 on while totally ignoring other fields critical to democratic political development (such as social studies and civics). In addition, the article broaches the subject of class and socio-economic status (SES) in the US educational system and other trends such as introducing service learning into the elementary grades. Briefly put, all measures used for evaluation to date point to SES as the principal determinant of test performance, along with race, ethnicity, urban residence, and other such background factors. Service learning is also worth discussing both for its philosophical roots (which are firmly middle class) but also for its fit with the US and Canadian volunteeristic capitalistic political cultures which stress self-reliance and individualism. The article also considers some of the counter-effectiveness research that people (such as Gerald Bracey) use to indicate that except for its elitism, the US/Canadian educational systems are not underperforming and that educational critics have a hostile anti-public policy stance because they wish to privatize everything, regardless of the consequences therefrom to a democratic society.
GRUBB, W. Dynamic Inequality and Intervention: Lessons from a Small Country. The Phi Delta Kappan, 89(2), 105-114, 2007.
http://journals.sagepub.com/doi/abs/10.1177/003172170708900206
Esse eixo reúne trabalhos bastante abrangentes em termos de levantamento de dados (surveys), que buscam, essencialmente, conhecer a magnitude das desigualdades sociais de escolarização e o modo como elas se configuram, em contextos nacionais e momentos históricos específicos. Em maior ou menor medida, esses estudos procuram, também, explicar o fenômeno, à luz dos fundamentos teóricos produzidos pelas Ciências Sociais, em suas diferentes tradições.
Um denominador comum marca o conjunto de trabalhos: a reafirmação daquilo que já se tornou uma “lei de bronze” da pesquisa educacional, a saber: a forte e persistente associação entre origem social do estudante e seu desempenho escolar. Tal reafirmação, que poderia soar como ausência de originalidade, ganha, entretanto, extrema relevância quando se constata que essa “lei” se mantém, apesar do processo inequívoco de massificação escolar e mesmo dos avanços obtidos com a implementação, nas últimas décadas, de políticas educacionais que, apesar de seu caráter democratizante, não se convertem em superação da iniquidade face aos bens escolares. Não se duvida que o fenômeno da universalização do acesso aos níveis básicos dos sistemas de ensino tenha resultado numa elevação geral do nível de instrução da população dos diferentes países concernidos. No entanto, aprofundaram-se as distâncias entre as aquisições cognitivas (“proficiência”) de alunos situados em polos opostos da escala socioeconômica (no jargão anglo-saxônico, o achievement gap). Dois dos estudos contemplados neste eixo (REARDON, 2011; DUNCAN e MURNANE, 2014) mostram-se especialmente relevantes em razão da perspectiva diacrônica que apresentam. Eles evidenciam que um estudante norte-americano nascido no início do século XXI e pertencente ao quintil inferior da distribuição de renda apresenta um gap de desempenho, em relação a seus pares dos quintis superiores de renda, muito maior do que aquele verificado nos anos 1970 entre estudantes situados nas mesmas posições da escala social.
Todavia, é interessante observar que a interpretação das relações entre origem social e desempenho escolar ganha nuances diferenciadas, segundo os textos. Por um lado, é consensual a constatação de que os investimentos parentais na escolarização dos filhos vêm crescendo e se sofisticando ao longo das últimas décadas, embora isso ocorra de modo mais intenso entre os pais mais bem posicionados na escala social. Mas, por outro lado, os autores se distinguem quanto ao peso que atribuem aos fatores responsáveis pelo aprofundamento do achievement gap. Alguns colocam ênfase na distribuição e no uso diferencial (mais ou menos rentável), entre as famílias, dos recursos financeiros destinados à educação; outros, nos efeitos das desigualdades de recursos culturais, com destaque para o capital informacional (isto é, o conjunto de informações sobre o funcionamento do sistema de ensino, informações essas que são utilizadas com maior ou menor proveito segundo a família); outros, ainda, chamam a atenção para um conjunto de investimentos imateriais feito no desenvolvimento cognitivo dos filhos, em particular o montante de tempo despendido no acompanhamento das atividades escolares e o modo de uso desse tempo, bem como as oportunidades de enriquecimento intelectual a que os pais expõem cotidianamente os filhos. Em suma, o conjunto desses estudos leva à conclusão de que os benefícios escolares extraídos tanto do capital econômico quanto do capital cultural vêm crescendo e se potencializando, mas de modo diferencial segundo a posição social da família.
Esse eixo conta com um significativo número de trabalhos publicados no Brasil, os quais se caracterizam bem mais pela constatação e mensuração das desigualdades de escolarização entre os diferentes grupos sociais do país do que pela interpretação do fenômeno, tal qual realizada pelos estudos anglófonos e francófonos acima referidos. Trata-se, assim, no caso brasileiro, de trabalhos marcados por um caráter predominantemente descritivo. A esse respeito, cabe lembrar que somente a partir dos anos 1990 o país passou a contar com dados estatísticos educacionais em escala nacional (emanados do Ministério da Educação, por meio do INEP), que permitiram aos pesquisadores realizar esse tipo de diagnóstico, embora com grande defasagem em relação aos vastos levantamentos estatísticos desenvolvidos nos países ocidentais industrializados já desde meados do século XX. Sabe-se que esses levantamentos forneceram os elementos essenciais para a construção das importantes teorizações que se seguiram e que ainda hoje constituem o pano de fundo de nossos debates, cabendo aos estudiosos brasileiros o desafio de construir, a partir de agora, interpretações que, sem deixar de considerar essas relevantes tradições teóricas, aprofundem-se na compreensão das especificidades do contexto nacional.
Cumpre ressaltar por fim que, devido ao foco nas questões da desigualdade/pobreza, foram remetidos para a bibliografia secundária desse eixo diversos textos que tangenciam essas questões, porém, no quadro de abordagens centradas, seja no papel dos fatores internos ao sistema de ensino (school efectiveness), seja na relação família-escola (especialmente, nesse caso, o fator parental involvement, que vem sendo explorado, em diversos estudos, como um importante componente explicativo das desigualdades educacionais no cenário contemporâneo).
This axis assembles extremely broad works in terms of data collection (surveys) that aim, essentially, to know the magnitude of social inequalities in schooling and its configuration, in national contexts and specific historic moments. In a higher or lesser degree, these studies also try to explain the phenomenon, based on theoretical basis of Social Science, in different traditions.
A common denominator marks this set of works: the reaffirming of what has become a ‘rule’ of educational research, that is, the strong and persistent association between students’ social origin and educational achievement. What could sound as a lack of originality gains, however, extreme relevance when we see that this “law” continues, despite the undeniable process of school massification and even the advances resulting from the implementation, in the last decades, of education policies that, regardless their democratizing character, was not transformed into the overcoming of educational inequalities. There is no doubt that the phenomenon of universalization of access in the basic levels of the educational system resulted in a general increase in the level of instruction in the different countries studied. However, the gap has deepened between the students on the opposite sides of the socioeconomic scales (in the Anglo-Saxon jargon: the achievement gap). Two studies in this axis (REARDON, 2011; DUNCAN e MURNANE, 2014) seem to be especially relevant due to the diachronic perspective they present. They show that an American student born in the beginning of the 21st century from the lower quintile of income distribution presents, in relation to his peer in the higher income quintiles, a much higher achievement gap than could be see in the 1970s between students in the same social positions.
However, it is interesting to observe that the interpretation of the relations between social origin and academic achievement gain different nuances depending on the texts. On one hand, it is a consensus that parental investments in their children’s education is growing and becoming more sophisticated in the last decades, even though this is more intense among parents higher positioned in the social scale. However, on the other hand, the authors diverge on the weight given to the factors responsible for deepening the achievement gap. Some emphasize the different distribution and use of financial resources (more or less rentable) allocated by families; others, focus on the effects of cultural inequalities, informational capital (that is, the set of information that can be used more or less profitably according to the families); others call attention to a series of immaterial investments done in children’s cognitive development, particularly the amount of time spent following their school activities, as well as the intellectually enriching opportunities that parents expose to their children. Summing up, the collection of these studies leads to the conclusion that the school benefits resulted from economic and cultural capital have been growing and becoming more powerful but differing according to the families’ social position.
This axis has a significant number of works published in Brazil characterized more by the confirmation and measurement of achievement inequalities among the different social groups in the country, than the interpretation of the phenomenon, as was done by francophone and anglophone studies. Thus, the Brazilian studies have a predominantly descriptive characteristic. About this, we have to remember that only in the 1990s the country started to have education statistic data in national scale (from the Ministry of Education, through INEP) that allowed researchers to do this type of diagnosis, with a great delay comparing to the broad statistical surveys developed by western industrialized countries since mid-20th century. We know that these surveys provided the essential elements to construct important theories that, until now, constitute the background of our debates. Therefore, Brazilian researchers have, from now on, the challenge to build interpretations that, without disregarding the relevant theoretical traditions, deepen the understanding of national context specificities.
Finally, it is worth highlighting that, due to the focus on inequality/poverty issue, several texts that touched these questions were sent to the secondary bibliography, as their approach were centered on the role of internal factors of the educational system (“school effectiveness”, or on the relation family-school (especially, in this case, on “parental involvement” which has been explored by many studies as an important explanatory element of the educational inequalities on the current scenario).
Inglês
DUNCAN, Greg; MURNANE, Richard. Growing Income Inequality Threatens American Education. Phi Delta Kappan, v. 95, Mar., 2014.
http://journals.sagepub.com/doi/abs/10.1177/003172171409500603
Abstract/résumé/resumo: Rising economic and social inequality has weakened neighborhoods and families in ways that make effective school reform more difficult.
As crescentes desigualdades sociais e econômicas têm enfraquecido vizinhanças e famílias de forma a tornar mais difíceis reformas efetivas nas escolas.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: Estados Unidos Estados Unidos
EVANS, Robert. Reframing the Achievement Gap. Phi Delta Kappan, v. 86, n. 8, Apr., 2005.
http://www.robevans.org/Pages/articles/achievementgap.htm
Abstract/résumé/resumo: The achievement gap, the persistent disparity between the performance of African American and Hispanic students and that of white and Asian American students, is perhaps the most stubborn, perplexing issue confronting American schools today. Closing the gap is widely seen as important not just for the education system but ultimately for the economy, social stability, and moral health as a nation. The conventional wisdom has it that the achievement gap is a school problem. This belief is invitingly simple, allowing a narrow focus on schools that suits the current passion for accountability through testing. But it is fatally shortsighted. It misunderstands and mistreats schools and, more important, black and Hispanic students. When the achievement gap and schooling itself is set up in the broader context of how children grow up, it becomes clear that the issue far transcends the classroom. Its roots lie well beyond the reach of schools, and so the underlying dilemma will require much, much more than school-based strategies and programs. Educators must do all they can to pursue promising approaches for reducing the gap. But holding them, almost alone, accountable for closing it is a doomed strategy that can only hurt the most vulnerable children.
O gap de desempenho, a diferença persistente entre os resultados de alunos negros e hispânicos em relação aos estudantes brancos e asiáticos, é talvez a questão mais persistente e complexa a confrontar atualmente as escolas americanas. Fechar essa lacuna é amplamente considerado importante não apenas para o sistema educacional, mas em última instância para a economia, estabilidade social e saúde moral da nação. O senso comum acredita que o gap de desempenho é um problema escolar. Essa crença é convidativamente simples, permitindo um foco restrito nas escolas que casa com a atual paixão pela accountability por meio de exames. Contudo, ela é fatalmente míope. Ela interpreta e trata mal as escolas e, mais importante, os alunos negros e hispânicos. Quando o gap de desempenho e a escolarização propriamente dita são colocados no contexto maior de como essas crianças crescem, fica claro que essa questão transcende em muito a sala de aula. Suas raízes estão muito além da influência da escola, e, sendo assim, o dilema oculto requer muito mais do que estratégias e programas baseados na escola. Os educadores têm que fazer tudo que podem para procurar abordagens promissoras para reduzir essa diferença. No entanto, responsabilizá-los, quase que sozinhos, por acabar com essa distância é uma estratégia condenada a fracassar e que só irá prejudicar as crianças mais vulneráveis.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: Estados Unidos
PARSONS, Carl; THOMPSON, Trevor. Ethnicity, Disadvantage and Other Variables in the Analysis of Birmingham Longitudinal School Attainment Datasets. Educational Review, v. 69, n. 5, 2017.
Abstract/résumé/resumo: Explaining and responding to inequalities in attainment are significant educational policy challenges in England as elsewhere. Data on four cohorts of Birmingham Local Education Authority (LEA) pupils, each approximately 13,000, were analysed by ethnicity, deprivation, gender and other relevant individual pupil variables. For the four successive cohorts of children, aged five in 1997–2001, analysis shows the attainment trajectory of each ethnic group from Baseline/Foundation Stage Profile (age 5) to GCSE (age 16). The relative constancy over time, the changes from one key stage to the next and the differences within broad ethnic categories argue against simplistic explanations. The ethnicity variable accounts for a relatively small amount of variance in pupil achievement, with the same ethnic subgroups recurrently low attainers. Considering explanatory perspectives on educational inequalities and ethnicity in the light of these data, we conclude that a structuralist perspective offers the best explanation recognising economic exploitation, dominance and oppression at the national and local levels. Notions of institutional racism and Critical Race Theory (CRT) are considered to be inadequate and counter-productive, in part shown by their inability to accommodate the range of attainment levels and educational experience of different ethnic groups. More tellingly, they lack causal explanations relevant to the United Kingdom and deflect attention from the need for sustained effort to reduce poverty and disadvantage as it affects children.
Keywords: ethnicity, disadvantage, gender, attainment inequalities.
Explicar as desigualdades de resultados e dar respostas a elas são desafios educacionais importantes para as políticas na Inglaterra e no resto do mundo. Dados de quatro coortes dos alunos do Birmingham Local Education Authority (LEA), cada uma com aproximadamente 13 mil alunos, foram analisados por etnia, pobreza, gênero e outras variáveis individuais relevantes. Para quatro coortes sucessivas de crianças, com 5 anos em 1997-2001, a análise mostrou a trajetória de desempenho de cada grupo étnico desde o Baseline/Foundation Stage Profile (aos 5 anos) ao GCSE (aos 16 anos). A constância relativa através do tempo, as mudanças de um ponto-chave na trajetória para o outro e as diferenças dentro de categorias étnicas amplas vão contra explicações simplistas. A variável étnica dá conta de uma pequena variação do resultado estudantil, sendo que os mesmos subgrupos étnicos estão continuamente entre os de menor rendimento. Considerando as perspectivas explicativas sobre desigualdades educacionais e etnia através das lentes desses dados, concluímos que uma perspectiva estruturalista oferece a melhor explicação ao reconhecer a exploração econômica, o domínio e a opressão em níveis locais e nacionais. Noções de racismo institucionalizado e Teoria Crítica da Raça (TCR) foram consideradas inadequadas e contraproducentes, em parte por sua inabilidade de acomodar a variação de níveis educacionais e experiência educacional de diferentes grupos étnicos. Mais significativamente, faltam a elas explicações causais relevantes para o Reino Unido e retiram a atenção para a necessidade de um esforço sustentável para redução da pobreza e de desvantagens que atingem as crianças.
Palavras-chave: etnicidade, desvantagem, gênero, desigualdades de resultados.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: Birminghan (Inglaterra)
PIETSCH, Marcus; STUBBE, Tobias C. Inequality in the Transition from Primary to Secondary School: School Choices and Educational Disparities in Germany. European Educational Research Journal, v. 6, n. 4, p. 424-445, 2007.
https://www.bvekennis.nl/Bibliotheek/07-1179_EERJ_inequality.pdf
This article explores the mechanisms of educational pathway decision making at the transition from primary to secondary school in the German education system by analysing data from the Progress in International Reading Literacy Study (PIRLS). The highly reliable data of the German sample of the 2001 PIRLS make it possible to take into consideration simultaneously students’ cognitive abilities at the end of primary schooling, criteria for parental decision making in education, as well as institutional adjustment options of family education strategies, in order to describe the complex mechanisms of educational pathway decision making. First, a general overview of the German education system and a review of the current state of research concerning the issue of social inequality of education in Germany are given. Subsequently, a theoretical background seeking to answer the question of how educational disparities arise and how they are structured, as well as a model for analysing parental choices in education are presented. After hypothesizing, multifarious statistical analyses are conducted with the aim of proving these assumptions and demonstrating how complex the mechanisms of educational segregation in Germany are. The results demonstrate that all participants in the process of decision making take a more or less socially biased achievement criterion as a basis and, thus, the logic of meritocracy does not seem to be an appropriate idea for segregating students into different branches of education at the end of primary schooling.
Este artigo explora os mecanismos de decisão de trajetória escolar na transição entre a escola primária e secundária no sistema educacional alemão ao analisar os dados do Progress in International Reading Literacy Study (PIRLS). Os dados altamente confiáveis da amostra alemã do PIRLS 2001 possibilitam considerar simultaneamente as habilidades cognitivas dos estudantes no fim da escola primária, os critérios para as decisões parentais com relação à educação, assim como opções de ajuste institucional para as estratégias educacionais familiares, a fim de descrever os mecanismos complexos envolvidos na tomada de decisões do percurso escolar. Primeiramente, apresentamos um panorama geral do sistema educacional alemão e uma revisão do atual estado de pesquisa sobre a questão da desigualdade social na educação do país. Em seguida, apresentamos um pano de fundo teórico buscando responder à questão de como as disparidades educacionais surgem e como estão estruturadas, assim como um modelo para analisar as escolhas educacionais parentais. Após estabelecer hipóteses, conduzimos análises estatísticas multifatoriais objetivando provar essas suposições e demonstrar a complexidade dos mecanismos de segregação na Alemanha. Os resultados demonstram que todos os participantes no processo de tomada de decisão levam em consideração o critério de rendimento, de forma mais ou menos enviesada, e, sendo assim, a lógica da meritocracia não parece ser a ideia apropriada para separar os estudantes em diferentes ramos educacionais ao fim da escola primária.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: Alemanha
REARDON, Sean. The widening academic achievement gap between the rich and the poor: New evidence and possible explanations. In: DUNCAN, Greg; MURNANE, Richard (Org.). Whither Opportunity?: Rising Inequality, Schools, and Children’s Life Chances. New York: Russell Sage Foundation, p. 91-115, 2011.
https://cepa.stanford.edu/sites/default/files/reardon%20whither%20opportunity%20-%20chapter%205.pdf
Abstract/résumé/resumo: In this chapter I examine whether and how the relationship between family socioeconomic characteristics and academic achievement has changed during the last fifty years. In particular, I investigate the extent to which the rising income inequality of the last four decades has been paralleled by a similar increase in the income achievement gradient. As the income gap between high- and low-income families has widened, has the achievement gap between children in high- and low-income families also widened? The answer, in brief, is yes. The achievement gap between children from high- and low income families is roughly 30 to 40 percent larger among children born in 2001 than among those born twenty-five years earlier. In fact, it appears that the income achievement gap has been growing for at least fifty years, though the data are less certain for cohorts of children born before 1970. In this chapter, I describe and discuss these trends in some detail. In addition to the key finding that the income achievement gap appears to have widened substantially, there are a number of other important findings. First, the income achievement gap (defined here as the average achievement difference between a child from a family at the 90th percentile of the family income distribution and a child from a family at the 10th percentile) is now nearly twice as large as the black-white achievement gap. Fifty years ago, in contrast, the black-white gap was one and a half to two times as large as the income gap. Second, as Greg Duncan and Katherine Magnuson note in chapter 3 of this volume, the income achievement gap is large when children enter kindergarten and does not appear to grow (or narrow) appreciably as children progress through school. Third, although rising income inequality may play a role in the growing income achievement gap, it does not appear to be the dominant 2 factor. The gap appears to have grown at least partly because of an increase in the association between family income and children’s academic achievement for families above the median income level: a given difference in family incomes now corresponds to a 30 to 60 percent larger difference in achievement than it did for children born in the 1970s. Moreover, evidence from other studies suggests that this may be in part a result of increasing parental investment in children’s cognitive development. Finally, the growing income achievement gap does not appear to be a result of a growing achievement gap between children with highly and less-educated parents. Indeed, the relationship between parental education and children’s achievement has remained relatively stable during the last fifty years, whereas the relationship between income and achievement has grown sharply. Family income is now nearly as strong as parental education in predicting children’s achievement.
Neste capítulo, analiso se e como a relação entre características socioeconômicas familiares e desempenho acadêmico tem mudado nos últimos 50 anos. Em particular, investigo o quanto o aumento da desigualdade de renda nas últimas décadas vem em paralelo a um aumento similar no gradiente de desigualdade de desempenho. Assim como a distância entre as rendas de famílias pobres e ricas aumentou, aumentou também a distância de desempenho entre as crianças de famílias pobres e ricas? Em resumo, a resposta é sim. A diferença de desempenho entre crianças de famílias de renda alta e baixa é cerca de 30% a 40% maior entre as crianças nascidas em 2001 do que entre aquelas nascidas 25 anos antes. Na realidade, parece que o gap no desempenho tem crescido nos últimos 50 anos, pelo menos, apesar dos dados serem menos confiáveis para certas coortes de crianças nascidas antes de 1970. Neste capítulo, descrevo e discuto com detalhes essas tendências. Além da descoberta-chave de que a diferença de desempenho por renda parece estar crescendo substancialmente, há uma série de outras importantes descobertas. Primeiramente, o gap de desempenho por renda (aqui definida como a distância no desempenho médio entre uma criança de uma família no 90º percentil de distribuição de renda familiar e uma criança de família do 10º percentil) é hoje duas vezes maior do que o gap de desempenho entre negros e brancos. Em comparação, há 50 anos a distância entre negros e brancos era entre uma e meia a duas vezes maior do que a diferença de renda. Em segundo lugar, como visto por Greg Duncan e Katherine Magnuson, no capítulo 3, o gap de desempenho por renda é grande quando as crianças entram no jardim de infância e não parece aumentar (ou diminuir) consideravelmente no decorrer da escolarização. Em terceiro lugar, apesar do aumento da desigualdade de renda ter um papel na crescente distância do desempenho por renda, ela não parece ser o fator dominante. A distância parece ter crescido, ao menos parcialmente, pelo aumento da associação entre renda familiar e o desempenho acadêmico dos filhos de famílias com renda acima da média: uma determinada diferença de renda familiar corresponde hoje a um gap de rendimento entre 30 a 60% maior do que representava em 1970. Além disso, evidências de outros estudos sugerem que isso pode ser, em parte, o resultado de um crescente investimento parental no desenvolvimento cognitivo dos filhos. Finalmente, a aumento do gap de desempenho por renda não parece ser resultado de um aumento do gap de desempenho entre crianças de pais com maior ou menor escolaridade. Na verdade, a relação entre educação parental e desempenho dos filhos permaneceu relativamente estável nos últimos 50 anos, enquanto a relação entre renda e desempenho cresceu fortemente. A renda familiar é hoje quase tão forte para predizer o desempenho dos filhos quanto a educação parental.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: Estados Unidos
REARDON, S. F.; PORTILLA, X. A. Recent Trends in Income, Racial, and Ethnic School Readiness Gaps at Kindergarten Entry. AERA Open. DOI: 10.1177⁄2332858416657343, Aug., 2016.
Academic achievement gaps between high and low-income students born in the 1990s were much larger than between cohorts born two decades earlier. Racial/ethnic achievement gaps declined during the same period. To determine whether these two trends have continued in more recent cohorts, we examine trends in several dimensions of school readiness, including academic achievement, self-control, externalizing behavior, and a measure of students’ approaches to learning, for cohorts born from the early 1990s to the 2000-2010 midperiod. We use data from nationally representative samples of kindergarteners (ages 5-6) in 1998 (n = 20,220), 2006 (n = 6,600), and 2010 (n = 16,980) to estimate trends in racial/ethnic and income school readiness gaps. We find that readiness gaps narrowed modestly from 1998 to 2010, particularly between high- and low-income students and between White and Hispanic students. Keywords: school readiness, income gap trends, racial/ethnic gap trends.
Os gaps de rendimento acadêmico entre alunos de famílias com renda alta e com renda baixa nascidos nos anos de 1990 eram muito maiores do que os entre suas coortes nascidas duas décadas antes. Os gaps de rendimento racial/étnico diminuíram no mesmo período. Para determinar se essas duas tendências continuaram entre coortes mais recentes, analisamos tendências em diferentes dimensões de prontidão escolar, incluindo rendimento acadêmico, autocontrole, comportamento externalizado e uma medida das abordagens dos alunos diante da aprendizagem, para coortes nascidas do começo dos anos de 1990 até o período de 2000-2010. Usamos dados nacionalmente representativos com amostras de crianças no jardim de infância (idades entre 5 e 6 anos) em 1998 (n = 20.220), 2006 (n = 6.600) e 2010 (n = 16.980) para estimar tendências dos gaps de prontidão escolar relacionadas a questões raciais/étnicas e renda. Descobrimos que as diferenças de prontidão diminuíram modestamente entre 1998 e 2010, particularmente entre os alunos de classe alta e baixa e entre os estudantes brancos e hispânicos. Palavras-chave: prontidão escolar, tendência de gap por renda, tendências de gap racial/étnico.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: Estados Unidos Estados Unidos
SIRIN, Selcuk. Socioeconomic Status and Academic Achievement: A Meta-Analytic Review of Research. Review of Educational Research. v. 75,n. 3, Autumn, 2005.
http://journals.sagepub.com/doi/10.3102/00346543075003417
Abstract/résumé/resumo: This meta-analysis reviewed the literature on socioeconomic status (SES) and academic achievement in journal articles published between 1990 and 2000. The sample included 101,157 students, 6,871 schools, and 128 school districts gathered from 74 independent samples. The results showed a medium to strong SES–achievement relation. This relation, however, is moderated by the unit, the source, the range of SES variable, and the type of SES–achievement measure. The relation is also contingent upon school level, minority status, and school location. The author conducted a replica of White’s (1982) meta-analysis to see whether the SES–achievement correlation had changed since White’s initial review was published. The results showed a slight decrease in the average correlation. Practical implications for future research and policy are discussed.
Keywords: achievement, meta-analysis, SES, social class, socioeconomic status.
Essa meta-análise revisa a literatura sobre o status socioeconômico (SSE) e desempenho acadêmico em artigos de revistas publicados entre 1990 e 2000. A amostra inclui 101.157 estudantes, 6.871 escolas e 128 distritos escolares agrupados em 74 amostras independentes. Os resultados mostram uma relação de média a forte entre SSE e rendimento. Essa relação, no entanto, é moderada pela unidade, fonte, e gama das variáveis de SSE e o tipo de medida SSE-rendimento. A relação depende também do nível escolar, número de alunos de grupos minoritários e localização da escola. O autor replicou a meta-análise de White (1982) para ver se a correlação SSE-rendimento se modificou desde que a revisão inicial de White foi publicada. Os resultados mostraram uma leve diminuição entre a correlação média. As implicações práticas para pesquisas e políticas futuras são discutidas.
Palavras-chave: rendimento, meta-análise, SSE, classe social, status socioeconômico.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: meta análise de pesquisas
Francês
GOUX, Dominique ; MAURIN, Éric. Démocratisation de l’école et persistance des inégalités. Economie et Statistique, v. 306, n. 1, 1997.
https://www.persee.fr/doc/estat_0336-1454_1997_num_306_1_2570
Abstract/résumé/resumo: Avec le ralentissement de la croissance économique, le diplôme est de plus en plus nécessaire pour trouver un emploi, mais de moins en moins suffisant pour accéder au même statut socioéconomique que les générations précédentes. La question des inégalités scolaires entre enfants d’une même génération n’en devient que plus sensible. Une modélisation des données des enquêtes Formation et qualification professionnelle permet de consolider deux résultats importants : l’expansion scolaire contemporaine ne s’accompagne pas d’une réduction notable de l’inégalité des chances et cette inégalité est de plus en plus d’origine culturelle. La complexité du système scolaire semble privilégier les familles qui en ont une bonne connaissance. Aussi le niveau de diplôme des enfants est-il davantage lié aujourd’hui qu’hier à celui du père.
Com a desaceleração do crescimento econômico, o diploma é cada vez mais necessário para conseguir um emprego, e cada vez menos suficiente para ascender ao mesmo status socioeconômico das gerações precedentes. A questão das desigualdades escolares entre crianças de uma mesma geração torna-se cada vez mais sensível. Um modelo dos resultados de pesquisas de formação e qualificação profissional permite consolidar dois resultados importantes: a expansão escolar contemporânea não foi acompanhada de uma redução notável das desigualdades de oportunidades e essa desigualdade é cada vez mais de origem cultural. A complexidade do sistema escolar parece privilegiar famílias que o conhecem bem. Além disso, o nível de diplomação dos filhos é atualmente mais ligado do que antigamente à educação do pai.
FIELD OF RESEARCH/TERRAIN DE RECHERCHE/LOCAL DA PESQUISA: FRANÇA
LE DONNÉ, Noémie. La réforme de 1999 du système éducatif polonais. Effets sur les inégalités sociales de compétences scolaires. Revue française de sociologie, v. 55, n. 1, 2014.
Abstract/résumé/resumo: La Pologne est le seul pays européen à avoir réformé récemment et profondément la structure de son système d’instruction obligatoire. L’un des principaux volets de la réforme de 1999 fut notamment de prolonger d’un an la scolarité au sein de l’enseignement général de tronc commun et ainsi de repousser à l’âge de 16 ans le premier palier d’orientation. Notre examen de l’expérience polonaise, à partir des évaluations PISA de 2000, 2003, 2006 et 2009, donne un éclairage nouveau sur les effets de l’école unique. Nos analyses suggèrent que la réforme a permis une augmentation du niveau scolaire des élèves et que l’allongement d’une année du tronc commun a entrainé une réduction des inégalités sociales d’acquis scolaires entre les élèves parvenus en fin de scolarité obligatoire. La diminution globale de ces inégalités semble essentiellement provenir de l’homogénéisation des conditions d’apprentissage au sein des établissements du tronc commun prolongé jusqu’à la fin de la scolarité obligatoire. L’expérience polonaise laisse ainsi penser que les changements induits par le prolongement de l’école unique dans les méthodes d’instruction employées par les enseignants et dans les relations entre élèves ont été bien plus profitables aux élèves peu performants et socialement défavorisés qu’ils n’ont été désavantageux aux élèves favorisés.
Mots-clés: inégalités sociales, système éducatif, réforme, pisa, modélisation multiniveaux, Pologne.
A Polônia é o único país europeu que reformou recentemente e profundamente a estrutura de seu sistema de ensino obrigatório. Uma das principais áreas da reforma de 1999 foi prolongar em um ano a escolaridade no seio do ensino geral de tronco comum e, assim, adiar para a idade de 16 anos o primeiro momento de divisão escolar. Nossa avaliação da experiência polonesa, a partir dos resultados do PISA de 2000, 2003, 2006 e 2009, dá uma nova luz aos efeitos da escola única. Nossas análises sugerem que a reforma permitiu um aumento do nível escolar dos alunos e que o alongamento em um ano do tronco comum levou a uma redução das desigualdades sociais das aprendizagens escolares entre os alunos que alcançaram o fim da escolarização obrigatória. A diminuição global dessas desigualdades parece vir essencialmente da homogeneização das condições de aprendizagem no seio dos estabelecimentos de tronco comum prolongado até o fim da escolaridade obrigatória. Dessa forma, a experiência polonesa nos deixa pensar que as mudanças induzidas pelo prolongamento da escola única nos métodos de instrução utilizados pelos professores e nas relações entre os alunos foram mais bem aproveitadas pelos estudantes com baixo rendimento e socialmente desfavorecidos e não trouxeram desvantagens aos alunos mais favorecidos.
Palavras-chave: desigualdades sociais, sistema educativo, reforma, PISA, modelização multinível, Polônia.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: Polônia
OCDE. Chapitre 4. Un défi de taille: des écoles plus performantes pour tous les jeunes Chiliens. Etudes économiques de l’OCDE, v. 1, n. 1, 2010.
Abstract/résumé/resumo: La progression des niveaux d’instruction au Chili est impressionnante. Pourtant, malgré des améliorations récentes, les résultats – mesurés dans le cadre du PISA – doivent encore rattraper ceux des pays de l’OCDE, et il faut aussi s’employer à résoudre les problèmes d’équité. Les enseignants auront dans ces domaines un rôle capital. Le Chili doit s’efforcer d’attirer des personnes qualifiées vers le métier d’enseignant et de soutenir les initiatives visant à améliorer leur formation initiale et en cours d’emploi. Il faut également renforcer les mécanismes d’assurance qualité. Depuis longtemps, le Chili recourt largement à la concurrence pour assurer la qualité des établissements scolaires, mais cette méthode n’a eu que des résultats limités, en partie à cause de règles du jeu très inégales entre écoles publiques et privées concernant la sélection des élèves, le recrutement des enseignants et le mode de financement. Le Chili a commencé à s’attaquer à ces problèmes en interdisant la sélection des élèves jusqu’à la 6e année de scolarité. Le nouveau dispositif national d’assurance qualité, fondé sur une évaluation indépendante des résultats, est en cours de mise en œuvre et viendra utilement compléter l’ensemble. Enfin, il faudra aider les élèves en difficulté encore plus que les autres si le Chili veut améliorer les résultats scolaires moyens et renforcer l’équité dans le même temps. Les pouvoirs publics ont entrepris récemment des réformes d’envergure pour investir davantage en faveur des enfants de familles modestes. Ces ressources supplémentaires peuvent contribuer à obtenir des progrès considérables.
A progressão dos níveis de instrução no Chile é impressionante. No entanto, apesar das melhorias recentes, os resultados – medidos pelo PISA – devem ainda alcançar aqueles dos países da OCDE, deve-se também se esforçar para resolver os problemas de equidade. Os professores terão nessas áreas um papel primordial. O Chile deve se esforçar para atrair pessoal qualificado para a profissão de professor e apoiar iniciativas que visem melhorar sua formação inicial e continuada. Deve igualmente reforçar os mecanismos de controle de qualidade. Já há algum tempo, o Chile recorre amplamente aos princípios de concorrência para assegurar a qualidade dos estabelecimentos escolares, mas esse método teve apenas resultados limitados, em parte porque as regras do jogo são muito desiguais entre as escolas públicas e privadas no que se refere à seleção dos alunos, recrutamento de professores e modos de financiamento. O Chile começa a atacar esses problemas ao proibir a seleção de alunos até o 6º ano de escolaridade. O novo dispositivo nacional para assegurar a qualidade, baseado na avaliação independente de resultados, está sendo implementado e irá completar o conjunto. Enfim, é preciso ajudar os alunos em dificuldade ainda mais do que os outros se o Chile quiser melhorar seus resultados escolares médios e, ao mesmo tempo, fortalecer a equidade. Os poderes públicos colocaram em marcha recentemente reformas de envergadura para investir ainda mais em favor dos filhos de famílias modestas. Esses recursos suplementares podem contribuir para obter progressos consideráveis.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: Chile
Português
ALVES, Maria Teresa Gonzaga; SOARES, José Francisco; XAVIER, Flavia Pereira. Desigualdades educacionais no Ensino Fundamental de 2005 a 2013: Hiato entre grupos sociais. Revista Brasileira de Sociologia, v. 4, 2016.
http://www.sbsociologia.com.br/revista/index.php/RBS/article/view/150
Abstract/résumé/resumo: Este artigo descreve as desigualdades de aprendizado entre grupos de alunos definidos pelo sexo, cor e nível socioeconômico, com base nos dados da Prova Brasil de 2005 a 2013. As desigualdades encontradas indicam que a análise de um sistema educacional deve considerar tanto sua qualidade como sua equidade, esta aferida por medidas de desigualdade. Nos municípios brasileiros, as medidas de desigualdade foram analisadas ajustando-se modelos hierárquicos lineares. Apresentam-se apenas os resultados das capitais dos estados, municípios com resultados de qualidade abaixo do esperado, dadas as suas condições socioeconômicas, mas com comportamentos diferentes nas medidas de desigualdades. Onde houve melhoria na qualidade, não houve redução das desigualdades. A melhoria das médias de proficiências tem funcionado como um círculo virtuoso apenas para os grupos sociais mais favorecidos.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: Brasil
CASTRO, Jorge Abrahão de. Evolução e desigualdade na educação brasileira. Educação & Sociedade, v. 30, n. 108, out., 2009.
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101-73302009000300003&script=sci_abstract&tlng=pt
Abstract/résumé/resumo: Este estudo apresenta a evolução e as desigualdades ainda reinantes nas condições educacionais dos brasileiros. O foco na desigualdade educacional foi adotado por se entender ser esse um dos principais problemas que potencializam a manutenção das enormes desigualdades sociais enfrentadas pela população brasileira. A análise mostrou que, apesar da ampliação que vem ocorrendo, ainda existe no Brasil um baixo acúmulo de escolarização; que, a despeito da diminuição da taxa de analfabetismo, persiste ainda um elevado contingente de analfabetos; que, embora tenha ocorrido ampliação do acesso à Educação Infantil, ainda é muito restrito o acesso às creches e insuficiente para o Ensino Médio; a insuficiência e o desigual desempenho para conclusão dos ensinos fundamental e médio; e o acesso restrito e desigual à educação superior. Além disso, verificou graves níveis de desigualdade quando se consideraram os aspectos regionais e a renda, sendo que os habitantes da região Nordeste e os mais pobres ficaram em pior situação em quase todos os indicadores analisados.
Palavras-chave: educação, desigualdade, desigualdade educacional, escolarização.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: Brasil
COSTA, Marcio da; BARTHOLO, Tiago Lisboa. Padrões de segregação escolar no Brasil: um estudo comparativo entre capitais do país. Educação & Sociedade, Campinas, v. 35, n. 129, p. 1.183-1.203, dez., 2014.
http://www.scielo.br/pdf/es/v35n129/0101-7330-es-35-129-01183.pdf
Abstract/résumé/resumo: O artigo analisa padrões de segregação escolar em quatro grandes cidades do Brasil: Belo Horizonte, Curitiba, Rio de Janeiro e São Paulo. Os dados foram fornecidos pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) e apresentam informações para alunos matriculados no primeiro segmento do ensino fundamental entre 2007 e 2010. Utiliza o Índice de Segregação (Segregation Index) e considera duas características dos alunos: 1) cor; 2) distorção idade-série. Resultados preliminares sugerem que: 1) a cidade de Curitiba apresenta os maiores níveis de segregação escolar, e Rio de Janeiro, os menores; 2) a inclusão das matrículas do ensino privado aumenta os níveis de segregação escolar e seu impacto é maior nos anos mais recentes (2009-2010); 3) há uma associação entre as regras de matrícula nas cidades e os padrões de segregação escolar.
Palavras-chave: segregação escolar. oportunidades educacionais, alistamento escolar, desigualdade educacional.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa:: Cidades de Belo Horizonte, Curitba, Rio de Janeiro E São Paulo
MEDIAVILLA, Mauro; GALLEGO, Liliana. Condicionantes del rendimento académico em la escolaridade primaria em Brasil: um análisis multifactorial. Educação & Sociedade, v. 37, n. 134, p. 195-216, mar., 2016.
http://www.scielo.br/pdf/es/v37n134/1678-4626-es-37-134-00195.pdf
Abstract/résumé/resumo: Una problemática educativa actual en Brasil es el alto porcentaje de alunos em la escolaridad primaria que muestra nun bajo nivel académico. Esta situación justifica el análisis de los determinantes del rendimiento académico en matemáticas para la totalidad de alumnos y su comparación al colectivo con um rendimiento considerado insuficiente. Para ello, se emplea una aproximación lineal y multivariante a partir de los datos contenidos em la base de datos del Sistema de Avaliação da Educação Básica 2005. En conjunto, los resultados obtenidos permiten afirmar que las dimensiones asociadas a la educabilidad resultan determinantes para compreender los rendimientos observados em la educación primaria.
Mots-clés: condicionantes, rendimiento educativo, sistema de evaluación de la educación primaria 2005, Brasil.
Um problema educativo atual no Brasil é a alta porcentagem de alunos na escola primária que apresentam um baixo nível acadêmico. Essa situação justifica a análise de determinantes do rendimento acadêmico em matemática para a totalidade dos alunos e sua comparação ao coletivo com um rendimento considerado insuficiente. Para isso, emprega-se uma aproximação linear e multivariada, a partir dos dados fornecidos pelo Sistema de Avaliação da Educação Básica 2005. Em conjunto, os resultados obtidos permitem afirmar que as dimensões associadas à educação resultam em determinantes para compreender os rendimentos observados na educação primária.
Palavras-chave: condicionantes; rendimento educacional, sistema de avaliação da educação primária 2005, Brasil.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: Brasil
RIBEIRO, Carlos Antonio Costa. Desigualdade de oportunidades e resultados educacionais no Brasil. Dados, Rio de Janeiro, v. 54, n. 1, p. 41-87, 2011.
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0011-52582011000100002&script=sci_abstract&tlng=pt
Abstract/résumé/resumo: This article analyzes inequality of educational opportunities and outcomes in Brazil. The findings corroborate those of previous studies, pointing to persistent inequalities related to race and class in the Brazilian school system. However, the analyses indicate that parents’ wealth and type of school (public, Federal, or private) are fundamental factors for explaining persistent inequalities. Parents with higher socioeconomic status invest in private elementary and secondary schools for their children in order to facilitate their progression in the system. In other words, in addition to inequality related to family characteristics, inequality is promoted by the educational system itself. The article presents sensitivity analyses to explain the possible effect of unmeasured variables, as well as a methodology to show the effect of educational transitions on inequality in educational outcomes. The author concludes that in order to promote access to educational progression, Brazil needs to improve not only the quality of its schools, but also the living conditions of Brazilian families.
Keywords: inequality, education, wealth, social stratification.
Este artigo analisa as desigualdades de oportunidades educacionais e seus resultados no Brasil. Os resultados corroboram os de estudos prévios apontando uma desigualdade persistente relacionada a raça e classe no sistema escolar brasileiro. Contudo, a análise indica que o nível de riqueza dos pais e o tipo de escola (pública, federal ou privada) são fatores fundamentais para explicar as desigualdades persistentes. Os pais com status socioeconômico mais alto investem em escolas privadas nos níveis fundamental e médio para os filhos, facilitando seu progresso no sistema. Em outras palavras, além da desigualdade relacionada às características familiares, a desigualdade é promovida pelo próprio sistema educacional. O artigo apresenta análises de sensibilidade para explicar o efeito possível de variáveis não medidas, assim como uma metodologia para demonstrar o efeito das transições educacionais na desigualdade dos resultados. O autor conclui afirmando que, para promover o acesso à progressão educacional, o Brasil precisa melhorar não apenas a qualidade das escolas, mas também as condições de vida das famílias brasileiras.
Palavras-chave: desigualdade, educação, riqueza, estratificação social.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: Brasil
SOARES, José Franciso; DELGADO, Victor Maia Senna. Medida das desigualdades de aprendizado entre estudantes de ensino fundamental. Estudos em Avaliação Educacional, v. 27, p. 754-780, 2016.
http://publicacoes.fcc.org.br/ojs/index.php/eae/article/view/4101
Abstract/résumé/resumo: Neste artigo, uma situação de igualdade educacional é definida como aquela em que quaisquer grupos de estudantes têm a mesma distribuição de desempenho cujos valores correspondem a aprendizados que os habilitam a uma inserção produtiva e pessoalmente satisfatória na sociedade. O principal objetivo desse texto é introduzir um Indicador de Desigualdades e Aprendizagens Educacionais (IDeA) definido como a distância entre a distribuição ideal de desempenho e a observada em um dado grupo de estudantes. As análises apresentadas mostram que as desigualdades no ensino fundamental brasileiro são muito grandes e que nunca desaparecerão se as melhorias continuarem no ritmo atual.
Palavras-chave: indicadores educacionais, desigualdades educacionais, prova Brasil, ensino fundamental.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: Brasil
BELL, Genniver C.; JONES, Enid B.; JOHNSON, Joseph F. School Reform: Equal Expectations on an Uneven Playing Field. Journal of School Leadership, v. 12, n. 3, maio, 2002.
https://journals.sagepub.com/doi/pdf/10.1177/105268460201200305
Discusses six themes related to inequalities in education and their impact on student achievement: Social inequities, curriculum and assessment, teacher expectations, teacher allotment inequities, social choice, and funding inequities.
DAESCHNER, Stephen W.; MUNZOZ, Marco A.; BARNES, Joyce A. Meeting the Challenge of Closing the Achievement Gap: What Can We Learn from Urban, High-Poverty/Racially Mixed Schools?. ERS Spectrum, v. 22, n. 3, p. 4-15, Summer, 2004.
https://eric.ed.gov/?id=EJ795731
This article describes lessons learned in a case study of three high-poverty/racially mixed elementary schools in Louisville, Ky. An approach that included: 1) setting specific, measurable goals, 2) frequent monitoring of student work, and 3) applying distributive leadership elements enabled two of the schools to significantly decrease the percentage of students scoring at the lowest performance level on the Kentucky Core Content Test (KCCT)-Reading. The percentage decrease in the number of students scoring at the lowest achievement level and the concomitant increase in the percentage of students scoring at the highest achievement level on the KCCT-Reading were achieved at racially balanced schools where more than 80 percent of the students participate in the free or reduced-price meals program. The article is organized in five major sections. The first presents a brief review of the literature and the theoretical framework that guided this case study; the key concept in this section is equity as student learning. The second section provides a brief description of federal and state legislation associated with ensuring school success for all students. The third section depicts the school district that served as the research site, including analyses of the achievement gap across school levels. The fourth section shows the KCCT-Reading results associated with the case study of three high-poverty/racially mixed schools, including a description of the schools’ sociodemographic characteristics and an analysis of the results by racial and socioeconomic subgroups. The final section offers a set of lessons learned and some practical implications for education administrators.
DARLING-HAMMOND, Linda. New Standards and Old Inequalities: School Reform and the Education of African American Students. Journal of Negro Education, v. 69, n. 4, p. 263-87, Fall, 2000.
https://www.jstor.org/stable/2696245?seq=1#page_scan_tab_contents
Despite the rhetoric of American equality, the school experiences of African American and other minority students in the United States continue to be substantially separate and unequal. Dramatically different learning opportunities-especially disparities in access to well-qualified teachers, high quality curriculum, and small schools and classes-are strongly related to differences in student achievement. Standards-based reforms have been launched throughout the United States with promises of greater equity, but, while students are held to common standards-and increasingly experience serious sanctions if they fail to achieve them-few states have equalized funding and access to the key educational resources needed for learning. This paper outlines current disparities in educational access and proposes reforms needed to equalize opportunities to learn.
FRANCO, C.; SZTAJN, P.; ORTIGÃO, M. I. R. Mathematics teachers, reform and equity: results from the Brazilian national assessment. Journal for Research in Mathematics Education, Reston, v. 38, n. 4, p. 393 – 419, July, 2007.
https://www.jstor.org/stable/30034880?seq=1#page_scan_tab_contents
In this article, we use data from a large-scale Brazilian national assessment to discuss the relation between reform teaching and equity in mathematics education. We study the dimensionality of teaching style to better qualify what reform teaching means. We then use hierarchical linear models to explore whether reform teaching is associated with student achievement in mathematics and with student socioeconomic status (SES). Our results indicate that reform and traditional teaching are not opposite sides of a one-dimensional axis. They also emphasize both that reform teaching is related to higher school average achievement in mathematics and that the dissemination of reform teaching contributes to minimize the achievement gap between students who attend schools with low average SES and students who attend schools with high average SES. However, our results also show that reform is associated with an increase in within-school inequality in the social distribution of achievement.
MARTIN, Christopher; SOLORZANO, Cristian. Mass Education, Privatisation, Compensation and Diversification: Issues on the Future of Public Education in Mexico. Compare, v. 33, n. 1, Mar., 2003.
https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/03057920302600
The corrosion of public education in Mexico by institutional rigidities and decades of underfunding have placed the system in severe crisis. The rich have opted out and the poor are dropping out of it. The failure of incomplete and politically decentralisations to address poor quality and persistent inequalities have resulted in widespread applause for special compensatory programmes aimed to reach the most underprivileged students. This article argues that the disappointing results are due their sidestepping needed reforms within the system in favour of targeting the students it is incapable of retaining, and an erroneous view of the underprivileged as possessing educational aspirations and abilities completely distinct from the rest of society. The article proposes a more inclusive educational approach to provide high quality education for all.
HEYNEMAN, Stephen P. Student Background and Student Achievement: What Is the Right Question? American Journal of Education, v. 112, n. 1, p. 1-9, Nov., 2005.
https://www.journals.uchicago.edu/doi/10.1086/444512?mobileUi=0
For half a century there have been reports that children of the poor or of some ethnic minorities on average perform worse in school. Some have suggested that these findings demonstrate a failing of education to reduce gaps in adult income and differences in adult socioeconomic status. This article reviews the research internationally and concludes that the debate is outdated. School children in the United States make up only 2 percent of the world’s school children. When considering this question globally, it is discovered that social status is a consistent determinant of school performance, but it is not necessarily true that children of the poor perform systematically worse in school than do children of the rich; results vary by subject, student age, gender, and other factors. Perhaps more important, academics seem to hold schools accountable for the wrong function. The more important purpose of public schooling is to help foster social cohesion. Schools and school systems should be held accountable for their true purpose, and the debate should shift from whether schools narrow the gap in adult incomes to whether schools are effective in fostering social cohesion.
JOE, Emanique M.; DAVIS, James Earl. Parental influence, school readiness and early academic achievement of African American boys. Journal of Negro Education, v. 78, n. 3, p. 260-276, Summer, 2009.
https://www.jstor.org/stable/25608745?seq=1#page_scan_tab_contents
Abstract/résumé/resumo: This study examined the relationship between parental influence and the school readiness of African American boys, using data from the Early Childhood Longitudinal Study: ECLS-K. Parents’ influence, via their academic beliefs and behaviors, was associated with the cognitive performance of African American boys during kindergarten. While previous research has produced similar results, the present study indicates there are differences in which academic beliefs and parenting behaviors are most effective in facilitating school readiness and early achievement. Emphasizing the importance of academic skills for African American boys was associated with higher reading and mathematics achievement as well as prior enrollment in center-based child care. Parenting behaviors, such as discussing science topics, reading books, and discussing family racial and ethnic heritage, differed in their significance in predicting cognitive outcomes. Implications for differences in the kinds of parental involvement in the education of African American boys are discussed.
Este estudo analisa a relação entre influência parental e prontidão escolar de meninos negros, usando dados do Early Childhood Longitudinal Study: ECLS-K. A influência dos pais, via crenças acadêmicas e comportamentos, foi associada com a performance cognitiva de meninos negros durante o jardim de infância. Enquanto pesquisas anteriores mostraram resultados similares, o presente estudo indica que há diferenças entre quais crenças acadêmicas e comportamentos parentais são mais eficientes para facilitar a prontidão escolar e o rendimento inicial. A ênfase na importância das habilidades acadêmicas para os meninos negros estava associada com maior rendimento em leitura e matemática, assim como a matrícula anterior em estabelecimentos de pré-escola. Comportamentos parentais, tais como discutir temas científicos, ler livros e discutir a herança étnico-racial da família diferiram na sua importância em predizer resultados cognitivos. As implicações de diferentes tipos de envolvimento parental na educação de meninos negros foram discutidas.
LEE, Jung-Sook; BOWEN, Natasha K. Parent Involvement, Cultural Capital, and the Achievement Gap among Elementary School Children American Educational Research Journal, v. 43, n. 2, p. 193-2, Summer, 2006.
https://journals.sagepub.com/doi/pdf/10.3102/00028312043002193
This study examined the level and impact of five types of parent involvement on elementary school children’s academic achievement by race/ethnicity, poverty, and parent educational attainment. The sample comprised 415 third through fifth graders who completed the Elementary School Success Profile. Hypotheses from Bourdieu’s theory of cultural capital were assessed with t tests, chi-square statistics, and hierarchical regressions. Consistent with the theory, parents with different demographic characteristics exhibited different types of involvement, and the types of involvement exhibited by parents from dominant groups had the strongest association with achievement. However, contrary to theoretical expectations, members of dominant and nondominant groups benefited similarly from certain types of involvement and differently from others. Implications for research and practice are discussed.
Keywords: Bourdieu, cultural capital, elementary school, habitus, parent involvement.
LUPTON, Ruth; THOMSON, Stephanie. Socio-Economic Inequalities in English Schooling under the Coalition Government 2010-15. London Review of Education, v. 13, n. 2, p. 4-20, Sept., 2015.
https://files.eric.ed.gov/fulltext/EJ1160136.pdf
The reduction of socio-economic inequalities in school outcomes was a major priority of the Coalition Government in England from 2010–15. In this paper we examine the Coalition’s policies and spending, including an analysis of the distributional effect of its pupil premium policy. We also look at trends in outcomes up to 2014. We find that although the pupil premium had a modest overall effect of distributing more money to schools with poorer intakes, this was nested within a wider set of policies which have disadvantaged low income families and children, and that there is evidence of socio-economic gaps widening on some indicators.
Keywords: poverty, inequality, attainment gap, pupil premium, school funding, policy.
OKPALA, Confort; OKPALA, Amon; SMITH, Frederick E. Parental Involvement, Instructional Expenditures, Family Socioeconomic Attributes, and Student Achievement Comfort. The Journal of Educational Research, v. 95, n. 2, p. 110-115, Nov.-Dec., 2001.
https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/00220670109596579
The influence of parental involvement, socioeconomic status of parents, and instructional supplies expenditures on mathematics achievement scores of Grade 4 students in a low-income county in North Carolina were examined. An educational production function framework was used to analyze the influence of educational resources on mathematics achievement scores. Pearson product-moment correlation and ordinary least squares regression were used to determine the overall strength of each relation and the variables with the greatest impact on mathematics achievement. Results indicated that instructional supplies expenditures per pupil and parental volunteer hours were not statistically significant in explaining mathematics test scores. Furthermore, results showed that the percentage of students in free/reduced-price lunch programs was related negatively to students’ academic performance in mathematics. This finding supports the notion that economic circumstances are correlated with academic achievement.
Keywords: family economics status, instructional expenditures, mathematics achievement, parental involvement
ROSCIGNO, Vincent J. Family/School Inequality and African American/Hispanic Achievement. Social Problems, v. 47, n. 2, p. 266-290, May, 2000.
https://www.jstor.org/stable/3097201?seq=1#page_scan_tab_contents
Analyses of educational achievement and racial gaps, in particular, have demonstrated the importance of family background and school attributes. Little of this work, however, incorporates a broad, multi-level, conceptual and analytic focus; one whereby disadvantages at, and potential linkages between, family and school levels are considered simultaneously. In this paper, I offer a framework that views individuals and societal subgroups as simultaneously embedded in multiple institutional spheres that are potentially interdependent. Such embeddedness and interdependency, I argue, are important for understanding the reproduction of group disadvantage, including that pertaining to educational outcomes. Analyses of Black and Hispanic disadvantages in achievement draw from the National Longitudinal Survey of Youth and its new school and principal component surveys. Baseline family disadvantages (1986) explain a substantial portion of racial variation in math/reading comprehension (1994), while changes in family income and parental education over a five years period (1986–1990) yield notable consequences as well. These effects are strong and direct at the early elementary levels, and partially mediated through earlier patterns of academic achievement for late elementary and middle school students. The addition of school attributes, and modest declines in family effects, suggest that it is partially through (the allocation of children to) schools that general and race-specific family disadvantages are played out. Particularly important are racial inequalities in public/private school enrollment, school social class composition, instructional expenditure, and crime at the school level. I conclude by discussing the implications of my argument and findings for research in the area of education and stratification more broadly.
THOMPSON, Sharon M.; MEYERS, Joel; OSHIMA, T. Chris. Student Mobility and Its Implications for Schools’ Adequate Yearly Progress. The Journal of Negro Education, v. 80, n. 1, p. 12-21, Winter, 2011.
https://www.jstor.org/stable/41341102?seq=1#page_scan_tab_contents
Correlation and regression analyses were used to investigate the relationship of student mobility (as expressed by the school-level mobility rate) and first through fifth grade reading, language arts, and mathematics achievement for a statewide sample of 1062 elementary schools. Comparison data were analyzed to further investigate the relationship of school-level mobility rate and achievement for schools that met adequate yearly progress (AYP), a mandate of the No Child Left Behind Act of 2001, and those that did not meet AYP. Findings indicated moderate, negative correlations between mobility rate and achievement across grade levels and subject areas; modest, negative correlations between achievement and mobility when school enrollment size or school poverty status were controlled; and, no significant differences in mobility rate, school size and poverty status for schools that met AYP when compared to schools that did not meet AYP.
VAN DE GRIFT, Wim; HOUTVEEN, Thoni. Weaknesses in Underperforming Schools. Journal of Education for Students Placed at Risk, v. 12, n. 4, p. 383-403, Dec., 2007.
https://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/10824660701758942
In some Dutch elementary schools, the average performance of students over several years is significantly below the level that could be expected of them. This phenomenon is known as “underperformance.” The most important identifiable weaknesses that go along with this phenomenon are that (a) learning material offered at school is insufficient to achieve core targets, (b) insufficient time is allowed for reaching the minimum objectives of the curriculum, © instructional quality is poor, (d) insight into students’ performance levels is insufficient, (e) insufficient or inappropriate special measures are taken for struggling learners, and (f) the school is experiencing prolonged dysfunctional organization. In most schools with underperformance problems, these weaknesses do not appear singly, but in combination with other factors. In underperforming schools, one also finds more instability in the school’s leadership team; high mobility and frequent fluctuations in enrolment and staffing; and high percentages of children at risk due to multiple risk factors, including student learning ability, poverty, ethnic minority status, first language, and other factors.
VOIGHT, Adam; SHINN, Marybeth; NATION, Maury. The Longitudinal Effects of Residential Mobility on the Academic Achievement of Urban Elementary and Middle School Students. Educational Researcher, v. 41, n. 9, p. 385-392, Dec., 2012.
https://journals.sagepub.com/stoken/rbtfl/NVLhAVW7ZKuew/full
Residential stability matters to a young person’s educational development, and the present housing crisis has disrupted the residential stability of many families. This study uses latent growth-curve modeling to examine how changing residences affects math and reading achievement from third through eighth grade among a sample of urban elementary and middle-school students. Results show that residential moves in the early elementary years have a negative effect on math and reading achievement in third grade and a negative effect on the trajectory of reading scores thereafter. Further, there is a negative contemporaneous effect of mobility on math scores in third through eighth grade but no such contemporaneous effect on reading scores. Implications for research and practice are discussed.
Keywords: achievement, at-risk students, longitudinal studies, poverty, social context, urban education.
WILSON, Clancie Mavello. The Relation among Parental Factors and Achievement of African American Urban Youth. The Journal of Negro Education, v. 78, n. 2, p. 102-113, Spring, 2009.
https://www.jstor.org/stable/25608727?seq=1#page_scan_tab_contents
Research has suggested that low socioeconomic status is a major factor in diminishing academic achievement of African American urban youth; however, there are other factors influencing students’ achievement. To examine the other factors that contribute to academic achievement, this study investigated a sample of 60 low-resource middle school parents and students (41 boys and 19 girls). Several questions addressed the relationship of socioeconomic status to achievement, academic support, social support, and mother’s well-being. Additionally, the relation among mother’s well-being, students’ perceived monitoring by their parents, and negative learning attitudes were examined, as well as the relationship among social support and parents’ well being and academic achievement, negative learning attitudes and achievement. Although several factors were examined, only those factors with significant relationships will be discussed.
WOLHUTER, C. C. Weaknesses of South African Education in the Mirror Image of International Educational Development. South African Journal of Education, v. 34, n. 2, 2014.
http://www.scielo.org.za/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0256-01002014000200005
The aim of this article is to present a systematic, holistic evaluation of the South African education system, using international benchmarks as the yardstick. A theoretical model for the evaluation of a national education project is constructed. This consists of three dimensions, namely: a quantitative dimension, a qualitative dimension, and an equality dimension. International databases and the existing international taxonomies of national education systems are then used to evaluate the South African education system, along the three dimensions of the model. It is found that the weakest links are the facts that primary and secondary education enrolment ratios are not followed through to the higher education level; that input, particularly financial input, does not render a commensurate return in terms of the quality of teaching and learning, and learning outcomes; that the administrative component of the system and teacher input appear to be the two weak links in the system in this regard; and that stark inequalities exist in the education system. In conclusion, some recommendations for the improvement of practice and for further research are made.
Keywords: educational quality, equal educational opportunities, International Association of Educational Achievement (IEA) studies, international classifications of national education systems, Programme for International Student Assessment (PISA) studies, Second Information Technology in Education Study (SITES) study, South African education system, Trends in International Mathematics and Science Study (TIMSS) studies.
Francês
HOHL, Janine. « Qui sont « les parents »? Le rapport de parents immigrants analphabètes à l’école. » Lien social et Politiques, n. 35, p. 51-62, Printemps, 1996.
https://www.erudit.org/fr/revues/lsp/1996-n35-lsp346/005126ar/
Cet article étudie les relations entre les familles et l’école à partir du cas particulier et extrême de parents immigrants analphabètes. Il met en évidence des malentendus entre ces familles et l’institution scolaire à propos du type de participation attendue des parents et du poids relatif des fonctions de scolarisation et de socialisation assignées à l’école.
KHERROUBI, Martine; ROCHEX, Jean-Yves. Note de synthèse [La recherche en éducation et les ZEP en France. Politique ZEP, objets, postures, et orientations de recherche]. Revue française de pédagogie, v. 140, n. 1, p. 103-132, 2002.
https://www.persee.fr/docAsPDF/rfp_0556-7807_2002_num_140_1_2905.pdf
Outre les difficultés spécifiques à toute entreprise de ce genre, la réalisation d’une note de synthèse sur La recherche en éducation et les Zones d’Éducation Prioritaires s’avère une tâche complexe et malaisée pour un faisceau de raisons qui tiennent : d’une part, à cette politique elle-même, à ses aléas et évolutions, mais aussi à ses liens avec les transformations du paysage éducatif et avec les politiques éducatives et urbaines mises en œuvre durant les deux dernières décennies, et donc aux contours flous et au caractère difficilement délimitable d’un objet et d’un champ de recherche que ne suffit évidemment pas à définir la seule catégorie politico-administrative ZEP ; d’autre part, aux évolutions et débats propres à la recherche en éducation et à la construction de ses problématiques et objets, ainsi qu’à ses rapports complexes avec les univers et les logiques de l’évaluation, de la décision et de la réflexion politiques, ou encore de l’action quotidienne des acteurs.
KUPIE, Mathias ; MISANGUMUKINI, Nicaise. « Environnements économique et éducatif des ménages et difficultés scolaires des enfants au Mali. » L’Actualité économique, v. 88, n. 4, p. 403-428, déc., 2012.
https://www.erudit.org/fr/revues/ae/2012-v88-n4-ae01274/1023796ar/
L’objectif de cette étude est de mesurer l’importance de l’environnement familial des élèves (sous sa double dimension économique et éducative) sur le risque d’échec scolaire au Mali. Nous mobilisons les données de l’enquête ELIM-2006 qui présentent l’avantage de disposer de plusieurs indicateurs du niveau de vie et du capital éducatif des ménages que nous introduisons simultanément dans les estimations. Les résultats indiquent que les contraintes de ressources permanentes pèsent plus sur la scolarité des filles que des garçons. De même la réussite scolaire des filles est sensible au capital éducatif des adultes secondaires du ménage, ce qui n’est nullement le cas chez les garçons.
MAISONNAVE, Hélène ; DECALUWÉ, Bernard. Politique éducative et marché du travail en Afrique du Sud. Une analyse en EGC. Recherches économiques de Louvain, v. 76, n. 3, 2010.
https://www.cairn.info/revue-recherches-economiques-de-louvain-2010-3-page-289.htm?contenu=resume
Cet article analyse l’impact d’une augmentation des dépenses publiques en éducation sur la performance du système éducatif sud africain et ses conséquences sur le marché du travail en utilisant un Modèle d’Equilibre Général Calculable (MEGC) en dynamique séquentielle. Le système éducatif sud africain porte les stigmates de l’Apartheid et une intervention publique plus accentuée est l’un des moyens envisagés pour corriger les inégalités héritées de l’ancien régime politique. Nos résultats montrent une amélioration des performances des étudiants et des effets positifs à court terme sur l’économie. A long terme, la population sud africaine, et en particulier les African, devient plus qualifiée, mais l’économie ne créant pas suffisamment d’emplois, une partie de ces nouveaux qualifiés se retrouve au chômage.
MURAT, Fabrice. Le retard scolaire en fonction du milieu parental: l’influence des compétences des parents. Economie et Atatistique, v. 424, n. 1, p. 103-124, 2009.
https://www.persee.fr/doc/estat_0336-1454_2009_num_424_1_8033
La sociologie de l’éducation met souvent en avant les inégalités de réussite scolaire en fonction de la profession du père. Cependant, d’autres facteurs, comme le revenu du ménage ou les diplômes des parents, ont aussi leur importance. Ces diplômes sont généralement interprétés comme la dimension «culturelle» du capital parental. Or cette dimension peut être appréhendée de bien d’autres façons: pratiques culturelles, connaissance du système scolaire, compétences… Sur ce dernier aspect, le présent article apporte pour la première fois un éclairage statistique grâce à l’exploitation de l’enquête Information et Vie Quotidienne (IVQ). Les parents les moins compétents en lecture et en calcul ont des enfants qui redoublent plus souvent que les autres. Cette corrélation persiste même quand on contrôle les autres caractéristiques disponibles: diplômes, revenu, profession… Elle prend une forme différente selon le sexe du parent considéré. Il vaut mieux avoir un père bon en mathématiques et une mère bonne en français que l’inverse. Cela indique peut-être un partage de l’aide scolaire: les pères suivant les devoirs de mathématiques et les mères ceux de français. Cependant, les compétences ne sont pas les seules caractéristiques liées au retard scolaire. Des écarts importants apparaissent aussi selon les diplômes des parents, le revenu du ménage et ses pratiques culturelles.
OCDE. Chapitre 2. Pour un enseignement efficient et équitable. Etudes économiques de l’OCDE, v. 18, n. 18, 2005.
https://www.cairn.info/revue-etudes-economiques-de-l-ocde-2005-18-page-51.htm
Ce chapitre examine la performance des services d’enseignement au Mexique jusqu’au deuxième cycle du secondaire. Il évalue à la fois l’efficience (les résultats obtenus par rapport aux sommes investies) et l’équité du système. Il en ressort que le système éducatif doit être encore amélioré de manière à réduire plus rapidement le déficit de capital humain par rapport aux autres pays de l’OCDE et à mieux préparer les enfants à vivre et travailler dans une économie moderne. Les Mexicains passent relativement peu d’années sur les bancs de l’école, et la qualité de l’enseignement qu’ils y reçoivent est plus faible que dans les autres pays de l’OCDE. Cette médiocre performance est à mettre au compte non pas tant du manque de ressources, mais plutôt d’une certaine inefficacité, d’une mauvaise allocation des dépenses, et du manque d’incitations motivant les personnels enseignants. Ce chapitre formule des recommandations spécifiques pour améliorer le système. Les efforts actuels des pouvoirs publics vont dans la bonne direction mais ils ne sont pas suffisants.
OCDE. Chapitre 4. Améliorer les performances du système éducatif. Etudes économiques de l’OCDE, v. 15, n. 15, p. 135-168, 2009.
https://www.cairn.info/revue-etudes-economiques-de-l-ocde-2009-15-page-135.htm?contenu=resume
En dépit des progrès réalisés ces dernières décennies, les indicateurs de l’éducation de la Grèce sont en retrait par rapport à ceux des autres pays de l’OCDE. Les résultats de l’exercice PISA sont médiocres, un pourcentage élevé d’étudiants effectuent leurs études supérieures à l’étranger et les taux de réussite sont faibles à tous les niveaux. Pareillement, les ressources consacrées à l’éducation sont modestes. L’accueil et l’éducation de la petite enfance sont très peu développés, ce qui se répercute sur les performances éducatives ultérieures, le système de prise en charge des tout jeunes enfants est sous-développé et peu régulé, et la séparation administrative opérée entre l’éducation préscolaire et la garde des tout jeunes enfants est source d’inefficacités. La qualité de l’enseignement primaire et secondaire reflète le manque d’incitation à la performance pour le corps enseignant, les carences des programmes scolaires et le manque d’autonomie et de responsabilité des établissements scolaires. Cela conduit les parents à faire donner des cours privés complémentaires à leurs enfants pour les préparer aux examens universitaires. Le système universitaire est rigide et ne dispose pas d’un mécanisme d’évaluation performant. Les réformes récentes se sont attaquées à certains de ces problèmes, mais cela ne suffit pas. Les performances du système éducatif pourraient être améliorées en donnant plus d’autonomie aux écoles et aux universités et en augmentant le niveau de responsabilité, par exemple en évaluant les performances des enseignants et en introduisant des examens nationaux standard à un plus grand nombre de niveaux d’études. Dans l’enseignement supérieur, un cadre plus flexible autoriserait une meilleure réactivité à l’évolution de la demande et se traduirait par un gain qualitatif. Les performances du système éducatif pourraient également être améliorées en prenant davantage d’initiatives pour compenser les effets d’antécédents défavorables sur les performances. Les établissements scolaires devraient en outre s’assurer que leurs programmes permettent aux élèves d’acquérir les compétences requises pour réussir dans leur vie postscolaire, ce qui passe notamment par une plus grande attractivité de l’enseignement technique et professionnel.
Português
ALVES, Maria Teresa Gonzaga; SOARES, José Francisco; XAVIER, Flavia Pereira. Índice socioeconômico das escolas de educação básica brasileiras. Ensaio: Aval. Pol. Públ. Educ. [online]. v. 22, n. 84, p.671-703, 2014.
http://www.scielo.br/pdf/ensaio/v22n84/a05v22n84.pdf
Este artigo apresenta a metodologia e os resultados do desenvolvimento de um índice de nível socioeconômico das escolas de educação básica do Brasil. Os dados provêm dos questionários contextuais aos quais os alunos respondiam nas avaliações educacionais feitas pelo governo federal nesse nível de ensino. Foram consideradas as respostas válidas de 20.806.062 alunos em 21 bases de dados. Para estimar o índice, itens relacionados às dimensões de escolaridade e ocupação dos pais do aluno e da renda familiar foram agregados, empregando-se um modelo da Teoria da Resposta ao Item. Os resultados foram validados mostrando-se fidedignos. Correlações com outros índices semelhantes são positivas e altas. A correlação com a renda per capita dos municípios revela que a realidade nacional vista por um indicador econômico e um indicador obtido pelas respostas a um questionário é, no nível macro, a mesma. A avaliação de especialistas em diferentes localidades do país coincide com a retratada pelo indicador.
Palavras-chave: nível socioeconômico das escolas, educação básica, desigualdades educacionais.
ALVES, Thiago; SILVA, Rejane Moreira da. Estratificação das oportunidades educacionais no Brasil: contextos e desafios para a oferta de ensino em condições de qualidade para todos. Educ. Soc., Campinas, v. 34, n. 124, p. 851-879, set., 2013.
http://www.scielo.br/pdf/es/v34n124/11.pdf
O artigo visa descrever alguns aspectos da desigualdade nas oportunidades educacionais no Brasil. A análise descritiva e quantitativa utilizou microdados do Censo, PNAD e Censo Escolar. Verificou-se que 3,8 milhões de crianças e jovens de 4 a 17 anos não frequentavam a escola em 2010, majoritariamente os mais pobres, negros e que vivem no campo. Estimou-se um aporte de R$ 11,8 bilhões anuais para inseri-los no sistema. A análise no nível municipal sugere uma associação positiva entre melhor nível socioeconômico da população e os contextos com melhores condições de oferta e resultados educacionais. Igualmente, verificou-se que o uso de medidas estatísticas que retratam as realidades educacionais em nível nacional ou estadual, muitas vezes, encobre severas desigualdades existentes no nível municipal.
Palavras-chave: desigualdade das condições de oferta de ensino, qualidade do ensino, sistema público de educação básica, políticas educacionais.
BASSO, Andreza Cristina Moreira da Silva; RODRIGUES, Carolina Ferrreira; BROOKE, Daniel Aguiar de Leighton; VIGNOLI, Daniel Araújo; CANDIAN, Juliana Frizzoni; REZENDE, Wagner Silveira. Desigualdade de desempenho e raça: uma análise a partir do Paebes 2009. Estudos em avaliação educacional, v. 23, n. 51, 2012.
http://publicacoes.fcc.org.br/ojs/index.php/eae/article/view/1946/1927
A pesquisa procura demonstrar o papel da raça na explicação de diferenciais de desempenho, avaliado pela proficiência, entre alunos da rede pública do Espírito Santo. Não tem a pretensão de determinar os mecanismos que operam na manutenção dessa desigualdade, mas objetiva enfatizar que raça é uma dimensão importante na compreensão das desigualdades educacionais, responde a diferenças consideráveis de proficiência e deve ser considerada nas tentativas de explicá-las.
Palavras-chave: desigualdades educacionais, raça, desigualdades sociais, rendimento escolar.
BONAL, Xavier. Incentivos a la demanda y racionalidades de elección escolar: reflexiones en entornos de pobreza. Em Aberto. v. 30, n. 99, 2017.
http://emaberto.inep.gov.br/index.php/emaberto/article/view/3254
Durante las últimas décadas hemos sido testigos de un creciente protagonismo de las políticas educativas centradas en la demanda para mejorar el acceso y las condiciones de escolarización de los pobres. Entre ellas, las políticas de voucher o bono escolar han desempeñado un papel destacado como mecanismo para mejorar la elección de escuela y la competencia entre los centros escolares. Los actores que abogan por estas políticas y las impulsan, como el Banco Mundial (BM), los gobiernos nacionales o las empresas privadas comparten una interpretación común acerca de las formas en que los pobres responden a las políticas basadas en incentivos de mercado. Este artículo desarrolla una crítica de la supuesta racionalidad instrumental de las políticas y programas que se centran en incentivos de mercado para influir en la demanda educativa de los pobres. En la primera parte, el artículo describe las principales características de las políticas educativas orientadas a la demanda y proporciona una interpretación de la racionalidad instrumental incorporada en la teoría del cambio de estas políticas. En la segunda parte del documento, se presentan y discuten marcos alternativos para interpretar las respuestas de los pobres a los incentivos de mercado. La última sección del documento reflexiona sobre las implicaciones políticas significativas de esta discusión para las reformas globales de la educación.
Palavras-chave: pobreza; racionalidad; incentivos de mercado; políticas educativas; globalización.
CARPENTIER, Claude. As desigualdades escolares na África do Sul: força das coisas e política educativa (o exemplo da Província do Cabo). Educ. Rev. [online]. n. 48, 2008.
http://www.scielo.br/pdf/edur/n48/a09n48.pdf
A questão da aplicação das decisões políticas subsiste tanto no campo da educação quanto fora dele. Frequentemente, ela se coloca de forma mais aguda quando são constatadas distorções entre orientações adotadas e resultados alcançados, normalmente vividos como grandes traições. Como pano de fundo para essa questão, consideramos a capacidade das políticas de se curvarem à “força das coisas”, isto é, ao peso de determinantes econômicos e sociais ou ao que é apresentado como tal. A mudança política que ocorreu na África do Sul em 1994 está na origem de um debate no país cuja aposta é saber se as decisões tomadas visando a erradicar as discriminações herdadas do passado em matéria de acesso à educação foram efetivadas dez anos mais tarde ou se estão sendo aplicadas. Para tanto, tentamos avaliar, por meio da análise de dados oficiais disponíveis para a Província do Western Cape, o peso da “força das coisas”. Três preocupações se exprimem em nossa pesquisa: determinar, primeiramente, a amplitude da desagregação racial institucional da escola após o período do apartheid; apreender, em seguida, o peso dos determinantes sociais que estão em sua base, além das diferenciações raciais, a persistência de fortes desigualdades sociais no acesso à educação; e questionar, enfim, a capacidade que tem o aparelho político para controlar e em que medida essa “força das coisas”, que provavelmente exprime tanto as heranças do passado quanto o próprio funcionamento da sociedade sul-africana, é atravessada hoje por imposições da globalização e pela perenização das desigualdades socioeconômicas que lhe estão associadas.
Keywords: política educacional; segregação racial; desigualdades socioeconômicas.
FRANCO, Creso et al. Qualidade e equidade em educação: reconsiderando o significado de “fatores intraescolares”. Ensaio: aval. pol. públ. Educ. [online], v. 15, n. 55, p. 277-298, 2007.
http://www.scielo.br/pdf/ensaio/v15n55/a07v1555.pdf
Resumo: O artigo investiga quais características escolares estão associadas ao aumento do desempenho médio das escolas medido por meio dos testes de matemática, da 4ª série do Ensino Fundamental, pelo SAEB 2001. Investiga, especificamente, características escolares promotoras de eficácia escolar e de equidade intraescolar, e identifica e avalia o efeito sobre a equidade de características escolares associadas, simultaneamente, à eficácia escolar e ao aumento das desigualdades dentro das unidades escolares. Palavras-chave: fatores intraescolares, eficácia escolar, equidade intraescolar, educação fundamental.
GARCIA, Adir Valdemare; HILLESHEIM, Jaime. Pobreza e desigualdades educacionais: uma análise com base nos Planos Nacionais de Educação e nos Planos Plurianuais Federais. Educ. Rev. [online]., n.spe.2, 2017.
http://www.scielo.br/pdf/er/nspe.2/0104-4060-er-02-00131.pdf
As desigualdades educacionais constituem grave problema na sociedade brasileira e estão relacionadas à estrutura socioeconômica do país, sendo a pobreza sua expressão mais explícita. Por sua natureza, os instrumentos de planejamento e gestão do Estado apresentam as propostas para a administração do país, dentre elas as que visam enfrentar as desigualdades sociais e educacionais e a pobreza. No artigo, os autores problematizam como esses temas são apresentados nos Planos Nacionais de Educação (PNEs), de 2001-2010 e 2014-2024, e quais proposições são vislumbradas para o seu enfrentamento. Numa análise comparativa, procuram traçar relação entre as proposições consignadas nos PNEs e as constantes nos três Planos Plurianuais (PPAs) federais no período de 2004 a 2015. O PNE é o instrumento que define as diretrizes e as metas para a gestão e o financiamento da educação. O PPA tem a função de organizar e viabilizar a ação pública por meio de diretrizes, objetivos e metas que devem balizar a elaboração das Leis Orçamentárias Anuais (LOA). A pesquisa em desenvolvimento evidencia que, nos períodos aludidos, os PNEs e os PPAs caracterizaram-se por formalmente apresentar propostas de ampliação das políticas sociais voltadas para o combate à pobreza e à diminuição das desigualdades sociais e educacionais a partir de diversos programas sociais, especialmente do Programa Bolsa Família. Os temas, conceitos e ações encontrados nos instrumentos de gestão analisados são problematizados à luz de referenciais da teoria social crítica.
Palavras-chave: desigualdades educacionais, pobreza, Plano Nacional de Educação, Plano Plurianual.
GENTILI, Pablo. O direito à educação e as dinâmicas de exclusão na América Latina. Educ. Soc., Campinas, v. 30, n. 109, dez., 2009.
http://www.scielo.br/pdf/es/v30n109/v30n109a07.pdf
O presente artigo analisa o complexo processo de produção social da exclusão e seus efeitos no direito à educação. O autor descreve e interpreta três dinâmicas que interferem na realização desse direito nos países da América Latina e no Caribe: a pobreza e a desigualdade estruturais; a segmentação e a diferenciação dos sistemas nacionais de educação; e os sentidos que assume o direito à educação numa cultura política marcada pelo desprezo aos direitos humanos e pela redução do valor da escolaridade aos efeitos que ela tem na concorrência pelos melhores postos no mercado de trabalho. O texto propõe redefinir a radicalidade do direito à educação como um direito humano fundamental, base para a construção de sociedades mais justas e igualitárias.
Palavras-chave: direito à educação, exclusão social e educação, direitos humanos e educação, política educacional na América Latina, sistemas nacionais de educação.
GRAMANI, Maria Cristina. A desigualdade socioeconômica afeta mais municípios menos favorecidos?. Cadernos de Pesquisa [online], v. 47, n. 164, 2017.
http://www.scielo.br/pdf/cp/v47n164/1980-5314-cp-47-164-00470.pdf
Este estudo busca analisar o panorama da educação básica em um país emergente que se caracteriza, por um lado, pelo elevado desenvolvimento econômico, e, por outro, pela alta desigualdade socioeconômica. Um modelo de dois estágios é utilizado, sendo que o primeiro estágio usa variáveis diretamente relacionadas à educação para capturar a eficiência educacional de cada município, e o segundo emprega a regressão Tobit a fim de estimar a influência das variáveis ambientais (não discricionárias) sobre a eficiência educacional encontrada no primeiro passo. Um agrupamento dos municípios em clusters foi implementado para assegurar uma comparação justa entre municípios homogêneos. Os resultados mostram discrepâncias significativas na influência de variáveis socioeconômicas no resultado educacional, dependendo da prosperidade de cada cluster.
Palavras-chave: Data Envelopment Analysis (DEA); eficiência educacional, educação básica, desigualdade social.
MARTINS, Eliana; ALMEIDA, Ney. A expansão desigual das ofertas educacionais no Brasil no século 21. Em Aberto, v. 30, n. 99, 2017.
http://emaberto.inep.gov.br/index.php/emaberto/article/view/3356/pdf
Ensaio sobre o processo de expansão desigual das ofertas educacionais no Brasil ao longo dos últimos 20 anos. Um componente estrutural dessa expansão é a diferenciação das formas de acesso asseguradas pela legislação estatal, que regula a interdependência entre natureza pública e privada nas três esferas governamentais que compõem o sistema educacional. A relação entre educação e pobreza não traduz mais um discurso de adesão e sustentação ideológica forte, como ocorreu em outros períodos, visto que não encontra parâmetros reais na trajetória de uma política social que se expande em diferentes níveis e modalidades como campo de valorização e sob a hegemonia do capital financeiro.
Palavras-chave: pobreza, educação, Estado.
PASSOS, Guiomar de Oliveira; GOMES, Marcelo Batista. Nossas escolas não são as vossas: as diferenças de classe. Educ. Rev. [online], v. 28, n. 2, 2012.
http://www.scielo.br/pdf/edur/v28n2/a16v28n2.pdf
O texto aborda as relações entre sistema de ensino e classes sociais, partindo de Bourdieu e valendo-se de estudos sobre a escolarização nas classes sociais no Brasil. Extraíram-se, dos elementos empíricos, as constatações e análises sobre significado da escola e processos de escolarização de grupos sociais, buscando princípios gerais ou pistas de investigação. É um esforço de sistematização para dispor de um quadro de referência para a investigação dos sistemas de ensino, particularmente os processos de escolarização. Verificou-se a comprovação do paradigma bourdieusiano de que, quando a riqueza é distribuída de forma desigual, os modos dos grupos e classes se relacionarem com o sistema de ensino dependem de suas propriedades e da importância dos bens culturais no conjunto das posses. A desconsideração disso faz do sistema de ensino instrumento da distribuição desigual das riquezas, em que são favorecidos os que dispõem de condições prévias à sua recepção e acumulação e são excluídos os que não as possuem.
Palavras-chave: escolarização, sistema de ensino, classes sociais.
SOARES, José Francisco; ANDRADE, Renato Júdice de. Nível socioeconômico, qualidade e equidade das escolas de Belo Horizonte. Ensaio: Aval. Pol. Públ. Educ. [online], v. 14, n. 50, 2006.
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-40362006000100008&script=sci_abstract&tlng=pt
Entre os fatores que impactam o desempenho cognitivo dos alunos da educação básica destacam-se sua família, as estruturas da sociedade e a escola em que ele estuda. A forma de medir esses fatores sofreu enorme impacto com a popularização de duas novas técnicas estatísticas: a Teoria de Resposta ao Item (TRI) e os modelos de regressão para dados hierárquicos. Neste trabalho apresentam-se três medidas caracterizadoras de uma escola; sua posição construída com ajuda da TRI a partir de indicadores fornecidos pelos alunos, medidas da qualidade e medidas da equidade criadas com ajuda dos modelos hierárquicos. A base de dados utilizada é composta por informações provenientes dos questionários socioeconômicos e pelas medidas de desempenho cognitivo dos estudantes das escolas de Belo Horizonte presentes no SIMAVE 2002 e nos vestibulares da UFMG em 2002, 2003 e 2004. A análise da qualidade das escolas de Belo Horizonte, por meio de modelo em que a influência do nível socioeconômico no desempenho dos alunos é controlada, mostra uma dimensão otimista da realidade. Algumas escolas, públicas e privadas, pelas suas políticas e práticas pedagógicas, conseguem fazer a diferença no desempenho de seus alunos mesmo quando eles são socioeconomicamente desfavorecidos. Por outro lado, hoje o sistema de educação básica de Belo Horizonte só consegue produzir qualidade na presença de alta iniquidade. O acesso está garantido, mas apenas alguns terminam a educação básica com desempenho nos níveis de desempenho adequados.
Palavras-chave: nível socioeconômico, efeito escola, avaliação de sistemas.
TAVARES JÚNIOR, Fernando; MONT’ALVÃO, Arnaldo; NEUBERT, Luiz. Rendimento escolar e seus determinantes sociais no Brasil. Revista Brasileira de Sociologia (RBS), v. 3, n. 6, 2015.
http://www.sbsociologia.com.br/rbsociologia/index.php/rbs/article/view/202
Este estudo analisa o rendimento educacional a partir das chances de estudantes realizarem as transições na educação básica (fundamental e média) no Brasil. Baseando-se em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 1999 e 2013, foram computados modelos Logit sequenciais no intuito de estimar as mudanças no efeito das origens sociais sobre as transições. Os principais resultados apontam que, embora ainda persistam desigualdades socioeconômicas e de cor, houve diminuição desses efeitos ao longo dos últimos anos, o que indica a diminuição das barreiras socioeconômicas para o fluxo dos estudantes.
YANNOULAS, Silvia Cristina; ASSIS, Samuel Gabriel; FERREIRA, Kaline Monteiro. Educação e pobreza: limiares de um campo em (re)definição. Rev. Bras. Educ. [online], v. 17, n. 50, p. 329-351, 2012.
http://www.scielo.br/pdf/rbedu/v17n50/v17n50a05.pdf
O artigo discute a produção acadêmica contemporânea brasileira sobre a relação entre educação formal e situação de pobreza, a partir da procura em três fontes: Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD), Scientific Electronic Library Online (SciELO) e o Google Acadêmico. Também foram analisados dados sobre os autores, utilizando a Plataforma Lattes e o Diretório de Grupos de Pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Os objetivos da pesquisa foram: a) propiciar um levantamento (localização e sistematização) da produção científica elaborada no contexto das ciências sociais e humanas sobre a relação entre situação de pobreza e educação formal; b) estabelecer uma tipologia (comparação e diferenciação) das formas que assume a mencionada relação na visão dos pesquisadores e pesquisadoras; e c) analisar as questões de gênero, raça/cor e classe social (identificação e consideração) envolvidas na relação entre a pobreza e a educação formal nessa produção científica. Os resultados mostram que há um interesse crescente na relação entre educação formal e situação de pobreza, com maior concentração das publicações nas áreas disciplinares de educação, economia, saúde e serviço social. A frequência com que o mesmo autor ou um mesmo grupo foi registrado é baixa, indicando uma alta rotatividade de interessados na temática. Os assuntos mais discutidos foram “Bolsa Escola, Bolsa Família ou outro programa de transferência de renda” e “exclusão social e desigualdade social”. Foram encontradas 13 maneiras diferentes de se relacionar a educação e a pobreza, sendo predominantemente: a “escolaridade como condição da mudança na situação de pobreza”.
Palavras-chave: educação formal, situação de pobreza, gênero, classe socioeconômica, raça/cor.
XAVIER, Flavia Pereira; ALVES, Maria Teresa Gonzaga. A composição social importa para os efeitos das escolas no ensino fundamental? Estudos em avaliação educacional. v. 26, n. 61, 2015.
http://publicacoes.fcc.org.br/ojs/index.php/eae/article/view/2933
O artigo analisa o efeito das escolas públicas brasileiras de ensino fundamental para o aprendizado de seus alunos, considerando o contexto socioeconômico e a composição do alunado por gênero e raça. Os alunos foram distribuídos em três níveis de proficiência: insuficiente, básico e adequado. Os que estão no nível insuficiente são considerados excluídos, uma vez que o seu direito à educação não é atendido. Utilizaram-se os dados de 2007, 2009 e 2011 da Prova Brasil. Os principais resultados indicam que os efeitos das escolas para a retirada dos alunos da exclusão e para sua promoção ao nível adequado de aprendizagem estão associados às características de composição social dessas escolas em termos de raça e gênero, independentemente do nível socioeconômico médio da escola. Tal composição também afeta as chances individuais de os alunos serem retirados da exclusão e promovidos ao nível de adequação.
Palavras-chave: efeitos das escolas, desigualdades escolares, níveis de proficiência, ensino fundamental.
Um dos problemas vividos de modo mais imediato nas escolas que atendem públicos socialmente desfavorecidos é o do absenteísmo discente, que constitui, frequentemente, a primeira etapa do abandono dos estudos; realidade essa que é verificada tanto nos países desenvolvidos quanto naqueles ainda em desenvolvimento. O levantamento bibliográfico sobre escolarização e pobreza conduziu a trabalhos – nacionais e estrangeiros – que discutem políticas e programas de enfrentamento a esse grave problema, os quais foram reunidos neste Eixo 3.
No caso dos estudos publicados no Brasil, trata-se de cinco artigos que se concentram, todos, na investigação do impacto do Programa Bolsa Família (PBF) no combate à infrequência escolar. O PBF é uma política de distribuição de renda criada no ano de 2003, em âmbito federal, a qual tem, como uma das condicionalidades impostas às famílias assistidas, a obrigatoriedade de garantir a assiduidade escolar dos filhos. Os artigos aqui reunidos apontam que, mesmo apresentando resultados positivos no que tange à frequência escolar, tal política tem efeitos educacionais limitados, na medida em que deixa intocada a questão da qualidade do ensino oferecido nas escolas frequentadas por seu público-alvo. Embora essa última constatação seja relativamente consensual nos referidos trabalhos, apenas um deles aborda mais diretamente fatores associados à qualidade, tais como formação de professores e infraestrutura dos estabelecimentos de ensino – evidenciando, justamente, que as crianças cujas famílias são beneficiadas pelo PBF tendem a frequentar as escolas com piores indicadores no que tange a esses fatores.
Já no que concerne à literatura estrangeira, foram identificados quatro textos que recenseiam uma gama muito ampla de políticas e programas de prevenção e combate ao fenômeno do abandono escolar, desenvolvidos na Europa e na América do Norte, os quais aliam tanto auxílios diversos direcionados às famílias e, portanto, exteriores ao universo escolar (na esfera financeira, da saúde, da segurança e outros), quanto dispositivos propriamente escolares e pedagógicos de natureza bastante diversificada, tais como programas de tutoria, atividades educativas suplementares, reforço escolar, atividades paraescolares, parcerias com a família e com a comunidade etc. Um dos textos desse último conjunto focaliza as intervenções pedagógicas em sala de aula, examinando sua maior ou menor eficácia no que concerne à prevenção do abandono escolar por parte dos chamados “alunos de risco”.
Essa visão panorâmica dos textos reunidos neste Eixo 3 exige que se façam algumas observações relativas ao número reduzido de trabalhos. Pode haver, nos diferentes países, programas e projetos que não foram alvo de estudos científicos, bem como pode haver estudos que não tenham sido captados por meio dos procedimentos adotados neste levantamento. Além disso, o levantamento identificou programas e projetos que têm a infrequência e o abandono como uma das dimensões que buscam enfrentar, mas que são marcados, sobretudo, pela ênfase em outros aspectos (como as relações família-vizinhança-comunidade ou a mobilização de recursos humanos, por exemplo) e, por isso, estão incluídos em outros eixos deste site. No que concerne aos textos em língua portuguesa, esses mesmos fatores podem ser importantes para explicar não somente o pequeno número de trabalhos, mas também sua concentração na análise dos impactos do Programa Bolsa Família quando se sabe da existência, no país, de outros projetos de combate à infrequência e à evasão escolar, ainda que, provavelmente, em menor número e menos investigados do que nos países desenvolvidos.
One of the problems more immediately faced by schools that attend low-income students is absenteeism, which is a first step towards dropout; this reality is seen in developed and under-development. The bibliographic research on schooling and poverty led to works- national and international- that discuss policies and programs to confront this difficult problem. These works were assembled in Axis 3.
In the case of the studies published in Brazil, all five articles focus on the impact of Programa Bolsa Família (PBF) in tackling school absenteeism. The PBF is a policy of income distribution created in 2003 by the federal government which has as one of the obligatory requirements children’s school attendance. The articles assembled here point that, even though it has positive effects on attendance, such policy has limited educational effects, as it does not deal with the issue of education quality offered in the schools which attend such public. Even though this last finding is relatively consensual in the works, only one of them approaches more directly the factors associate to quality, such as teacher training and school infrastructure- showing that children whose families receive the PBF tend to attend schools with the worse indicators regarding these factors.
On the foreign literature, we found 4 texts that approach a wide array of policies and programs to prevent and combat school dropout, developed in Europe and North America, which provide different types of supports to families and, therefore, out-of-school context (financial aid, health, security, etc.), as well as diverse pedagogical and school strategies, such as tutoring programs, extra educational/curricular activities, partnerships with families and communities, etc. One of the texts of this last set focus on pedagogical interventions in classrooms, examining their efficiency level regarding the prevention of dropout among “at risk” students.
The panoramic view of the texts assembled in this Axis 3 demands some observations on the reduced number of works. There can be, in different countries, programs and projects that were not subjected to academic studies, as there can also be works that were not captured by the procedures adopted in this research. Besides this, our research identified programs and projects that have absenteeism and dropout as one of the dimensions to combat, but which are mainly marked by the emphasis on other aspects (such as the relation family-neighborhood-community or human resources, for example) and thus, were included in another axis. Regarding the texts in Portuguese, these same factors can be important to explain not only the small number of works, but also their concentration in the impact analysis of PBF, as we know there are in the countries other projects to combat absenteeism and dropout even if, probably, in a smaller number and less researched than in developed countries.
Francês
BISSONNETTE, Steve ; MARIO, Richard ; CLERMONT, Gauthier. Interventions pédagogiques efficaces et réussite scolaire des élèves provenant de milieux défavorisés. Revue française de pédagogie, v. 150, n. 1, p. 87-141, 2005.
FIELD OF RESEARCH/TERRAIN DE RECHERCHE/LOCAL DA PESQUISA:
BLAYA, Catherine et al. Accrochage scolaire et alliances éducatives : vers une intégration des approches scolaires et communautaires. Éducation et francophonie, v. 39, n. 2, p. 227-249, 2011.
https://www.erudit.org/fr/revues/ef/2011-v39-n2-ef05/1007736ar/
Abstract/résumé/resumo: À partir d’une revue des facteurs de risque du décrochage scolaire et en vue d’illustrer le caractère multidimensionnel de la problématique, le présent texte montre l’importance des facteurs scolaires et en particulier la prégnance des effets de l’étiquetage et du climat scolaire sur le phénomène du décrochage. Si l’école peut générer de l’exclusion, elle peut aussi, dans certains cas, cultiver des facteurs de protection, par exemple par des relations de soutien, d’empathie et d’accompagnement individualisé, qui peuvent faciliter l’accrochage scolaire de jeunes à risque. Dans ce contexte, nous illustrons l’approche scolaire du traitement du décrochage en décrivant des structures qui permettent aux élèves en difficulté de sortir, pour des périodes plus ou moins courtes, d’un environnement scolaire avec lequel ils entretiennent des interactions problématiques pour les amener à se reconstruire dans des lieux qui offrent des possibilités de réinvestissement affectif et cognitif. À côté de cette approche scolaire, se développe depuis une quinzaine d’années une autre approche qualifiée de communautaire, car elle mobilise un ensemble très large d’acteurs de toutes les sphères de la société qui peuvent contribuer à l’accrochage scolaire et à l’insertion socioprofessionnelle des jeunes. Cette approche est illustrée à travers l’exemple de la recherche collaborative menée en Communauté française de Belgique et qui vise la mise en place d’un dispositif de concertation intersectorielle de lutte contre le décrochage scolaire. Enfin, dans la dernière partie de ce texte nous avançons quelques propositions pour une approche qualité dans la mise en place, l’analyse et la régulation de nouvelles alliances éducatives incorporant les approches scolaire et communautaire.
Baseado numa revisão dos fatores de risco de abandono escolar e a fim de ilustrar o caráter multidimensional do problema, o presente texto mostra a importância dos fatores escolares e, em particular, a força dos efeitos de estigma e do clima escolar no fenômeno do abandono escolar. Se a escola pode gerar exclusão, ela também pode, em certos casos, cultivar fatores de proteção, por exemplo, por meio de relações de apoio, empatia e acompanhamento individualizado que podem facilitar a permanência escolar de jovens em risco. Nesse contexto, ilustramos a abordagem escolar do tratamento do abandono, descrevendo as estruturas que permitem aos alunos em dificuldades de sair, por períodos mais ou menos curtos, de um ambiente escolar no qual eles têm interações problemáticas para levá-los a se reconstruir em locais que oferecerão possibilidade de reinvestimento afetivo e cognitivo. Juntamente a essa abordagem escolar, desenvolve-se, há cerca de 15 anos, uma abordagem com a comunidade, visto que ela mobiliza uma série bem ampla de atores de todas as esferas da sociedade que podem contribuir com a permanência escolar e a inserção socioprofissional dos jovens. Essa abordagem é ilustrada com o exemplo de uma pesquisa colaborativa realizada na comunidade francesa da Bélgica, visando estabelecer um dispositivo conjunto intersetorial de luta contra o abandono escolar. Por fim, na última parte desse texto, fazemos algumas propostas para uma abordagem de qualidade na implementação, análise e regulação de novas alianças educativas incorporando as abordagens escolares e comunitárias.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: Bélgica
BRUNO, F.; SAUJAT, F.; FÉLIX, C. Les programmes de prévention et de lutte contre le décrochage scolaire et leurs conséquences sur le travail enseignant: revue de littérature. Revue française de pédagogie, v. 193, n. 4, p. 89-104, 2015.
https://www.cairn.info/revue-francaise-de-pedagogie-2015-4-p-89.htm
Abstract/résumé/resumo: La lutte contre le décrochage scolaire constitue un défi majeur des systèmes éducatifs des pays développés. Cet article présente un tour d’horizon de la littérature scientifique internationale concernant les programmes de prévention et de lutte contre le décrochage scolaire au sein des politiques éducatives des quinze dernières années, afin d’en extraire des caractéristiques. Puis l’impact de la mise en œuvre de ces politiques publiques sur le travail des enseignants est discuté à la lumière des études récentes. Il apparaît que les nouvelles formes de travail des enseignants découlant de la mise en œuvre des programmes de prévention et de lutte contre le décrochage scolaire suggèrent des pistes de recherches dans une perspective « orientée activité ».
Mots-clés: scolarisation, politique en matière d’éducation, abandon scolaire, méthode d’évaluation, absentéisme.
A luta contra o abandono escolar constitui o maior desafio dos sistemas educativos dos países desenvolvidos. Esse artigo apresenta uma visão geral da literatura científica internacional sobre os programas de prevenção e luta contra o abandono escolar no sio das políticas educativas dos últimos quinze anos, a fim de perceber suas características. Em seguida, o impacto da implementação das políticas públicas no trabalho dos professores é discutido face aos estudos recentes. Aparentemente, as novas formas de trabalho docente decorrentes da implementação de programas de prevenção e luta contra o abandono escolar sugerem pistas de pesquisa dentro de uma perspectiva de “atividade orientada”.
Palavras chave: escolarização, políticas educacionais, abandono escolar, método de avaliação, absenteísmo.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: –
PARSONS, Carl. Enseigner, gérer, survivre dans les zones socialement défavorisées en Angleterre. Recherche & Formation, v. 44, n. 1, p. 11-27, 2003.
https://www.persee.fr/doc/refor_0988-1824_2003_num_44_1_1866
Abstract/résumé/resumo: Depuis 1997, le Royaume-Uni a pris un certain nombre de mesures visant à satisfaire les besoins éducatifs dans les zones défavorisées. Cette approche peut être perçue comme un facteur d’intégration sociale dans le cadre d’un discours politique de la ‘ troisième voie’ qui fixe des objectifs et qui délègue. Les interventions et les projets doivent être envisagés dans un contexte macro-sociétal de pauvreté, d’exclusion scolaire et d’inégalité dans tous les domaines ; ainsi, peut-être les projets éducatifs ne suffisent-ils pas. Les projets de grande envergure limités dans le temps et financés par le gouvernement central sont très en vogue et entraînent des résultats positifs. Les écoles de quartier se développent et fournissent une gamme complète de services aux enfants et aux jeunes, et différentes stratégies sont proposées aux écoles afin qu’elles puissent gérer les comportements difficiles et l’échec scolaire. Le pouvoir du rôle de l’école pour résoudre les problèmes liés à la pauvreté est encore en question et on attend des résultats de recherche pour savoir dans quelle mesure les écoles peuvent compenser les handicaps sociaux et économiques des enfants.
Desde 1997, o Reino Unido tomou uma série de medidas visando satisfazer às necessidades educativas em áreas desfavorecidas. Essa abordagem pode ser percebida como um fator de integração social em um quadro de discurso político da “terceira via”, que fixa seus objetivos e os delega. As intervenções e projetos devem ser vistos em um contexto macrossocial de pobreza, exclusão escolar e desigualdade em todas as áreas; dessa forma, talvez os projetos educativos não sejam suficientes. Os projetos de grande envergadura, limitados no tempo e financiados pelo governo central, são muito populares e mostram resultados positivos. As escolas de bairro se desenvolvem e oferecem uma gama completa de serviços às crianças e aos jovens. Diferentes estratégias são propostas às escolas para que possam lidar com comportamentos difíceis e com o fracasso escolar. O poder do papel da escola para resolver problemas ligados à pobreza ainda é questionado e esperamos resultados de pesquisas para saber até que ponto as escolas podem compensar as desvantagens sociais e econômicas das crianças.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: Inglaterra
Português
ABREU, Domingos; AQUINO, Jakson Alves de. Contexto familiar e cumprimento da condicionalidade de frequência escolar no Programa Bolsa Família no Ceará. Educ. Rev., Curitiba, n. spe. 2, p. 55-69, set., 2017.
http://www.scielo.br/pdf/er/nspe.2/0104-4060-er-02-00055.pdf
Abstract/résumé/resumo: O objetivo desta pesquisa é identificar quais características das famílias dos beneficiários do Programa Bolsa Família (PBF) exercem influência significativa sobre a probabilidade de a condicionalidade de frequência escolar ser cumprida ou não. Um banco de dados apropriado para análise quantitativa foi preparado a partir dos dados de 341 entrevistas semiestruturadas realizadas no estado do Ceará em 2016. Nossos resultados indicam que o cumprimento ou não da condicionalidade depende, principalmente, do engajamento das mães dos beneficiários nas atividades escolares dos filhos; o que, por sua vez, depende da escolaridade das mães e de seu interesse pelos estudos dos filhos.
Palavras-chave: Programa Bolsa Família, engajamento materno, condicionalidade, frequência escolar.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: Ceará
DE LIMA MONTEIRO, Maria Therezinha. O impacto social do Programa Bolsa Escola no Distrito Federal. Revista Estudos em Avaliação Educacional. Fundação Carlos Chagas, n. 22, p. 37-91, 2000.
http://publicacoes.fcc.org.br/ojs/index.php/eae/article/view/2216
Abstract/résumé/resumo: O artigo retrata a pesquisa que se baseou em 120 famílias com dependentes de 7 a 14 anos, nível econômico baixo, participantes do Programa Bolsa Escola no Distrito Federal, que foram aleatoriamente selecionadas nas regiões mais carentes, e em 90 famílias desligadas do mesmo programa. O estudo demonstrou que a associação de renda mínima e frequência escolar da criança está apresentando problemas que necessitam de melhor análise, na opinião da pesquisadora.
Palavras-chave: Programa Bolsa Escola, Distrito Federal, pobreza, desigualdades sociais, relações escola-família, políticas sociais, educação, escolas públicas, renda familiar, rendimento escolar.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: Distrito Federal
PIRES, André. Afinal, para que servem as condicionalidades em educação do Programa Bolsa Família?. Ensaio: Aval. Pol. Públ. Educ., Rio de Janeiro, v. 21, n. 80, p. 513-531, set., 2013.
http://www.scielo.br/pdf/ensaio/v21n80/a07v21n80
Abstract/résumé/resumo: Este artigo objetiva a reflexão sobre estratégias de enfrentamento da pobreza a partir da exigência de frequência escolar mínima presente no desenho do programa de transferência de renda condicionada do governo federal Bolsa Família. Num primeiro momento, são apresentadas algumas considerações, fundamentadas em trabalhos científicos, que problematizam a efetividade das condicionalidades em educação presentes no Programa Bolsa Família (PBF). Na sequência, apresento resultados de pesquisa desenvolvida entre 2008 e 2010 que entrevistou 22 pessoas participantes do PBF e cujo objetivo foi compreender a visão dos próprios beneficiários em relação a esta política de transferência de renda. Os resultados dessa investigação levaram-me a considerar que as condicionalidades do PBF podem ser vistas como instauradoras de uma relação de troca e reciprocidade entre os beneficiários dessa política e o Estado. Pensado nesses termos, proponho neste artigo que as discussões sobre as condicionalidades em educação do PBF devem ser pensadas numa perspectiva ampliada, não se restringindo somente aos seus efeitos práticos em termos de frequência escolar ou ganhos de escolaridade, mas também aos seus efeitos simbólicos, notadamente, o fortalecimento dos sentimentos de pertencimento e reconhecimento sociais por parte das entrevistadas gerados pelo cumprimento das condicionalidades em educação.
Palavras-chave: educação, políticas públicas, programas de transferência de renda condicionada, Campinas (SP).
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: Campinas (SP)
PIRES, A. Efeitos da Condicionalidade em Educação do Programa Bolsa Família em Campinas (SP). Estudos em Avaliação Educacional, São Paulo, v. 24, n. 55, p. 170-196, abr./ago., 2013b.
http://www.fcc.org.br/pesquisa/publicacoes/eae/arquivos/1817/1817.pdf
Abstract/résumé/resumo: O Programa Bolsa Família objetiva a transferência de renda condicionada do governo federal que vincula o recebimento do benefício à frequência escolar mínima de crianças e jovens (6-17 anos). O artigo analisa os efeitos dessa condicionalidade nos indicadores escolares em população de beneficiários residentes em Campinas (SP), tomando por base informações do Censo 2010 e comparando indicadores educacionais do grupo de beneficiários do programa e de um grupo de controle. Os resultados mostram que a condicionalidade relacionada à educação é positiva no incremento da frequência escolar dos beneficiários e em termos da adequação idade/curso. Verifica-se, ao término do período de frequência escolar exigido pelo programa, queda abrupta nos números relativos à frequência e adequação idade/curso entre os beneficiários. Ao final, são apresentados desafios suscitados pelos dados relativos a um dos objetivos do programa: combater a transmissão intergeracional da pobreza com a frequência escolar.
Palavras-chave: políticas públicas, Programa Bolsa Família, frequência escolar.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: Campinas (SP)
SILVEIRA, Adriana Dragone, SCHNEIDER, Gabriela. Política educacional, pobreza e educação: retrato do atendimento aos estudantes beneficiários do Programa Bolsa Família no Paraná. Educ. Rev., Curitiba , n. spe. 2, p. 113-130, set., 2017.
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-40602017000600113&script=sci_abstract
Abstract/résumé/resumo: Este artigo apresenta uma leitura inicial sobre como estão distribuídos os estudantes beneficiários do Programa Bolsa Família no estado do Paraná a partir dos dados do Banco do Sistema Presença de 2014, cotejados com o Censo Escolar do mesmo ano. Para a construção de um mapeamento sobre as condições de oferta escolar, consideraram-se as condições que têm sido asseguradas aos estudantes, tomando-se, em especial, informações quanto às condições de trabalho docente (contrato de trabalho e formação docente) e às condições de infraestrutura da escola (biblioteca, internet, banda larga, laboratório de informática e quadra de esporte). O objetivo é problematizar as condições de equidade na produção da política educacional, partindo-se do pressuposto de que o enfrentamento das desigualdades educacionais no Brasil implica reconhecimento de que a população pobre está na escola pública e de que o trabalho escolar tem implicações objetivas para a construção de uma experiência inclusiva e de qualidade para o percurso escolar dessa população.
Palavras-chave: Programa Bolsa Família, direito à educação, condições de qualidade, política educacional.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: Paraná
Inglês
GOTTFRIED, Michael A. Evaluating the Relationship Between Student Attendance and Achievement in Urban Elementary and Middle Schools: An Instrumental Variables Approach. American Educational Research Journal, v. 47, n. 2, p. 434-465, June, 2010.
https://journals.sagepub.com/doi/abs/10.3102/0002831209350494?journalCode=aera
Researchers, policymakers, practitioners, and parents have assumed a positive relationship between school attendance and academic success. And yet, among the vast body of empirical research examining how input factors relate to academic outcomes, few investigations have honed in on the precision of the relationship between individual attendance and student achievement. The purpose of this article is to provide insight into this relationship. Specifically, this study has evaluated the hypothesis that the number of days a student was present in school positively affected learning outcomes. To assess this, a unique empirical approach was taken in order to evaluate a comprehensive dataset of elementary and middle school students in the Philadelphia School District. Employing a fixed effects framework and instrumental variables strategy, this study provides evidence from a quasi-experimental design geared at estimating the causal impact of attendance on multiple measures of achievement, including GPA and standardized reading and math test performance. The results consistently indicate positive and statistically significant relationships between student attendance and academic achievement for both elementary and middle school students.
Keywords: achievement, attendance, urban education.
GUMUS, Sedat; CHUDGAR, Amita. Factors Affecting School Participation in Turkey: An Analysis of Regional Differences. Compare: A Journal of Comparative and International Education, v. 46, n. 6, p. 929-951, 2016.
https://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/03057925.2015.1095073
There are thousands of children who remain out of school at both primary and secondary levels in Turkey. The current disparities in access to education in Turkey are mostly driven by systematic regional differences and high gender inequalities. Although several existing studies have paid close attention to gender-based inequities in school access, none of the existing studies have attempted to systematically understand regional differences in schooling. This study therefore intends to address this gap in the literature. Results of the study indicated several key factors, such as gender, household poverty and gender role attitudes, that contributes to the regional inequalities in access to education in Turkey. Based on these findings, suggestions for policy makers and future research were made.
KERBOW, David; AZCOITIA, Carlos; BUELL, Barbara. Student Mobility and Local School Improvement in Chicago. The Journal of Negro Education, v. 72, n. 1, p. 158-164, Winter, 2003.
https://www.jstor.org/stable/3211299?seq=1/analyze
In the typical Chicago elementary school, only 50% of its students remain enrolled in the school over a three-year period. Residential changes account for the majority of these moves, but over two fifths are school-related. Many students move within a small network of schools connected by geography, racial/ethnic composition, and poverty. Chicago’s Staying Put project aims to increase awareness of the impact of mobility through parent brochures explaining rights and responsibilities, as well as support materials for teachers and administrators. A Comprehensive Community Schools initiative, with broader aims, opens school buildings beyond the school day and extends resources to families ranging from medical care to other social services.
Francês
GIGNOUX, Jérémie. Évaluations ex ante et ex post d’un programme d’allocations scolaires conditionnées au Mexique. Economie & prévision, v. 174, n. 3, p. 59-85, 2006.
https://www.cairn.info/revue-economie-et-prevision-2006-3-page-59.htm?contenu=resume
Cet article examine la qualité des évaluations ex-ante des effets des programmes d’allocations scolaires sur les activités des enfants dans les pays en développement. Nous utilisons les données d’une expérience sociale d’évaluation du programme mexicain Progresa. Nous comparons les prévisions données par un modèle ex-ante de forme réduite des effets de transferts de revenus sur la scolarisation et le travail des enfants aux impacts estimés ex-post par l’expérience sociale. L’estimation ex-ante des effets du revenu parental repose sur son instrumentation par les biens durables et les caractéristiques des logements des bénéficiaires. Nos résultats montrent que les prévisions ex-ante des impacts du programme sont proches des impacts estimés ex-post. Nous discutons les biais de ces deux méthodes d’évaluation.
Português
VALDEMAR GARCIA, Adir; CRISTINA YANNOULAS, Silvia. Educação, pobreza e desigualdade social. Em Aberto, v. 30, n. 99, 2017.
http://emaberto.inep.gov.br/index.php/emaberto/article/view/3262
Apresenta reflexões sobre a universalidade e a obrigatoriedade escolar na educação básica considerando as tensões, os conflitos e as contradições educacionais na ordem do capital. Reflete também sobre as possíveis alterações quanto à permanência das crianças na escola e à sua condição de pobreza decorrentes da condicionalidade estabelecida pelo Programa Bolsa Família (PBF), visto que a obrigatoriedade escolar já era uma questão constitucional anteriormente estabelecida. Conclui que a educação na ordem do capital não pode ser responsabilizada pela erradicação da pobreza, dado que essa é um problema estrutural; no entanto, é fundamental continuar lutando pela garantia de acesso, condições de permanência e qualidade. Conclui também que a condicionalidade imposta pelo PBF modificou, em certa medida, a condição educacional de alunos (as) pobres, mas se constitui em um instrumento que fere a própria condição de sujeito de direito daqueles que se submetem a essa imposição.
Palavras-chave: condicionalidade, obrigatoriedade escolar, pobreza, política educacional, universalidade da educação básica.
A incorporação da dimensão socioespacial ao estudo das desigualdades educacionais tem constituído um dos traços mais marcantes da pesquisa em Educação nas últimas décadas, configurando uma ampliação do campo de observação dos pesquisadores para além das variáveis tradicionais relativas à classe, à raça e ao gênero. Ao mesmo tempo, tem-se verificado certa tendência de espacialização das políticas públicas na área, como, por exemplo, as políticas de deslocamento de alunos entre bairros, nos EUA (busing) – que remontam aos anos 1970 – ou, posteriormente, as “Zonas de Educação Prioritária” na França e na Inglaterra, a partir dos anos 1980.
No que diz respeito à pesquisa educacional, o resultado mais notável dos estudos foi a formulação do conceito de “efeito-território” e suas noções correlatas de “efeito-vizinhança” e de “geografia de oportunidades”, relativas à influência do entorno e de sua oferta de estabelecimentos de ensino. O efeito-território se refere ao impacto das características sociais da zona de residência sobre as condições educacionais de seus moradores, após o controle estatístico do nível socioeconômico. Por “condições educacionais” compreendem-se, aqui, tanto os aspectos de impacto mais direto sobre o desempenho escolar (nível de aspiração e de informação das famílias, por exemplo), quanto fatores mais abrangentes como as redes de sociabilidade e os processos de socialização nos quais os jovens estão imersos.
Esse tipo de análise – que decorreu originalmente da investigação das relações complexas entre os fenômenos da segregação urbana e da segregação escolar – tem-se mostrado particularmente relevante para a compreensão das condições de escolarização em territórios ditos “vulneráveis”, e, portanto, das relações entre educação e pobreza. Segundo as pesquisas, esses territórios exercem um efeito negativo sobre as oportunidades educacionais, e o fazem de modo cumulativo, pela ação simultânea de desvantagens de ordens diversas: moradias degradadas, falta de equipamentos públicos, criminalidade/violência, condições escolares desfavoráveis, estigmatização residencial, dentre outras.
É nesse contexto que se deve entender o surgimento de iniciativas territorializadas de combate às desvantagens educacionais, as quais se estendem para além da escola, contemplando intervenções na comunidade, mobilizando parcerias e potencializando recursos provenientes tanto do poder central quanto das comunidades locais.
Este Eixo 4 reúne, basicamente, dois grupos de trabalhos: (i) alguns de caráter diagnóstico, que têm por objetivo mensurar e analisar o efeito-território em diferentes situações urbanas; (ii) outros que documentam e/ou avaliam experiências de intervenção, emanadas do poder público ou da sociedade civil, as quais estabelecem parcerias entre escola, família e comunidade no combate às iniquidades educacionais.
O primeiro grupo reúne a totalidade dos estudos relativos à realidade brasileira, além de pesquisas em língua francesa e em língua inglesa. Inclui desde estudos que examinam de modo mais geral as dinâmicas entre a segregação residencial e as desigualdades escolares até trabalhos que chegam aos mecanismos pelos quais o efeito-território atua, tais como: a oferta de Educação Infantil; as características do corpo docente; os processos de evitamento de determinados estabelecimentos de ensino pelas famílias; a concorrência, entre as escolas, pelos “bons alunos”. Cabe ressaltar que um dos trabalhos em língua inglesa analisa o efeito-território em uma situação bastante específica, resultante da implementação do Programa Moving to Opportunity (MTO) nos Estados Unidos, o qual realoca a moradia de famílias de regiões de alto nível de pobreza para outras de baixo nível de pobreza.
No segundo grupo, três textos em língua francesa têm por finalidade fazer um balanço de programas de colaboração entre a escola e a comunidade existentes em diversos países, descrevendo sistematicamente suas características (objetivos, público-alvo, estratégias, resultados etc.) e seu alcance, que pode envolver recursos provenientes de diferentes esferas do mundo social (saúde, justiça, assistência social, empresas etc.). Enquanto isso, em língua inglesa encontram-se trabalhos que focalizam programas específicos desenvolvidos nos Estados Unidos, avaliando seus limites e potencialidades. Vários desses estudos acabam por fornecer uma resposta à constatação do efeito negativo que o território vulnerável pode exercer, na medida em que evidenciam intervenções focadas nos potenciais existentes na comunidade.
Apesar de constituírem um conjunto bastante diverso e heterogêneo, esses textos, tomados em seu conjunto, indicam que não mais parece possível, nos dias que correm, conceber políticas de equidade educacional sem levar em consideração o território e a comunidade como fatores de influência nos processos de escolarização.
The incorporation of the socio-spatial dimension in the study of educational inequalities has been one of the most striking characteristics in the Education research in the last decades, setting a widening of the observation field for researchers that go beyond the traditional variables related to class, race, or gender. Simultaneously, we see a certain tendency of spatialization of public policies in the area, as, for example, the policies do transport students between neighborhoods in the USA (commonly known as busing) which started in the 1970s- or later the “ Educational Priority Areas” in England and in France ( Zone d’éducation prioritaire) since the 1980s.
Regarding educational research, the most notable research was the formulation of the concept of “territory effect” and its correlated notions of “neighborhood effect” and “geography of opportunities”, related to the influence of the environment and its school offer. The territory effect refers to the impact of social characteristics of the area of residence on the educational condition of its inhabitants, after the statistical control of the socioeconomic level. By “educational conditions” we understand here the aspects of direct impact in the academic achievement (level of aspiration and information of the families, for instance), as well as broader approaches such as the sociability network and the socialization processes in which the youngsters are immersed.
This type of analysis- that originated from the investigation of the complex relations between the phenomena of urban segregation and school segregation- has been showing itself particularly relevant to understand the conditions of schooling in areas considered to be “vulnerable” and, therefore, the relations between education and poverty. According to the researches, these areas have a negative effect on educational opportunities, and those are cumulative, due to the simultaneous action of different types of disadvantages: bad housing conditions, lack of public equipment, criminality/violence, unfavorable school conditions, residential stigma, among others.
It is in this type of context that we should understand the creating of territorialized initiatives to combat educational disadvantages, which go beyond school itself, contemplating interventions in the community, mobilizing partnerships, and potentializing resources from the central power as well as from local communities.
The first group assembles all studies related to Brazilian reality, besides researches on French and English. It includes studies that examine in a broader way the dynamics between residential segregation and school inequalities, as well works that get to the mechanisms through which such territory effect takes place, such as: offer of childhood education; characteristics of teaching staff; processes used by families to avoid certain schools; competition between school for the “good students”. It is worth highlighting that one of the works in English analyses the territory effect in a very specific situation, resulting from the implementation of the Program MTO (Moving to Opportunity) in the United States, which relocates families from high poverty areas to others with lower poverty levels.
In the second group, three texts in French aim to take stock of programs of collaboration between school and community in different countries, describing systematically their characteristics ( objectives, target public, strategies, results, etc.) and their reach, that can involve resources from different spheres of the social world ( health, legal, social assistance, companies, etc). In English, there are works focusing in specific programs developed in the United States, evaluating their limits and potentialities. Many of those studies end up giving an answer to the negative effect that the vulnerable territory can establish, as they shed light onto interventions focuses on the potentials in the community.
Even though, they are a set of very diverse and heterogenous works, these texts, when considered as a whole, indicate that it does not seem possible nowadays to understand policies of educational equity without considering the territory and the community as influence factors in schooling processes.
Inglês
CATAMBIS, S; BEVERIDGE, A. Does Neighborhood matter? Family, neighborhood, and school influences on eight-grade mathematics achievement. Sociological Focus, v. 34, n. 4, SPECIAL ISSUE: Educational Stratification and the Life Course, p. 435-457, Oct./Nov., 2001.
https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/00380237.2001.10571212
Abstract/résumé/resumo: This paper explores ways by which neighborhoods and schools may influence the mathematics achievement of eighth grade students. We use data from the National Educational Longitudinal Study (NELS: 88) and combine it with U.S. Census data at the level of students’ residential zip codes. These data allow us to analyze simultaneously all aspects of students’ lives: their families, neighborhoods, and schools. Our findings suggest that “bringing neighborhood in” makes sense for this line of research. Disadvantages at the neighborhood and school level may place students at risk, by influencing students and their achievement in mathematics directly and indirectly. We find that both disadvantaged neighborhoods and disadvantaged schools are directly associated with lower levels of mathematics achievement, even after controlling for individual level background variables. Disadvantaged neighborhoods are also indirectly associated with students’ mathematics achievement, by weakening parents’ ability to help children succeed in school. Despite these difficulties, parents may be able to overcome, to some degree, neighborhood disadvantages by frequently communicating with their children, closely monitoring their activities, and providing extra learning opportunities for them.
Este artigo explora formas por meio das quais as vizinhanças e as escolas podem influenciar o resultado em matemática dos alunos do 8º ano. Usamos dados do National Educational Longitudinal Study (NELS: 88) combinados com o Censo dos EUA relativos aos CEPs das residências dos alunos. Esses dados nos permitiram analisar simultaneamente todos os aspectos das vidas dos estudantes: suas famílias, vizinhanças e escolas. Nossos resultados sugerem que “trazer a vizinhança” faz sentindo dentro dessa linha de pesquisa. As desvantagens no nível da escola e da vizinhança podem colocar os estudantes em risco, influenciando, direta ou indiretamente, os alunos e seus resultados em matemática. Descobrimos que tanto as vizinhanças como as escolas mais carentes estão diretamente associadas com níveis mais baixos de desempenho em matemática, mesmo depois de controladas as variáveis relativas ao background individual. As vizinhanças mais carentes estão também diretamente ligadas aos resultados em matemática dos alunos ao enfraquecerem a capacidade dos pais em ajudar seus filhos a obter sucesso escolar. Apesar dessas dificuldades, os pais podem superar, até certo nível, as desvantagens de vizinhança ao se comunicar frequentemente com os filhos, monitorar de perto suas atividades e oferecer-lhes oportunidades extras de aprendizagem.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: Estados Unidos
DOBBIE, Will; FRYER Junior, Roland. Are High-Quality Schools Enough to Increase Achievement Among the Poor? Evidence from the Harlem Children’s Zone. American Economic Journal: Applied Economics, v. 3, n. 3, 2011.
http://www2.econ.iastate.edu/classes/econ321/orazem/Fryer_high_quality_schools.pdf
Abstract/résumé/resumo: Harlem Children’s Zone (HCZ), an ambitious social experiment, combines community programs with charter schools. We provide the first empirical test of the causal impact of HCZ charters on educational outcomes. Both lottery and instrumental variable identification strategies suggest that the effects of attending an HCZ middle school are enough to close the black-white achievement gap in mathematics. The effects in elementary school are large enough to close the racial achievement gap in both mathematics and ELA. We conclude with evidence that suggests high-quality schools are enough to significantly increase academic achievement among the poor. Community programs appear neither necessary nor sufficient.
A Harlem Children’s Zone (HCZ) é um experimento social ambicioso que combina programas comunitários com charter schools. Fizemos o primeiro estudo empírico dos impactos causais das HCZ charters nos resultados educacionais. Tanto a loteria como as estratégias de identificação de variáveis instrumentais sugerem que os efeitos de frequentar um HCZ no middleschool são suficientes para diminuir o gap de rendimento entre negros e brancos em matemática. Os efeitos no ensino fundamental são suficientemente altos para diminuir os gaps de rendimento por raça em matemática e linguagem. Concluímos com evidências que sugerem que escolas de alta qualidade são suficientes para aumentar significativamente o rendimento acadêmico entre os pobres. Os programas comunitários não parecem ser necessários ou suficientes.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: Harlem, NY (EUA)
GALINDO, Claudia; SANDERS, Mavis; ABEL, Yolanda. Transforming Educational Experiences in Low Income Communities: A Qualitative Case Study of Social Capital in a Full-Service Community School. American Educational Research Journal, v. 54, p. 140-163, 2017.
http://journals.sagepub.com/doi/abs/10.3102/0002831216676571?journalCode=aera
Abstract/résumé/resumo: Full-service community schools aim to reduce educational inequality by addressing the multifaceted needs of low-income children and youth. Critical to this task is the ability of these schools to generate sufficient social capital to provide students, families, and teachers with essential resources. Using data from a qualitative case study, this article explores how social capital was manifested in an urban full-service community elementary school. Findings show that the principal, teachers, and staff were important sources of school-based social capital, which enabled the provision of services to students and families. However, resource scarcity and interethnic tensions threatened the expansion of social capital and the school’s transformative potential. We discuss implications of these findings for the theory, research, and practice of full-service community schools.
Keywords: full-service community schools, racial/ethnic tensions, social capital, threats to social capital.
Escolas de atendimento completo à comunidade objetivam reduzir a desigualdade educacional abordando as necessidades multifacetadas das crianças e dos jovens de baixa renda. Um ponto-chave para essa tarefa é a habilidade dessas escolas em gerar capital social suficiente para fornecer aos alunos, famílias e professores os recursos essenciais necessários. Usando dados de um estudo de caso qualitativo, esse artigo explora como o capital social se manifesta em uma escola de ensino fundamental que oferece um atendimento completo à comunidade. Os resultados mostram que o diretor, professores e demais funcionários são fontes importantes do capital social baseado na escola, que permitiram o fornecimento de serviços para os alunos e suas famílias. Contudo, a falta de recursos e tensões inter-raciais ameaçam a expansão do capital social e do potencial transformador da escola. Discutimos as implicações dessas descobertas para a teoria, pesquisa e prática das escolas de atendimento completo à comunidade.
Palavras-chave: escolas de atendimento completo à comunidade, tensões raciais/étnicas, capital social, ameaças ao capital social.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: Estados Unidos
LEVENTHAL, T. BROOKS-GUNN, J. A Randomized Study of Neighborhood Effects on Low Income Children’s Educational Outcomes. Developmental psychology, v. 40, n. 4, p. 488-507, 2004.
https://psycnet.apa.org/record/2004-15557-003
Abstract/résumé/resumo: Experimental data from the Moving to Opportunity for Fair Housing Demonstration were used to examine (a) if moving from high to low-poverty neighborhoods (via randomization) was associated with low-income minority children’s achievement, grade retention, and suspensions/expulsions; (b) if moving minimized gender differences in these outcomes; and © potential mediators of observed program effects. Data on school-age children (mean age = 11.79 years, SD = 3.26) were obtained from standardized assessments and parent and adolescent interviews during the New York City site’s 3-year follow-up evaluation (N = 588). Moving to low-poverty neighborhoods had positive effects on 11-18-year-old boys’ achievement scores compared with those of their peers in high-poverty neighborhoods. These male adolescents’ scores were comparable to females’ scores, whereas male adolescents in high-poverty neighborhoods scored 10 points lower than female peers. Homework time and school safety partially accounted for program effects. From a policy perspective, the program benefited disadvantaged male adolescents at high risk for dropping out of school.
Dados experimentais do programa Moving to Opportunity for Fair Housing Demonstration foram usados para analisar (a) se a mudança de uma vizinhança mais pobre para outra menos pobre (aleatoriamente) estava associada com o resultado escolar, repetência e suspensões de alunos de grupos minoritários com alto nível de pobreza; (b) se a mudança minimizava as diferenças de gênero dos resultados; e © os possíveis mediadores dos efeitos observados no programa. Dados sobre as crianças em idade escolar (idade média = 11,79 anos, desvio-padrão = 3,26) foram obtidos por meio de avaliações-padrões e entrevistas com os pais e os adolescentes durantes os três anos de avaliação posterior in loco na cidade de Nova York (N = 588). A mudança para vizinhanças com níveis mais baixos de pobreza teve resultado positivo nos resultados de meninos entre 11 e 18 anos quando comparados aos seus pares em vizinhanças mais pobres. Os resultados dos adolescentes foram comparáveis aos das adolescentes, enquanto que nas vizinhanças mais pobres os adolescentes tiveram 10 pontos a menos do que seus pares femininos. O tempo de dever de casa e a segurança da escola pode ser parcialmente responsável pelos efeitos do programa. Do ponto de vista da política, o programa beneficiou os adolescentes menos privilegiados que estavam em risco de abandonar a escola.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: Nova York (EUA)
SHELDON, Steven; EPSTEIN, Joyce. Involvement Counts: Family and Community Partnerships and Mathematics Achievement. Journal of Educational Research, v. 98, p. 196-207, 2005.
https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.3200/JOER.98.4.196-207
Abstract/résumé/resumo: National and international studies have made student performance in mathematics a high priority in schools. Using longitudinal data from elementary and secondary schools, the authors examined the connections between specific family and community involvement activities and student achievement in mathematics at the school level. After the authors controlled for prior levels of mathematics achievement, analyses indicated that effective implementation of practices that encouraged families to support their children’s mathematics learning at home was associated with higher percentages of students who scored at or above proficiency on standardized mathematics achievement tests. Findings suggest that subject-specific practices of school, family, and community partnerships may help educators improve students’ mathematics skills and achievement.
Keywords: community involvement, mathematics, parente involvement, partnerships, student achievement.
Estudos nacionais e internacionais fizeram do desempenho estudantil em matemática uma prioridade elevada para as escolas. Utilizando dados longitudinais de escolas de ensino fundamental e secundário, os autores analisaram as conexões entre atividades específicas de envolvimento familiar e comunitário e rendimento dos alunos em matemática. Após os autores controlarem os níveis anteriores de rendimento em matemática, as análises indicaram que a implementação efetiva de práticas que encorajavam as famílias a apoiar a aprendizagem de matemática das crianças em casa estavam associadas com percentagens mais altas de estudantes que tiveram nota igual ou acima da proficiência em testes padronizados de matemática. Os resultados sugerem que práticas específicas em torno de uma disciplina que envolvam uma parceria entre escola, família e comunidade podem ajudar o educador a melhorar as habilidades e o resultados dos alunos em matemática.
Palavras-chave: envolvimento comunitário, matemática, envolvimento parental, parcerias, desempenho estudantil.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: Estados Unidos
WALSH, Mary; MADAUS, George; RACZEK, Anastasia; DEARING, Eric; FOLEY, Claire; AN, Chen; LEE-ST. JOHN, Terrence; BEATON, Albert. A New Model for Student Support in High-Poverty Urban Elementary Schools: Effects on Elementary and Middle School Academic Outcomes. American Educational Research Journal, v. 51, p. 704-737, 2014.
http://journals.sagepub.com/doi/abs/10.3102/0002831214541669
Abstract/résumé/resumo: Efforts to support children in schools require addressing not only academic issues, but also out-of-school factors that can affect students’ ability to succeed. This study examined academic achievement of students participating in City Connects, a student support intervention operating in high-poverty elementary schools. The sample included 7,948 kindergarten to fifth-grade students in a large urban district during 1999–2009. School- and student-level treatment effects on report card grades and standardized test scores in elementary through middle school were estimated. Propensity score methods accounted for pre-intervention group differences. City Connects students demonstrated higher report card scores than comparisons and scored higher on middle school English language arts and mathematics tests. This study provides evidence for the value of addressing out-of-school factors that impact student learning.
Keywords: student support, academic outcomes, elementary schools, poverty.
Os esforços para apoiar as crianças nas escolas requerem lidar não apenas com questões acadêmicas, mas também com fatores extraescolares que podem afetar as habilidades dos alunos de ter sucesso. Esse estudo analisa o rendimento acadêmico de estudantes participantes do City Connects, uma intervenção de apoio ao aluno que funciona em escolas fundamentais com alto nível de pobreza. A amostra incluiu 7.948 alunos do jardim de infância até o 5º ano em um grande distrito escolar entre 1999 e 2009. Foram estimados os efeitos desse programa nas notas do boletim dos alunos e nos resultados em testes padronizados dos 5 aos 14 anos. Métodos de propensity score contabilizaram as diferenças pré-intervenção entre os grupos. Os alunos participantes do City Connects demonstraram maiores notas nos boletins escolares do que os pares e tiveram notas maiores durante os testes de matemática e linguagem no middle school. Esse estudo evidencia a importância de se lidar com fatores extraescolares que impactam a aprendizagem estudantil.
Palavras-chave: apoio estudantil, resultados acadêmicos, escolas de ensino fundamental, pobreza.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: Boston (EUA)
ZHANG, H.; COWEN, D. J. “Mapping Academic Achievement and Public School Choice Under the No Child Left Behind Legislation.” Southeastern Geographer, v. 49, n. 1, p. 24-40, 2009.
https://muse.jhu.edu/article/259849
Abstract/résumé/resumo: The geography of educational outcomes and school choice remains an under-researched area. This article investigates factors associated with the spatial aspects of academic achievement gap and explores the geographical inequalities of public school choice in South Carolina in the context of the No Child Left Behind (NCLB) Act. It is found that public schools with large minority enrollments and concentrated poverty are more likely to be labeled as “in need of improvement” regardless of urban, suburban, or rural locality. Independent samples t-test and multiple regression results show that academic achievement is sensitive to poverty, teacher turnover rate, and neighborhood socioeconomic status. In addition, we found that rural failing schools are in a disadvantaged position in terms of public school choice required by the NCLB legislation. Findings from the current research inform education policymakers the importance of addressing the spatial aspects of educational phenomena.
A geografia dos resultados educacionais e a escolha da escola continuam sendo áreas pouco pesquisadas. Esse artigo investiga os fatores associados com aspectos espaciais no gap de desempenho acadêmico e explora as desigualdades geográficas da escolha da escola pública na Carolina do Sul dentro do contexto do ato No Child Left Behind (NCLB). Descobriu-se que as escolas públicas com alto índice de matrícula de alunos de minorias e concentração de pobreza tinham mais chances de ser rotuladas como “devem melhorar”, independentemente da localização (urbana, suburbana ou rural). Amostras independentes t-test e resultados de regressões múltiplas mostram que o rendimento acadêmico é sensível à pobreza, à taxa de rotatividade dos professores e ao status socioeconômico da vizinhança. Além disso, descobrimos que escolas rurais deficientes estão em uma posição de desvantagem em termos de escolha de escola pública demandada pela legislação NCLB. Os resultados da presente pesquisa informam os criadores de políticas públicas sobre a importância de abordar aspectos espaciais no fenômeno educacional.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: Carolina do Sul (EUA)
Francês
BAUMANN BURGOS, Marcelo. Devenir élève au Brésil en contexte ségrégué. Un défi impossible?, Espaces et sociétés, v. 166, n. 3, p. 113-125, 2016.
https://www.cairn.info/revue-espaces-et-societes-2016-3-p-113.htm
Abstract/résumé/resumo: La massification de l’accès à l’école au Brésil se développe à partir des années 1970, avec l’arrivée croissante des enfants et des adolescents issus de familles populaires. Ce processus est directement lié à la transition démocratique du pays, alors que la Constitution de 1988 donne une place nouvelle aux droits de l’enfant et de l’adolescent dans le système juridique brésilien, et affirme le droit à l’apprentissage scolaire. Cet article décrit le contexte général de développement de ce processus de massification et, plus spécifiquement, interroge les modalités de construction de l’identité d’élève chez les enfants et adolescents de classes populaires, en lien avec les “effets de lieu”. Cet article s’appuie sur une étude de cas qui analyse l’accès au droit à l’éducation scolaire des enfants et des adolescents qui vivent dans une grande favela de Rio de Janeiro.
A massificação do acesso à escola no Brasil se desenvolve a partir dos anos 1970, com a chegada crescente de crianças e adolescentes provenientes de classes populares. Esse processo está diretamente ligado à transição democrática do país, uma vez que a Constituição de 1988 dá um novo espaço para os direitos das crianças e adolescentes dentro do sistema jurídico brasileiro e afirma o direito à aprendizagem escolar. Esse artigo descreve o contexto geral de desenvolvimento desse processo de massificação e, mais especificamente, questiona as formas de construção da identidade de aluno entre as crianças e adolescentes de classes populares, relacionando com o “efeito-lugar”. Este artigo se apoia em um estudo de caso que analisa o acesso ao direito à educação escolar de crianças e adolescentes moradoras de uma grande favela do Rio de Janeiro.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: Rio de Janeiro, Brasil
BILODEAU, A. ; LEFEBVRE, C., DESHAIES ; S., GAGNON ; F., BASTIEN, R.; BELANGER, J. ; COUTURIER, Y.; POTVIN, M.; CARIGNAN, N. Les interventions issues de la collaboration école-communauté dans quatre territoires montréalais pluriethniques et défavorisés. Service social, v. 57, n. 2, p. 37-54, 2011.
https://www.erudit.org/fr/revues/ss/2011-v57-n2-ss5004227/1006292ar.pdf
Abstract/résumé/resumo: Cet article décrit les interventions issues de la collaboration école-communauté, en contexte montréalais pluriethnique et socio-économiquement défavorisé, en vertu de leurs domaines d’activités, des objectifs qu’elles poursuivent, des populations visées et des stratégies déployées. Les interventions sont comparées pour les deux ordres d’enseignement. La composition des réseaux d’acteurs de même que les structures et la dynamique collaboratives à la base des interventions sont aussi décrites. L’article discute de la correspondance entre ces interventions et les orientations des politiques publiques en éducation et en santé en vertu desquelles elles sont déployées. Enfin, il interpelle les acteurs quant aux potentialités et limites de ce type d’interventions comme stratégie de soutien à la réussite éducative en contexte pluriethnique et défavorisé.
Mots-clés: collaboration école-communauté, activités parascolaires, réussite éducative en milieu pluriethnique et défavorisé.
Esse artigo descreve as intervenções provenientes da colaboração escola-comunidade, em um contexto pluriétnico e desfavorecido em Montreal, a partir das suas áreas de atividades, dos objetivos pretendidos, das populações visadas e estratégias utilizadas. As intervenções são comparadas nos dois níveis de ensino. Além disso, são descritas a composição das redes de atores, assim como as estruturas e dinâmicas colaborativas na base das intervenções. O artigo discute a correspondência entre essas intervenções e as orientações de políticas públicas em educação e saúde sob as quais são implantadas. Por fim, interpela os atores quanto às potencialidades e limites desses tipos de intervenção como estratégia de apoio ao sucesso educacional em contexto pluriétnico e desfavorecido.
Palavras-chave: colaboração escola-comunidade, atividades paraescolares, sucesso acadêmico em contexto pluriétnico e desfavorecido.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: Montreal (Canadá)
BLAYA, Catherine et al. « Accrochage scolaire et alliances éducatives : vers une intégration des approches scolaires et communautaires. » Éducation et Francophonie, v. 39, n. 2, p. 227-249, automne, 2011.
https://www.erudit.org/fr/revues/ef/2011-v39-n2-ef05/1007736ar.pdf
Abstract/résumé/resumo: À partir d’une revue des facteurs de risque du décrochage scolaire et en vue d’illustrer le caractère multidimensionnel de la problématique, le présent texte montre l’importance des facteurs scolaires et en particulier la prégnance des effets de l’étiquetage et du climat scolaire sur le phénomène du décrochage. Si l’école peut générer de l’exclusion, elle peut aussi, dans certains cas, cultiver des facteurs de protection, par exemple par des relations de soutien, d’empathie et d’accompagnement individualisé, qui peuvent faciliter l’accrochage scolaire de jeunes à risque. Dans ce contexte, nous illustrons l’approche scolaire du traitement du décrochage en décrivant des structures qui permettent aux élèves en difficulté de sortir, pour des périodes plus ou moins courtes, d’un environnement scolaire avec lequel ils entretiennent des interactions problématiques pour les amener à se reconstruire dans des lieux qui offrent des possibilités de réinvestissement affectif et cognitif. À côté de cette approche scolaire, se développe depuis une quinzaine d’années une autre approche qualifiée de communautaire, car elle mobilise un ensemble très large d’acteurs de toutes les sphères de la société qui peuvent contribuer à l’accrochage scolaire et à l’insertion socioprofessionnelle des jeunes. Cette approche est illustrée à travers l’exemple de la recherche collaborative menée en Communauté française de Belgique et qui vise la mise en place d’un dispositif de concertation intersectorielle de lutte contre le décrochage scolaire. Enfin, dans la dernière partie de ce texte nous avançons quelques propositions pour une approche qualité dans la mise en place, l’analyse et la régulation de nouvelles alliances éducatives incorporant les approches scolaire et communautaire.
A partir de uma revisão dos fatores de risco do abandono escolar e a fim de ilustrar o caráter multidimensional dessa problemática, o presente texto mostra a importância de fatores escolares e, em particular, a força dos efeitos de rotulação e do clima escolar no fenômeno do abandono escolar. Se a escola pode gerar exclusão, ela pode também, em certos casos, cultivar fatores de proteção, por exemplo, pelas relações de apoio, empatia e acompanhamento individualizado que podem facilitar a permanência na escola dos jovens em situações de risco. Nesse contexto, ilustramos a abordagem escolar no tratamento do abandono escolar descrevendo as estruturas que permitem aos alunos em dificuldades sair, por períodos mais ou menos curtos, de um ambiente escolar no qual eles têm interações problemáticas e levá-los a se reconstruir em locais que ofereçam possibilidades para reinvestimentos afetivos e cognitivos. Ao lado dessa abordagem escolar, desenvolve-se desde uma quinzena de anos uma outra abordagem qualificada como comunitária, por mobilizar um conjunto bem amplo de atores de todas as esferas da sociedade que podem contribuir para a permanência escolar e a inserção socioprofissional dos jovens. Essa abordagem é ilustrada com o exemplo de uma pesquisa colaborativa conduzida pela comunidade francesa da Bélgica visando à implementação de um dispositivo de conciliação intersetorial de luta contra o abandono escolar. Por fim, na última parte do texto, fazemos algumas propostas para uma abordagem de qualidade na implementação, análise e regulação das novas alianças educativas, incorporando as abordagens escolares e comunitárias.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: Bélgica
TRANCART, D. « Quel impact des ségrégations socio-spatiales sur la réussite scolaire au collège ? », Formation emploi, n. 120, p. 35-55, 2012.
https://www.cairn.info/revue-formation-emploi-2012-4-page-35.htm?contenu=resume
Abstract/résumé/resumo: Les études sur la répartition spatiale des populations font apparaître une accentuation des ségrégations sociales et scolaires qui se manifeste en particulier par une concentration croissante de la pauvreté dans certains territoires excentrés ou enclavés. Les travaux quantitatifs permettant la mesure de la ségrégation socio-spatiale sont assez rares car le problème soulevé nécessite de construire un ensemble d’indices et de méthodes pertinents. L’objet de cet article est donc de présenter quelques méthodes et indices utilisés dans la mesure de la ségrégation socio-spatiale et de montrer le lien entre ségrégation sociale, concurrence entre établissements et faibles performances scolaires au collège.
Os estudos sobre a distribuição espacial das populações fizeram aparecer uma acentuação das segregações sociais e escolares que se manifestam, em particular, por uma concentração crescente de pobreza em certos territórios periféricos ou guetos. Os trabalhos quantitativos que possibilitam medir a segregação socioespacial são raros pois o problema abordado necessita da construção de um conjunto pertinente de indícios e métodos. Sendo assim, o objeto deste artigo é apresentar alguns métodos e indícios utilizados para medir a segregação socioespacial e mostrar a ligação entre segregação social, concorrência entre estabelecimentos e desempenhos escolares fracos no collége (estudantes entre 11 e 15 anos de idade).
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: França
KANOUTE, Fasal; ANDRE, Joslyne; CHARETTE, Josée; LAFORTUNE, Gina; LAVOIE, Annick; GOSSELIN-GAGNE, Justine. Les relations école-organisme communautaire en contexte de pluriethnicité et de défavorisation /School-Community Organization Relations in Pluri-Ethnic and Under-Resourced Contexts. Revue McGill Journal of Education (Érudit), v. 46, n. 3, fall, 2011.
http://mje.mcgill.ca/article/view/8776
Abstract/résumé/resumo: Dans cet article, les auteures partagent une réflexion sur le nécessaire dialogue entre l’école et les ressources que sont les organismes communautaires, pour relever les défis de la réussite scolaire, notamment en contexte urbain, conjuguant pluriethnicité marquée et défavorisation. L’article fait référence à plusieurs recherches d’ici et d’ailleurs portant sur des enjeux scolaires, des recherches dans lesquelles le milieu communautaire est contextualisé ou évoqué par des parents, des élèves ou des enseignants. Des exemples d’activités et/ou de projets communautaires ciblant les enfants-élèves sont présentés.
Neste artigo, os autores fazem uma reflexão sobre a necessidade de um diálogo entre a escola e os recursos das organizações comunitárias, para superar os desafios do sucesso escolar, em especial em contextos urbanos marcados pela plurietnicidade e precariedade. O artigo faz referência a várias pesquisas nacionais e internacionais sobre os problemas escolares, pesquisas nas quais o meio comunitário é contextualizado ou invocado pelos pais, alunos ou professores. Exemplos de atividades e/ou projetos comunitários direcionados às crianças/alunos são apresentados.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: Montreal (Canadá)
Português
ALMEIDA, Luana Costa. As desigualdades e o trabalho das escolas: problematizando a relação entre desempenho e localização socioespacial. Rev. Bras. Educ. [online], 2017.
http://www.scielo.br/pdf/rbedu/v22n69/1413-2478-rbedu-22-69-0361.pdf
Circunscrito às preocupações acerca do trabalho das escolas, o presente artigo se propõe a olhar o fenômeno escolar a partir da relação entre o desempenho escolar dos estudantes e o entorno social das escolas. A fim de compreender como diferentes desempenhos escolares se relacionam com a localização socioespacial das escolas, tomou-se por objeto de pesquisa quatro escolas municipais de Campinas/SP: duas escolas de mesmo desempenho em zonas de vulnerabilidade social diferentes e duas escolas de desempenhos diferentes em mesma zona de vulnerabilidade social. O objetivo principal é entender a relação delas com seu entorno social na visão dos sujeitos envolvidos. A organização e análise dos dados revelaram que, sob a proxy nível socioeconômico, há vários aspectos externos que não apenas influenciam a criança antes do processo de escolarização, compondo sua proficiência inicial, como continuam a influenciá-la durante todo o período em que frequenta a escola.
Palavras-chave: entorno social, avaliação escolar, qualidade educacional.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: Campinas (SP)
ERNICA, Maurício; BATISTA, Antônio Augusto Gomes. A escola, a metrópole e a vizinhança vulnerável. Cad. Pesqui. [online], v. 42, n. 146, p. 640-666, 2012.
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-15742012000200016&script=sci_abstract&tlng=pt
Abstract/résumé/resumo: Este artigo apresenta resultados de pesquisa cujo objetivo geral foi explorar a hipótese do efeito-território sobre as oportunidades educacionais. Seus objetivos específicos consistiram em apreender se e como desigualdades nos níveis de vulnerabilidade social da vizinhança da escola impactam a oferta educacional que ali se realiza, e, por meio dela, o desempenho dos estudantes. A investigação conjugou procedimentos metodológicos de natureza quantitativa e qualitativa, tendo como campo uma subprefeitura da região leste do município de São Paulo. A análise dos dados mostra que, quanto maiores os níveis de vulnerabilidade social do entorno do estabelecimento de ensino, mais limitada tende a ser a qualidade das oportunidades educacionais por ele oferecidas. Mostra também que o efeito negativo do território vulnerável sobre a escola se exerce por meio de cinco mecanismos articulados: isolamento da escola no território; reduzida oferta de matrícula de Educação Infantil; concentração e segregação de sua população escolar em estabelecimentos de ensino nele localizados; posição de desvantagem de suas escolas no quase mercado escolar oculto; e dificuldades, dada essa posição de desvantagem, de apresentarem as condições necessárias para garantir o funcionamento do modelo institucional que orienta a organização escolar.
Palavras-chave: metrópole, desigualdades educacionais, desigualdades sociais, educação.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: São Miguel Paulista, São Paulo (SP)
KOSLINSKI, Mariane Campelo; ALVES, Fátima; LANGE, Wolfram Johannes. Desigualdades educacionais em contextos urbanos: um estudo da geografia de oportunidades educacionais na cidade do Rio de Janeiro. Educ. Soc., Campinas, v. 34, n. 125, p. 1.175-1.202, dez., 2013.
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101-73302013000400009&script=sci_abstract
Abstract/résumé/resumo: O objetivo do trabalho é trazer uma contribuição teórica dos estudos da sociologia urbana, bem como a contribuição metodológica das análises espaciais (georreferenciamento), para analisar as desigualdades educacionais em grandes centros urbanos. Ao integrar a dimensão das desigualdades educacionais às dinâmicas de segregação residencial desses centros, traz questões até então subdimensionadas nos estudos sobre desigualdades educacionais. Como estratégia analítica, selecionamos a cidade do Rio de Janeiro para exemplificar as potencialidades da abordagem teórico-metodológica adotada. As análises reuniram informações de diferentes bases de dados, tais como Prova Brasil (2011) e Censo Escolar (2011). Por fim, o artigo discute experiências recentes de políticas educacionais que utilizam instrumentos de geoprocessamento e/ou que focalizam escolas em territórios vulneráveis e suas consequências para distribuição de oportunidades educacionais.
Palavras-chave: desigualdades educacionais, geografia de oportunidades educacionais, segregação residencial.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: Rio de Janeiro
RIBEIRO, Luiz Cesar de Queiroz et al. Desafios Urbanos à Democratização do Acesso às Oportunidades Educacionais nas Metrópoles Brasileiras. Educ. Soc., Campinas, v. 37, n. 134, p. 171-193, mar., 2016.
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101-73302016000100171&script=sci_abstract&tlng=pt
Abstract/résumé/resumo: O presente artigo sistematiza o progresso da pesquisa sobre os padrões de organização social do território das metrópoles brasileiras e seus impactos nos mecanismos de reprodução das desigualdades educacionais entre crianças e jovens. Ele tem como base os resultados de um grande número de investigações empíricas realizadas pelo grupo de pesquisa multidisciplinar Educação e Cidade, integrante do Instituto Nacional de Pesquisa e Tecnologia (INCT) – Observatório das Metrópoles – CNPq/FAPERJ. Além de apresentar o estado da arte sobre o conhecimento referente à relação entre os processos de segmentação e segregação residencial e as desigualdades de acesso à estrutura de oportunidades educacionais, o artigo também propõe a reflexão sobre a necessidade da consideração do território urbano como dimensão transversal das políticas de educação e da cidade.
Palavras-chave: regiões metropolitanas, segregação residencial, desigualdades urbanas, desigualdades educacionais.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: Regiões Metropolitanas da cidade do Rio de janeiro e Belo Horizonte
RIBEIRO, Vanda Mendes; VOVIO, Cláudia Lemos. Desigualdade escolar e vulnerabilidade social no território. Educ. Rev., Curitiba, n. spe. 2, p. 71-87, set., 2017.
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-40602017000600071&script=sci_abstract&tlng=pt
Abstract/résumé/resumo: Este texto discute resultados de pesquisas sobre a influência da vulnerabilidade social nos territórios das grandes cidades na produção da desigualdade escolar realizadas em duas metrópoles brasileiras. Tais pesquisas têm recorrido à literatura da CEPAL, da sociologia da educação francesa e norte-americana, na busca de referências para lidar com um fenômeno recentemente transformado em problema de pesquisa. As pesquisas evidenciam que a vulnerabilidade social do território interfere nas oportunidades educacionais. Detectaram mecanismos capazes de produzir vínculos entre vulnerabilidade social do território e produção da desigualdade escolar, tais como relações de interdependência competitiva entre escolas, falta de investimento do Estado na Educação Infantil, representações sociais desfavoráveis às populações residentes nessas áreas das cidades e falta de equipamentos públicos nos territórios vulneráveis. Os estudos mostraram que os contornos das políticas educacionais podem fomentar a desigualdade escolar em territórios vulneráveis: professores, com mais experiência e formação, migram para escolas de territórios menos vulneráveis devido à legislação dos concursos de remoção; alunos com menor capital sociocultural, cujos pais ignoram o tipo de capital social valorizado pela escola, que desconhecem seus direitos e que residem em territórios estigmatizados, como favelas, podem ser preteridos em momentos de matrícula, dificultando seu acesso à escola. Em atos de expulsão de alunos, esses estigmas podem contribuir para a decisão, uma vez que escolas parecem buscar alunos mais adaptados a um ambiente escolar menos conturbado.
Palavras-chave: vulnerabilidade social, desigualdade escolar, território, política educacional.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: Discussão de pesquisas realizadas nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro
Inglês
AGIRDAG, Orhan; VAN HOUTT, Mieke; VAN AVERMAET, Piet. Why Does the Ethnic and Socio-economic Composition of Schools Influence Math Achievement? The Role of Sense of Futility and Futility Culture. European Sociological Review, v. 28, n. 3, p. 366-378, June, 2012.
https://academic.oup.com/esr/article-abstract/28/3/366/545704
Although a number of studies in many countries have investigated the impact of the ethnic and socio-economic composition of schools on academic performance, few studies have analyzed in detail how and why compositional features matter. This article presents an examination of whether pupils’ sense of futility and schools’ futility culture account for the impact of ethnic and socio-economic status (SES) composition of schools on the academic achievement of their pupils. Multilevel analyses of data based on a survey of 2,845 pupils (aged 10–12 years) in 68 Flemish primary schools revealed that higher proportions of immigrant and working-class pupils in a school is associated with lower levels of math achievement in both immigrant and native Belgian pupils. However, by analyzing at a deeper level, by taking control variables into account, our study found that the ethnic composition of the school no longer had a significant effect on pupils’ achievement, while the SES composition still did. Most importantly, our results indicated that the remaining impact of SES composition can be explained by pupils’ sense of futility and schools’ futility culture. The implications of these findings for educational policy are discussed. Sense of futility refers to students’ belief that they have no control over their educational success and their feelings that the school system is working against them (BROOKOVER and SCHNEIDER, 1975; BROOKOVER et al., 1978). We expect that children in schools with an higher share of working class and ethnic minority pupils are more likely to develop a sense of futility because these ‘concentration schools’ are in general little esteemed and their pupils are expected to fail (see section above on ‘Study Setting’). Even teachers in such schools expect their students to be less teachable (Thrupp 1999; Van Maele and Van Houtte, 2010). Hence pupils in schools with a high share of working class and immigrant children are likely to internalize these negative beliefs which may result in a higher sense of futility. Recent empirical evidence points in this direction: Van Houtte and Stevens (2008, 2010) have shown that sense of futility is more prevalent in schools with a lower mean SES composition. Moreover, these authors make a clear distinction between sense of futility (at pupil level) and pupils’ common feelings of futility within schools, for which they introduced the concept of ‘school futility culture’. Both sense of futility and futility culture have been shown to have a negative impact on pupils’ study involvement.
BODOVSKI, Katerina; NAHUM-SHANI, Inbal, WALSH, Rachael. School Climate and Students’ Early Mathematics Learning: Another Search for Contextual Effects. American Journal of Education, v. 119, n. 2, p. 209-234, Feb., 2013.
Using data from the Early Childhood Longitudinal Study-Kindergarten Cohort (ECLS-K)-a large, nationally representative sample of US elementary school students, we employed multilevel analysis to answer the following research questions: (a) Does students’ mathematics achievement growth in grades K-3 vary among schools? (b) To what extent does school academic and disciplinary climate explain variation in mathematics achievement growth among schools? © To what extent do students’ and schools’ demographic characteristics explain this variation? While previous studies have examined the effects of school climate on student achievement in middle school and high school, the present study is focused on the effect of school academic and disciplinary climate on students’ mathematics learning in the first 4 years of schooling-from fall of kindergarten to spring of third grade. We found that students’ mathematics achievement growth varies significantly among schools and that students’ improvement in mathematics achievement over time was higher in schools characterized by a stronger climate, above and beyond students’ and schools’ demographic characteristics.
FARBMAN, D., WOLF, D. P.; SHERLOCK, D. Advancing arts education through an expanded school day: Lessons from five schools. National Center on Time & Learning, p. 1-66, June, 2013. (ONG)
Abstract/résumé/resumo: At a time when analysts describe arts education provision as typically being spotty, casual and brief, this report profiles five schools that are strengthening access to arts education as part of a strategy to expand the school day. The report finds that educators at the schools considered arts to be central to their mission, organized the school day to support arts instruction, and saw the arts as improving student engagement.
HOXBY, Caroline M.; ROCKOFF, Jonah E. Findings from the City of Big Shoulders: Younger Students Learn More in Charter Schools. Education Next, v. 5, n. 4, p. 52-58, Fall, 2005.
https://www.educationnext.org/files/ednext20054_52.pdf
Supporters believe that the flexibility granted these new public schools allows them to be more innovative and responsive to student needs than traditional public schools are. But do students in charter schools learn more than their counterparts in traditional public schools? In order to answer this question, the authors have analyzed established charter schools in Chicago that are overseen by the Chicago Charter School Foundation. Their results demonstrate that, among students who enter in a typical grade, attending a charter school improves reading and math scores by an amount that is both statistically and substantively significant. They believe that these results can safely be extrapolated to similar schools that serve similar students. In particular, the results are useful for understanding the effects of charter schools run by education-management organizations on student populations that comprise largely low-income and racial/ethnic minorities. Their results should be helpful for many policymakers who are concerned about urban students like those they study. However, they do not claim that the results are helpful for all policymakers.
KOLODNY, Kelly Ann. Inequalities in the Overlooked Associations in Urban Educational Collaborations. Urban Review, v. 33, n. 2, p. 151-78, June, 2001
https://eric.ed.gov/?id=EJ630425
Examined relationships between families and staff from community agencies in a poor urban neighborhood, investigating how they affected urban educational restructuring efforts that encouraged family-school-community collaboration. Findings indicated that these relationships often rested on inherent inequalities stemming from conditions that placed urban residents at an economic disadvantage. These inequalities carried through to the roles that families and staff assumed with each other in their daily associations.
LEWIS, Jeffrey L.; KIM, Eunhee. A Desire to Learn: African American Children’s Positive Attitudes toward Learning within School Cultures of Low Expectations. Teachers College Record, v. 110, n. 6, p. 1.304-1.329, 2008.
https://eric.ed.gov/?id=EJ825712
Background: Scholars are bringing much-needed attention to the persistent problem of academic underachievement among African American children in the United States, who continue to lag behind White school children in all socioeconomic groups. This is especially true of impoverished African Americans. Although some link these outcomes to poor student attitudes, recent scholarship casts doubt on the prevalence and significance of the role of adversarial attitudes on school outcomes. In addition, most of the extant research of student attitudes among African American students reflects research with middle school and high school students. We know little about the attitudes of elementary-age African American children living in low-income neighborhoods. Focus of Study: This qualitative study aims to address this gap in our knowledge by examining whether oppositional attitudes toward learning prevail among African American children attending two low-income urban elementary schools in California. We also examine how what African American children say they want in teachers relates to what we document as good teaching. Research Design: This study used a qualitative design that included face-to-face interviews with children, participant observation in the school and after-school labs, and videotape of classroom interactions in after-school sites. We helped establish the after-school sites as pedagogical laboratories designed to examine how less skilled teachers learn to improve their practice and how children learn with an exemplary teacher. Data Analysis: We content-analyzed interview data to examine how children defined and described effective and ineffective teaching. We also used content analysis of participant observations to assess school climate and institutional culture. We developed a code manual to content-analyze videotaped lab data to identify characteristics of the after-school lab that supported positive and productive classroom behaviors in the students. Conclusions: We conclude that low-come urban children do want to learn, regardless of their actual demonstrated ability levels, and they appear to be resilient in this respect. We found that elementary school-age low-income African American children are aware of strengths and deficiencies in their teachers and can name each explicitly. Even within controlling or negative school environments that reflect a pervasive culture of low expectations, they overwhelmingly expressed a desire for teachers who treated them well, helped them learn, and who were fair and caring toward them. Moreover, given the opportunity to work with a teacher who worked with them in ways consistent with what they looked for in good teachers, the children in our study responded with productive classroom behaviors.
MANTZICOPOULOS, Panayota; KNUTSON, Dana J. Head Start Children: School Mobility and Achievement in the Early Grades. The Journal of Educational Research, v. 93, n. 5, p. 305-311, May-June, 2000.
https://www.jstor.org/stable/27542280?seq=1#page_scan_tab_contents
The relationship of 2 school mobility indices (school changes and parental perceptions of mobility effects) to 2nd-grade academic achievement was examined. The sample comprised 90 children who had attended Head Start and had made the transition to public school. Data also were obtained from the children’s mothers. School mobility was defined as the number of school transfers over 3 years (kindergarten to Grade 2). Hierarchical regression analyses indicated that frequent school changes in the primary grades were related to lower achievement levels even after controlling for the child’s sex and the effects of achievement prior to the school moves.
OWENS, Ann; REARDON, Sean F.; JENCKS, Christopher. Income Segregation between Schools and School Districts. American Educational Research Journal, v. 53, n. 4, p. 1.159-1.197, 2016.
https://journals.sagepub.com/doi/10.3102/0002831216652722
Although trends in the racial segregation of schools are well documented, less is known about trends in income segregation. We use multiple data sources to document trends in income segregation between schools and school districts. Between-district income segregation of families with children enrolled in public school increased by over 15% from 1990 to 2010. Within large districts, between-school segregation of students who are eligible and ineligible for free lunch increased by over 40% from 1991 to 2012. Consistent with research on neighborhood segregation, we find that rising income inequality contributed to the rise in income segregation between schools and districts during this period. The rise in income segregation between both schools and districts may have implications for inequality in students’ access to resources that bear on academic achievement.
Keywords: economic segregation, income segregation, school district segregation, school segregation, social stratification.
RHODES, Anna; WARKENTIEN, Siri. Unwrapping the Suburban “Package Deal”: Race, Class, and School Access. American Educational Research Journal, v. 54 n.1 suppl. P. 168S-189S, Apr., 2017.
https://journals.sagepub.com/doi/10.3102/0002831216634456
Large disparities in educational quality exist between cities and surrounding suburban school districts and are increasing between suburban districts–a trend that emerged over the past several decades and shows signs of growing. Using in-depth interviews, this study examines how children are sorted into different school districts across a metropolitan area. We find that the ideal educational arrangement for nearly all parents is to live in a neighborhood that guarantees access to neighborhood schools that meets their expectations, something we call the “package deal.” Parents look to the suburbs to achieve this ideal, but not all suburbs provide it. Metropolitan patterns of racial residential segregation, interact with families’ resources and constraints to reproduce racial inequalities in educational opportunities across suburban districts. Integrated approaches to housing and education policy are needed to address parents’ preference to couple residential and school choices and reduce growing suburban inequality.
VOIGHT, Adam; SHINN, Marybeth; NATION, Maury. The Longitudinal Effects of Residential Mobility on the Academic Achievement of Urban Elementary and Middle School Students. Educational Researcher, v. 41, n. 9, p. 385-392, Dec., 2012.
https://journals.sagepub.com/doi/abs/10.3102/0013189X12442239
Residential stability matters to a young person’s educational development, and the present housing crisis has disrupted the residential stability of many families. This study uses latent growth-curve modeling to examine how changing residences affects math and reading achievement from third through eighth grade among a sample of urban elementary and middle-school students. Results show that residential moves in the early elementary years have a negative effect on math and reading achievement in third grade and a negative effect on the trajectory of reading scores thereafter. Further, there is a negative contemporaneous effect of mobility on math scores in third through eighth grade but no such contemporaneous effect on reading scores. Implications for research and practice are discussed.
Keywords: achievement, at-risk students, longitudinal studies, poverty, social context, urban education.
Francês
COLLAS, Thomas. « Le public du soutien scolaire privé. Cours particuliers et façonnement familial de la scolarité[*] », Revue française de sociologie, v. 54, n. 3, p. 465-506, 2013.
https://www.cairn.info/revue-francaise-de-sociologie-2013-3-page-465.htm
À l’appui d’une exploitation de la partie « Éducation et famille » de l’« Enquête permanente sur les conditions de vie des ménages » (EPCV, Insee, octobre 2003), la demande de cours particuliers en France est étudiée en considérant ces cours en comparaison avec deux autres formes de shadow education – soutien gratuit et aide des proches – et dans leurs relations avec les autres actes et attitudes participant au façonnement familial des scolarités. L’article avance tout d’abord que les cours particuliers s’inscrivent, d’une part et à la différence du soutien gratuit, dans un halo de pratiques participant à la construction familiale d’un avantage sur la scène scolaire, construction associée à une forte dotation en capitaux scolaire et économique, et qu’ils participent, d’autre part et à l’instar du soutien gratuit, d’un mouvement d’externalisation de l’aide étroitement lié à la configuration du ménage. Le besoin de remédier à des difficultés scolaires perçues et les possibilités matérielles de recours apparaissent ensuite centraux dans la saisie des traits saillants de la population recourant aux cours particuliers.
COMHAIRE, Gaël ; MRSIC-GARAC, Sonia . « La “participation” des parents dans des contextes de systèmes éducatifs en crise. Études de cas au Bénin et en République Démocratique du Congo », Mondes en développement, v. 139, n. 3, p. 43-56, 2007.
https://www.cairn.info/revue-mondes-en-developpement-2007-3-page-43.htm
Dans la plupart des pays d’Afrique sub-saharienne, des associations de parents sont de plus en plus sollicitées pour participer à une meilleure gouvernance de l’éducation. L’article compare ces associations dans deux contextes nationaux aussi différents que celui du Bénin, où ces institutions bénéficient d’un appui conséquent de la part des bailleurs de fonds, et celui de la RDC, où elles sont livrées à elles-mêmes.
DELCROIX. Catherine. Les parents des cités : la prévention familiale des risques encourus par les enfants. Les Annales de la recherche urbaine, v. 83, n. 1, p. 97-107, 1999.
https://www.persee.fr/doc/aru_0180-930x_1999_num_83_1_2254
Résumé: Face à la montée des incivilités des jeunes vis-à-vis des personnes plus âgées ou des représentants des institutions publiques et d’autres gestes plus violents ou plus spectaculaires, la mise en accusation de l’action éducative des parents de milieux populaires et en particulier des pères est systématique. Elle donne les moyens à beaucoup de responsables politiques, de professionnels de l’éducation, à des travailleurs sociaux et même à un certain nombre de sociologues d’expliquer une situation qui dérange et insécurise. « Aux adolescents violents, c’est-à-dire désespérés, font face des parents silencieux, parce que brisés et désemparés. L’autorité familiale est donc en berne et les enfants de ce fait bernés. Les familles des quartiers (économiquement) sinistrés n’ont plus la force de donner, de transmettre. Alors, quand la maison n’est plus qu’un mur de silence, l’appel de la rue se fait pressant – avec tous les *dangers et toutes les tentations que l’on sait » D’autres auteurs vont encore plus loin dans leurs analyses des comportements des jeunes, ils abordent le rôle parental en remettant en cause jusqu’au mode de transmission des valeurs.
J. LARIVEE, Serge, et al. “La collaboration école-famille en contexte d’inclusion : entre obstacles, risques et facteurs de réussite.” Revue des sciences de l’éducation, v. 32, n. 3, p. 525-543, 2006.
https://www.erudit.org/fr/revues/rse/2006-v32-n3-rse1733/016275ar.pdf
Cet article porte sur la collaboration ecole-famille en contexte d’inclusion scolaire. Depuis plusieurs annees, des travaux montrent que parents et enseignants auraient interet a participer de maniere concertee a la reussite des eleves. Ce constat tend a devenir une exigence majeure en ce qui concerne le soutien aux eleves presentant des difficultes, car les roles joues par les uns et les autres determinent l’orientation des pratiques sur le terrain, particulierement en milieu scolaire. En partant des resultats des travaux recenses, le present article met en lumiere des facteurs de reussite, des facilitateurs et des obstacles identifies qui influencent le type de collaboration ainsi que la qualite des services offerts.
LAROSE, François et al. “L’arrimage de l’intervention éducative et socioéducative en contexte de réussite éducative. Empowerment en perspective écosystémique et impact sur l’intervention.” Nouveaux cahiers de la recherche en éducation, v. 16, n. 1, p. 24-49, 2013.
https://www.erudit.org/fr/revues/ncre/2013-v16-n1-ncre01466/1025762ar/
Il y a une décennie, Lenoir, Larose, Deaudelin, Kalubi et Roy (2002) définissaient l’intervention éducative (IÉ) dans l’univers particulier de l’éducation et du travail enseignant. Dans un article subséquent (Terrisse, Larose et Couturier, 2003), nous réagissions au caractère restrictif du domaine d’application du concept d’IÉ par la proposition d’un construit complémentaire, celui d’intervention socioéducative (ISÉ). Dans cet article, nous resituons le construit d’ISÉ en fonction de la nécessaire complémentarité des intervenants dont l’action éducative se situe auprès de l’enfant dans l’école, dans la famille mais aussi dans la communauté ainsi qu’à la charnière de ces systèmes, tout particulièrement dans un contexte de «réussite éducative». L’articulation des deux construits, l’intervention éducative et socioéducative (IÉSÉ) se caractérise alors par le fondement écosystémique de son déploiement, la nature interdisciplinaire de sa mise en oeuvre et sa visée d’empowerment.
Mots-clés: intervention éducative et socioéducative, interdisciplinarité professionnelle, empowerment, relation école, famille, communauté, réussite éducative.
LE MENER, Erwan; OPPENCHAIM. Nicolas. Pouvoir aller à l’école. La vulnérabilité résidentielle d’enfants vivant en hôtel social. Les Annales de la recherche urbaine, Volume 110, Numéro 1, p. 74-87, 2015.
https://www.persee.fr/doc/aru_0180-930x_2015_num_110_1_3169
Vivre en hôtel social expose à une forte instabilité résidentielle et à des déménagements dans des communes parfois réfractaires à l’accueil de familles sans logement. La plupart des enfants vivant en hôtel vont pourtant à l’école. Cet article s’intéresse, à partir d’enquêtes menées en Île-de-France, aux conséquences de l’instabilité résidentielle sur la scolarisation de ces enfants. Leur accès à l’école est compliqué par de fréquents déménagements et la longueur des trajets entre l’hôtel et l’école. La scolarisation constitue néanmoins une ressource essentielle pour faire face aux difficultés du quotidien liées à la vulnérabilité résidentielle des familles en hôtel. L’école constitue ainsi un point fixe dans l’existence mouvementée des familles sans logement.
RAHM, Jrène. « L’accès des jeunes provenant de milieux défavorisés aux activités scientifiques extrascolaires: une question d’équité. » Revue des sciences de l’éducation, v. 32, n. 3, p. 733-758, 2006.
https://www.erudit.org/fr/revues/rse/2006-v32-n3-rse1733/016284ar/
Cet article étudie la question de l’iniquité d’accès aux activités parascolaires et aux programmes communautaires en sciences chez les jeunes provenant de milieux défavorisés. Nous avons examiné comment les jeunes profitent de leurs temps libres et nous sommes intéressés à la vulgarisation des sciences, comme le proposent les musées, certaines activités parascolaires et programmes communautaires, et à son accessibilité dans le but de permettre le développement de la culture scientifique pour tous. Notre synthèse critique souligne la problématique d’exclusion en sciences, mais relève aussi l’intérêt de documenter diverses possibilités d’entrée dans la culture scientifique. À travers les descriptions de trois programmes communautaires, nous illustrons ces possibilités en soulignant l’importance de telles opportunités dans la vie des jeunes des milieux défavorisés.
VATZ-LAAROUSSI, Michèle. « Les nouveaux partenariats famille-école au Québec : l’extériorité comme stratégie de survie des familles défavorisées ?. » Lien social et Politiques, n. 35, p. 87-97, printemps, 1996.
https://www.erudit.org/en/journals/lsp/1996-n35-lsp346/005245ar/
Dans la société québécoise de la fin du vingtième siècle, le partenariat entre les familles et l’école est posé à la fois comme une question de société et comme un préalable a toute évolution de l’institution scolaire. Par l’analyse de données de plusieurs recherches menées d’abord en France puis au Québec auprès de familles dites de milieu défavorisé, nous proposons ici de distinguer deux types de stratégies mises en œuvre par les écoles québécoises dans leur fonction éducative, pour ensuite comprendre les pratiques des familles de milieu défavorisé grâce à l’élaboration d’un inventaire des stratégies familiales de survie. L’arrimage entre stratégies d’école et stratégies familiales de survie sera notre analyseur de la position des familles par rapport à l’école. Cette position, selon nous, repose sur une logique d’extériorité qui est le seul gage de la survie matérielle et symbolique tant de l’entité familiale que de chacun des membres de cette entité.
ZAGO, Nadir. Une école au cœur de la favela à Florianópolis. Les Annales de la recherche urbaine. v. 75, Numéro 1, p. 106-112, 1997.
https://www.persee.fr/doc/aru_0180-930x_1997_num_75_1_2098
L’image sociale négative qui pèse sur la «favela» de Florianópolis, une ville au sud du Brésil, freine l’action intégratrice de l’école locale. Désertée par les habitants les moins pauvres, cette école est tout à la fois un objet d’espérance de mobilité sociale et le bouc émissaire de la marginalité locale. Les opinions négatives sur l’école dépendent moins d’un ressentiment général contre l’inaccessible culture et l’improbable emploi que de l’insertion sociale variable des familles alentour.
Português
ERNICA, Mauricio. Desigualdades educacionais no espaço urbano: o caso de Teresina. Rev. Bras. Educ. [online], v. 18, n. 54, p. 523-788, 2013.
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-24782013000300002&script=sci_abstract&tlng=pt
Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa realizada em Teresina/ PI, cujo objetivo foi apreender os mecanismos produtores de desigualdades educacionais no município. Foram identificados quatro mecanismos: a) a separação entre as redes privada e pública; b) as diferenças na oferta educacional das redes públicas estadual e municipal; c) as diferenças nos dois segmentos do ensino fundamental; d) o efeito das desigualdades socioespaciais sobre as oportunidades educacionais. Conclui-se que a diferenciação das redes de ensino, articulada a um sistema de matrículas que induz os pais a disputar entre si vagas em escolas de maior prestígio, cria um quase mercado educacional por meio do qual são produzidas desigualdades escolares. Conclui-se ainda que a concorrência entre as redes engendra mecanismos de interdependência e mútua reprodução.
Palavras-chave: quase mercado educacional, desigualdades educacionais, efeito de território, políticas educacionais, Teresina.
Estudos no campo educacional têm reconhecido cada vez mais a importância do que acontece fora da sala de aula para os resultados do trabalho escolar. Neste eixo, o que se focaliza é o impacto de usos diferenciais do tempo extraescolar sobre a aprendizagem dos alunos. É sabido que essa é uma dimensão que afeta desigualmente estudantes provenientes de meios sociais distintos.
Uma parte dos estudos aqui reunidos visa diagnosticar e mensurar esse impacto. Por exemplo, um conjunto de pesquisas, notadamente norte-americanas, tem identificado que durante os períodos mais longos de não escolarização (feriados, mas, sobretudo, as férias longas de verão), as crianças mais pobres sofrem perdas (ou ausência de ganhos) em seus processos de aprendizagem, o que não ocorre com seus pares socialmente favorecidos, os quais, ao final desses períodos, mantêm ou até aumentam seus níveis de desempenho em áreas como leitura e matemática. Tais comparações são obtidas através de testes aplicados antes e depois das férias. O chamado “revés de verão” (summer setback) tem sido evidenciado por essas pesquisas como um importante fator de desigualdade de desempenho entre alunos ricos e pobres – especialmente no caso das habilidades de leitura, configurando o chamado summer reading setback. Outras pesquisas demonstram que, mesmo quando o tempo extraescolar (extratime) é usado em atividades com fins educativos – como, por exemplo, aulas de reforço ou atividades de enriquecimento cultural (visitas a museus etc.) –, as características desse uso e seus benefícios são desiguais, variando conforme o meio social do educando.
Diante desse cenário, outra parte dos estudos documenta e avalia programas educacionais que visam atuar na redução dessas desigualdades escolares (achievement gap) por meio de atividades educativas implementadas fora da escola, seja no contraturno escolar, seja durante os recessos letivos (as chamadas extratime activities). Tais estudos contemplam três grandes tipos de programas, desenvolvidos em sua maioria nos países da América do Norte, a saber:
Programas ou escolas de verão (summer schools), cuja finalidade é a recuperação das perdas sofridas durante esse período de não escolarização, sobretudo pelos alunos pertencentes às camadas populares – incluindo até mesmo um programa de verão na Educação Infantil (kindergarten summer school);
Summer Reading Intervention, que consiste em experiências de fornecimento, aos alunos, nos últimos dias do ano letivo, de livros a serem lidos durante o verão, em alguns casos com orientações prévias para a atividade de leitura;
Programas ditos de after school, constituídos por atividades extraescolares de apoio e suporte pedagógico aos alunos, monitorias, aulas de reforço, aulas extras aos sábados etc.
Cabe ressaltar que o conjunto desses estudos não chega a resultados conclusivos sobre a eficácia dos programas no combate às iniquidades acadêmicas, na medida em que eles evidenciam graus diferentes de efetividade das intervenções e apontam certa variação segundo o contexto escolar e a disciplina focalizada (sobretudo leitura e matemática).
Por fim, cumpre assinalar que a ausência total de trabalhos em língua portuguesa neste eixo não significa que inexistam programas dessa natureza no Brasil. Sabe-se, por exemplo, da existência de diversos tipos de projetos culturais e/ou pedagógicos no chamado “contraturno escolar”, oferecidos por organizações da sociedade civil. No entanto, faltam avaliações sistemáticas sobre os efeitos dessas iniciativas e, particularmente, sobre os impactos negativos dos períodos de não escolarização. O agravante é que, no caso brasileiro, para além dos recessos escolares regulares, esses períodos são especialmente frequentes e de natureza variada, quer se pense nos prolongados períodos de greve dos profissionais do ensino, na suspensão de aulas em razão de danos provocados pela violência urbana ou nos diferentes tipos de adversidades que assolam os territórios mais vulneráveis.
Studies in the field of education have been acknowledging more and more the importance of what takes place outside the classroom in the results of school work. In this axis, the focus is on the impact of different uses of the time outside the school on students’ learning. It is known that this is a dimension that unequally affects students from diverse social groups.
A part of the studies assembled here aims to diagnose and measure this impact. For instance, a set of researchers, mainly from the U.S., has identified that during the longer periods without classes (holidays but, especially, the long summer vacations), the poorer children have setbacks (or lack of gain) in their learning processes, what does not happen with their more socially privileged peers, who, at the end of those periods, maintain or even increase their achievement levels in reading and Mathematics. Such comparisons are obtained by tests given before and after the vacations. The so-called summer setback has been shown by these researches as an important factor of achievement inequality between rich and poorer students- especially in their reading abilities, establishing a summer reading setback. Other researches show that, even when the extratime is used in activities with educational purposes- such as, for example, tutoring classes or cultural enrichment activities (visits to museums, etc.) – their characteristics and benefits, vary depending on the students’ social environment.
Faced by this scenario, another part of the studies documents and evaluates educational programs that aim to reduce these school inequalities (achievement gap) through educational activities outside the school, that is during school countershift (the so called extratime activities). Such studies analyze three types of program, mainly developed in North American countries:
Summer programs or summer schools: aiming to recover the losses during this no-school period, mainly among poorer students- including even a kindergarten summer school.
Summer reading intervention: experiences which, at the last day of the school year, provide books for students to read during summer, in some cases with previous reading guidance.
After school programs: extracurricular activities and pedagogical support to students, tutoring, extra classes on Saturdays, etc.
It is worth highlighting that this set of studies do not reach conclusive results on the efficiency of programs to combat academic inequality, as they show different levels of intervention efficiency and point out a certain variation according to the school context and subject focused (especially reading and Mathematics).
Finally, it is interesting to point out that the total absence of works in Portuguese in this axis does not mean that such programs do not take place in Brazil. We know, for example, that there are several types of cultural and/or pedagogical programs in the “school countershift”, offered by civil society organization. However, there seems to be a lack of systematic evaluations on the effects of these initiatives and, particularly, on the negative effects of this no-school time. To make matters worse, in the Brazilian case, besides the regular school breaks, these periods are especially frequent and with various nature, when we consider the long periods of teacher/staff strike, the lack of classes due to urban violence, or the different types of adversities that disrupt more vulnerable territories.
Inglês
Afterschool Alliance. The importance of afterschool and summer learning programs in African American and Latino communities. Afterschool Alert Issue Brief, n. 59, Washington DC: Afterschool Alliance, 2013. (ONG)
http://afterschoolalliance.org/issue_briefs/issue_African-American-Latino-Communities_59.pdf
Abstract/résumé/resumo: In classrooms across the country, when students hear the bell ring at 3 p.m., it signals the end of the school day and, for many, the start of an afternoon without supervision, without productive activities and without direction. Afterschool and summer learning programs are filling the invaluable role of providing essential services–such as a safe and supervised environment, academically enriching activities, healthy snacks and meals, and caring and supportive mentors–to children and families most in need of support. The need for these afterschool and summer learning programs is especially vital in African-American and Latino communities, communities that are experiencing higher levels of poverty, homelessness and food insecurity, and are facing disparities in education and access to extracurricular activities. Funding for afterschool and summer learning programs is a sound investment that will help meet the demands of, and bring much needed services to, African-American and Latino communities by: (1) Ensuring children have access to academically enriching activities, helping close the opportunity gap between higher-income and lower-income families; (2) Tackling the achievement gap between white students and African-American and Latino students by increasing attendance, homework completion and engagement in school, and ultimately raising graduation rates and test scores; (3) Combating food insecurity among children by providing nutritious snacks and meals, which are especially important during the summer months when schools are out of session; and (4) Providing working parents with peace of mind knowing that their child is in a safe and supervised space during the out-of-school hours. At a time when afterschool programs serving communities that are in most need of help are struggling to keep pace with demand, greater investments at the federal, state and local levels are essential to make certain all children have access to the range of benefits afterschool and summer learning programs provide and are better equipped to succeed in school and life.
Nas salas de aula ao redor do país, quando os alunos ouvem a campainha tocar às 15h, é o sinal do fim do dia escolar, e, para muitos, o começo de uma tarde sem supervisão, sem atividades produtivas e sem um direcionamento. Os programas de aprendizagem extraescolares e durante as férias de verão estão cumprindo um papel inestimável de fornecer serviços essenciais – tais como um ambiente seguro e supervisionado, atividades de enriquecimento acadêmico, lanches e refeições saudáveis e mentores carinhosos e que os apoiem – para as crianças e famílias que mais precisam de apoio. A necessidade desses programas extraclasse e de férias é especialmente vital nas comunidades negras e latinas, comunidades essas que apresentam altos índices de pobreza, falta de moradia, insegurança alimentar e que enfrentam disparidades educacionais e no acesso a atividades extraescolares. O apoio financeiro para programas extraescolares e de verão constitui um investimento sólido que irá ajudar a cobrir as necessidades e trazer serviços extremamente necessários para as comunidades negras e latinas ao: 1) assegurar que as crianças tenham acesso a atividades de enriquecimento acadêmico, ajudando a diminuir os gaps de oportunidade entre famílias de alta e baixa renda; 2) atacar o gap de rendimento entre alunos brancos e os negros e latinos, assegurando frequência escolar, realização dos deveres de casa e engajamento escolar, o que, em última instância, aumentaria as taxas de conclusão de curso, os níveis de formatura e os resultados escolares; 3) combater a insegurança alimentar entre as crianças, fornecendo lanches e refeições nutritivas, o que é especialmente importante durante os meses de verão, quando as escolas não estão funcionando; e 4) dar aos pais trabalhadores paz de espírito por saberem que seus filhos estão em um espaço seguro e supervisionado durante o período não escolar. Em um momento no qual os programas extraescolares que atendem às comunidades mais necessitadas estão com dificuldades para atender à demanda, mais investimentos em nível federal, estadual e local são essenciais para garantir que todas as crianças tenham acesso a uma gama de benefícios que podem ser garantidos pelos programas extraescolares e de verão, estando assim mais bem preparadas para ter sucesso na escola e na vida.
Afterschool Alliance. America after 3PM: Afterschool programs in demand, 2014.
http://afterschoolalliance.org/documents/AA3PM-2014/AA3PM_National_Report.pdf
Abstract/résumé/resumo: America After 3PM spans a decade of data chronicling how children spend the hours between 3 and 6 p.m. — the hours after school ends and before parents typically return home from work. It highlights the trends of afterschool program participation, documents the benefits associated with participation in afterschool programs, and measures public support for afterschool programs.
America After 3PM (América depois das 15h) abrange uma década de dados que mostram como as crianças gastam o tempo entre 15h e 18h – as horas depois do fim da escola e antes do horário que os pais costumam voltar do trabalho. O relatório enfatiza as tendências na participação dos programas extraclasse, documenta os benefícios associados à participação nos programas extraescolares e mede o apoio do público a esses programas.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: Estados Unidos
ALEXANDER, K. L.; ENTWISLE, D. R.; OLSON, L. S. Schools, achievement, and inequality: A seasonal perspective. Educational Evaluation and Policy Analysis, v. 23, n. 2, p. 171-191, 2001.
http://journals.sagepub.com/doi/10.3102/01623737023002171
Abstract/résumé/resumo: Are there socioeconomic differences in the seasonality of children’s learning over the school year and summer months? The achievement gap across social lines increases during the primary grades, as much research indicates, but descriptive analyses and HLM within-person growth models for a representative panel of Baltimore school children demonstrate that the increase can be traced mainly to the out-of-school environment (i.e., influences situated in home and community). School-year verbal and quantitative achievement gains are comparable for upper socioeconomic status (SES) and lower SES children, but summer gains, when children are out of school, evidence large disparities. During the summer, upper SES children’s skills continue to advance (albeit at a slower rate than during the school year), but lower SES children’s gains, on average, are flat. This seasonal pattern of achievement gains implies that schooling plays an important compensatory role, one that is obscured when achievement is compared on an annual basis, as is typical. Policy implications of the seasonality of learning are discussed, including support for preventive measures over the preschool years and for programs, possibly including calendar reforms and summer school, to support disadvantaged children’s learning year-round.
Há diferenças socioeconômicas na sazonalidade da aprendizagem escolar durante o ano letivo e nos meses de férias de verão? O gap de rendimento pelas linhas sociais aumenta durante os primeiros anos, como indicado por muitas pesquisas, mas análises descritivas e Hierarchical linear modeling (HLM) – Modelo multinível do crescimento individual para um painel representativo das crianças em idade escolar de Baltimore demonstram que um aumento pode ser traçado especialmente em ambientes extraescolares (influências em casa e na comunidade). Os ganhos de rendimento verbal e quantitativos durante o ano letivo são comparáveis entre as crianças de NSE mais altos e as de NSE mais baixo, mas os ganhos durante o verão, quando as crianças estão fora da escola, evidenciam grandes disparidades. Durante o verão, as habilidades das crianças de NSE mais alto continuam aumentar (mesmo que num ritmo mais lento do que durante o ano letivo), mas os ganhos das crianças de NSE mais baixo ficam, em média, estagnados. Esse padrão sazonal dos ganhos de rendimento sugere que a escolarização tem um papel compensatório importante, papel esse que é ocultado quando o rendimento é comparado em uma base anual, como é de costume. As implicações dessa sazonalidade nas políticas públicas são discutidas, como a inclusão de apoio para medidas preventivas durante os anos pré-escolares e para possíveis programas, assim como reformas no calendário e nas escolas de verão, a fim de apoiarem a aprendizagem dos alunos desfavorecidos ao longo de todo ano.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: Baltimore (EUA)
ALLINGTON, Richard L.; MCGILL-FRANZEN, Anne; CAMILLI, Gregory; WILLIAMS, Lunetta; GRAFF, Jennifer; ZEIG, Jacqueline; ZMACH, Courtney; NOWAK, Rhonda. Addressing Summer Reading Setback among Economically Disadvantaged Elementary Students. Reading Psychology, v. 31, n. 5, p. 411-427, 2010.
Much research has established the contribution of summer reading setback to the reading achievement gap that is present between children from more and less economically advantaged families. Likewise, summer reading activity, or the lack of it, has been linked to summer setback. Finally, family socioeconomic status has been linked to the access children have to books in their homes and neighborhoods. Thus, in this longitudinal experimental study we tested the hypothesis that providing elementary school students from low-income families with a supply of self-selected trade books would ameliorate summer reading setback. Thus, 852 students from 17 high-poverty schools were randomly selected to receive a supply of self-selected trade books on the final day of school over a 3-year period, and 478 randomly selected students from these same schools received no books and served as the control group. No further effort was provided in this intervention study. Outcomes on the state reading assessment indicated a statistically significant effect (p = 0.015) for providing access to books for summer reading along with a significant (d = 0.14) effect size. Slightly larger effects (d = 0.21) were found when comparing the achievement of the most economically disadvantaged students in the treatment and control groups.
Muitas pesquisas estabeleceram a contribuição do atraso de verão na leitura no gap de rendimento de leitura existente entre crianças de famílias mais e menos privilegiadas. Da mesma forma, a atividade de leitura durante o verão, ou a falta dela, vem sendo ligada ao atraso de versão. Finalmente, o status socioeconômico da família está ligado ao acesso que as crianças têm a livros dentro das suas casas e vizinhanças. Sendo assim, nesse estudo longitudinal experimental testamos a hipótese de que fornecer aos alunos de ensino fundamental de famílias de classe baixa livros selecionados por eles poderia amenizar o atraso de leitura no verão. Dessa forma, 852 alunos de 17 escolas com alto índice de pobreza foram randomicamente selecionados para receber um estoque de livros comerciais selecionados por eles no último dia de escola por um período de três anos, 478 alunos das mesmas escolas foram randomicamente selecionados para não receber nenhum livro, servindo assim de grupo controle. Nenhuma outra ação foi feita durante esse estudo de intervenção. Os resultados em uma avaliação de leitura do estado indicam um efeito estatisticamente significante (p = 0,015) em oferecer acesso a livros para leitura durante o verão, assim como um efeito de tamanho significante (d = 0,14). Efeitos um pouco maiores (d = 0,21) foram encontrados quando comparados os desempenhos dos alunos menos privilegiados nos grupos de tratamento e controle.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: Flórida (EUA)
ALLINGTON, Richard; MCGILL-FRANZEN, Anne. The Impact of Summer Setback on the Reading Achievement Gap. Phi Delta Kappan, v. 85, p. 68-75, 2003.
Abstract/résumé/resumo: –
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: Estados Unidos
AUGUSTINE, Catherine H; THOMPSON, Lindsey E. Making Summer Last: Integrating Summer Programming into Core District Priorities and Operations. Santa Monica, CA: RAND Corporation, 2017. (ONG)
https://www.rand.org/pubs/research_reports/RR2038.html.
Abstract/résumé/resumo: During the school year leading up to summer 2015, summer leaders in Dallas, Pittsburgh, and Rochester made concerted efforts to integrate their summer learning programs into the core priorities and operations of the larger school district as a strategy to increase sustainability. This report examines these efforts and their impacts. The recommendations should be useful to leaders of district-led summer programs and others who support sustaining them. Data for this report are drawn from interviews, meeting minutes, and summer program and district documents. Starting in November 2015 through January 2016, the authors interviewed 62 district staff members involved in summer programming in these three districts. This report does not intend to represent all aspects of integration within each of these districts. The experiences of these districts will not necessarily correspond to experiences in other districts. The goal is to independently record and analyze their work as accurately as possible and to identify lessons that other summer leaders might find useful for improving the sustainability of their summer programs. The findings should be of interest to others who lead or support summer learning programs. The findings in this report include why the summer leaders pursued integration and the strategies they used to do so.
Durante o ano letivo que culminou no verão de 2015, os líderes dos programas de verão de Dallas, Pittsburgh e Rochester fizeram esforços combinados para integrar os programas de aprendizagem de verão com as prioridades e operações-chave do distrito escolar como uma estratégia para aumentar sua sustentabilidade. Esse relatório examina esses esforços e seus impactos. As recomendações podem ser úteis para outros líderes de programas de verão liderados pelos distritos e outras pessoas/instituições que os apoiam. Os dados desse relatório foram coletados por meio de entrevistas, atas de reuniões e documentos dos distritos e dos programas de verão. Começando em novembro de 2015 e indo até janeiro de 2016, os autores entrevistaram 62 funcionários dos três distritos que estavam envolvidos na programação de verão. As experiências desses distritos não necessariamente correspondem às experiências de outros distritos. O objetivo é coletar e analisar de forma independente e o mais precisamente possível os trabalhos e identificar as aprendizagens feitas pelos líderes de verão que podem ser úteis para melhorar a sustentabilidade dos programas. Os resultados podem interessar outras pessoas que lideram ou apoiam os programas de aprendizagem de verão. Os resultados desse relatório incluem o porquê dessa tentativa de integração e quais as estratégias usadas pelos líderes para garantir essa integração.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: Dallas, Pittsburg e Rochester (EUA)
DENTON, Carolyn A; SOLARI, Emily J.; CIANCIO, Dennis J.; HECHT, Steven A.; SWANK, Paul R. A Pilot Study of a Kindergarten Summer School Reading Program in High-Poverty Urban Schools. The Elementary School Journal, v. 110, n. 4, p. 423-439, June, 2010.
https://www.journals.uchicago.edu/doi/pdfplus/10.1086/651190
This pilot study examined an implementation of a kindergarten summer school reading program in 4 high-poverty urban schools. The program targeted both basic reading skills and oral language development. Students were randomly assigned to a treatment group (n = 25) or a typical practice comparison group (n = 28) within each school; however, randomization was compromised due to school circumstances, resulting in a quasi-experimental design. Instruction was delivered by the schools’ regular teachers during 20 full-day summer school sessions. Each day treatment group students received large-group listening comprehension and vocabulary lessons anchored in storybook reading, along with small-group lessons focused on basic reading skills and listening comprehension. The intervention was associated with improved outcomes for treatment group students in word reading and listening comprehension with mixed results for phonemic awareness and no significant between-group differences in reading fluency or vocabulary. Such an approach is potentially efficacious, suggesting the need for further research.
Esse estudo piloto analisou a implementação de um programa de leitura durante o verão no jardim de infância de quatro escolas urbanas com alto índice de pobreza. O programa focava no desenvolvimento de habilidades básicas de leitura e no desenvolvimento da linguagem oral. Os alunos dentro de cada escola foram randomicamente separados em grupo de tratamento (n = 25) ou um grupo de controle ao qual foram aplicadas as práticas tradicionais (n = 28); contudo, a randomização foi comprometida pelas circunstâncias das escolas, resultando em um desenho quase experimental. A instrução era dada pelos professores regulares da escola durante 20 sessões que duravam o dia inteiro. Cada aluno do grupo de tratamento recebia diariamente um grande número de atividades de compreensão auditiva e lições de vocabulário apoiadas pela leitura de livros de história, acompanhadas por aulas com pequenos grupos focadas em habilidades básicas de leitura e compreensão auditiva. A intervenção foi associada com a melhora dos resultados dos alunos do grupo de tratamento em leitura de palavras e compreensão auditiva, resultados misturados relativos à consciência fônica e nenhum resultado significativo entre os grupos com relação à fluência de leitura ou vocabulário. Tal abordagem tem potencial para ser eficaz, sugerindo a necessidade de mais estudos.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: Estados Unidos
DOBBIE, Will; FRYER JUNIOR, Roland. Are High-Quality Schools Enough to Increase Achievement Among the Poor? Evidence from the Harlem Children’s Zone. American Economic Journal: Applied Economics, v. 3, n. 3, 2011.
http://www2.econ.iastate.edu/classes/econ321/orazem/Fryer_high_quality_schools.pdf
Abstract/résumé/resumo: Harlem Children’s Zone (HCZ), an ambitious social experiment, combines community programs with charter schools. We provide the first empirical test of the causal impact of HCZ charters on educational outcomes. Both lottery and instrumental variable identification strategies suggest that the effects of attending an HCZ middle school are enough to close the black-white achievement gap in mathematics. The effects in elementary school are large enough to close the racial achievement gap in both mathematics and ELA. We conclude with evidence that suggests high-quality schools are enough to significantly increase academic achievement among the poor. Community programs appear neither necessary nor sufficient.
A Harlem Children’s Zone (HCZ) é um experimento social ambicioso que combina programas comunitários com charter schools. Fizemos o primeiro estudo empírico dos impactos causais das HCZ charters nos resultados educacionais. Tanto a loteria como as estratégias de identificação de variáveis instrumentais sugerem que os efeitos em frequentar um HCZ no middle school são suficientes para diminuir o gap de rendimento entre negros e brancos em matemática. Os efeitos no ensino fundamental são suficientemente altos para diminuir os gaps de rendimento por raça em matemática e linguagem. Concluímos com evidências que sugerem que escolas de alta qualidade são suficientes para aumentar significativamente o rendimento acadêmico entre os pobres. Os programas comunitários não parecem ser necessários ou suficientes.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: Harlem, NY (EUA)
JERRIM, John. Extra time: Private tuition and out-of-school study, new international evidence. Sutton Trust, Sept, 2017. (ONG)
https://www.suttontrust.com/wp-content/uploads/2017/09/Extra-time-report_FINAL.pdf
Abstract/résumé/resumo: This report by John Jerrim combines our long-running polling series of 11-16 year olds with new information available for the first time from PISA. This shows how private tuition and out-of-school instruction compare internationally. Talented young people from less well-off backgrounds receive substantially less extra help than those from more advantaged backgrounds. Also stark is the inequality in access to parental help with homework. This shows how much more needs to be done to support parental engagement for those from less well-off backgrounds. Our polling with Ipsos MORI surveyed 2,612 young people aged 11-16 in England and Wales, along with 269 in Scotland, about private tuition. It finds that almost one in three 11-16 year old state school students in England and Wales have had private tuition at some point in their life. In London, the proportion is now almost half of young people.
Este relatório do pesquisador John Jerrim reúne nossa longa série de pesquisas com jovens entre 11 e 16 anos com novas informações disponíveis pela primeira vez pelo PISA. Ele mostra como as aulas particulares e o ensino extraescolar se comparam internacionalmente. Jovens talentosos de meios menos favorecidos recebem substancialmente menos ajuda extra do que os de meios mais favorecidos. Outra forte diferença é a desigualdade de acesso à ajuda parental nos deveres de casa. Isso mostra o quão mais deve ser feito para apoiar o engajamento parental daqueles de meios menos favorecidos. Nossa pesquisa com Ipsos MORI investigou 2.612 jovens entre 11 e 16 anos da Inglaterra e do País de Gales, assim como 269 escoceses, sobre aulas particulares. Os resultados apontam que quase um em cada três alunos de escolas públicas entre 11 e 16 anos na Inglaterra e em Gales tiveram algum tipo de aula particular em algum momento da vida. Em Londres, essa proporção é de quase metade dos jovens.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: Grã-Bretanha
JONES, S.; BRUSH, K.; BAILEY, R.; BRION-MEISELS, G.; MCINTYRE, J.; KAHN, J.; NELSON, B.; STICKLE, L. Navigating SEL from the inside out: Looking inside & across 25 leading SEL programs – A practical resource for schools and OST providers. Cambridge, MA: Harvard Graduate School of Education, 2017. (ONG)
Abstract/résumé/resumo: This in-depth guide to 25 evidence-based programs—aimed at elementary schools and out-of-school-time (OST) providers—offers information about curricular content and programmatic features that practitioners can use to make informed choices about their Social and Emotional Learning (SEL) efforts. The guide allows practitioners to compare curricula and methods across top SEL programs. It also explains how programs can be adapted from schools to out-of-school-time settings, such as afterschool and summer programs.
Este guia aprofundado de 25 programas baseados em evidências – direcionado para escolas de Ensino Fundamental e programas extraescolares – oferece informações sobre o conteúdo curricular e características programáticas que podem ser usadas para tomar decisões informadas sobre os esforços em Social and Emotional Learning (SEL) – Aprendizagem Social e Emocional. Este guia permite a comparação de currículos e métodos dos mais importantes programas de SEL. Ele também explica como os programas podem ser adaptados para contextos escolares e paraescolares, tais como programas de verão ou extraescolares.
NUMBER OF CITATIONS/NOMBRE DE CITATIONS/NÚMERO DE CITAÇÕES: 2
MCCOMBS, J. S.; WHITAKER, A.; YOO, P. Y. The Value of Out-of-School Time Programs. Santa Monica, CA: RAND Corporation. 2017. (ONG)
Abstract/résumé/resumo: –
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa:: Estados Unidos
SLOAN MCCOMBS, Jennifer; PANE, John; H. AUGUSTINE, Catherine; SCHWARTZ, Heather; MARTORELL, Paco; ZAKARAS, Laura. Ready for Fall? Near-Term Effects of Voluntary Summer Learning Programs on Low-Income Students’ Learning Opportunities and Outcomes, 2014. (ONG)
https://www.rand.org/pubs/research_reports/RR815.html
Abstract/résumé/resumo: Prior research has determined that low-income students lose more ground over the summer than their higher-income peers. Prior research has also shown that some summer learning programs can stem this loss, but we do not know whether large, district-run, voluntary programs can improve students’ outcomes. To fill this gap, The Wallace Foundation launched the National Summer Learning Study in 2011. This five-year study offers the first-ever assessment of the effectiveness of large-scale, voluntary, district-run, summer learning programs serving low-income elementary students. The study, conducted by RAND, uses a randomized controlled trial to assess the effects of district-run voluntary summer programs on student achievement and social and emotional skills over the short and long run. All students in the study were in the third grade as of spring 2013 and enrolled in a public school in one of five urban districts: Boston; Dallas; Duval County, Florida; Pittsburgh; or Rochester, New York. This report, the second of five that will result from the study, looks at how summer programs affected student performance on mathematics, reading, and social and emotional assessments in fall 2013.
Pesquisas prévias mostraram que os alunos de baixa renda perdem mais terreno durante o verão do que seus pares de classes mais elevadas. As pesquisas também mostraram que alguns programas de aprendizagem durante o verão podem diminuir essa perda, mas não saber se programas grandes, voluntários, organizados pelos distritos podem melhorar os resultados dos alunos. Para cobrir esse gap, a Fundação Wallace lançou o National Summer Learning Study em 2011. Esse estudo com duração de cinco anos oferece pela primeira vez uma avaliação da eficiência de programas voluntários de verão organizados pelos distritos no desempenho dos alunos e nas suas habilidades emocionais e sociais a curto e longo prazo. Todos os alunos no estudo estavam no 3º ano (8-9 anos) na primavera de 2013 e matriculados em escolas públicas em um desses distritos urbanos: Dallas; Duval County, Flórida; Pittsburgh; ou Rochester, Nova York. Esse relatório, o segundo de cinco que irão compor esse estudo, observa como os programas de verão influenciaram os resultados dos alunos em matemática, leitura e capacidade social e emocional no outono de 2013.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: Boston, Dallas, Duval County, Flórida, Pittsburgh, Rochester, Nova York (EUA)
SOMERS, Marie-Andree; WELBECK, Rashida; GROSSMAN, Jean B.; GOODEN, Susan. An Analysis of the Effects of an Academic Summer Program for Middle School Students. New York: MDRC, Mar., 2015. (NGO).
https://ssrn.com/abstract=2594757
Abstract/résumé/resumo: This report examines the implementation and effects of the academic summer program for middle school students offered by Building Educated Leaders for Life (BELL). BELL’s middle school program serves rising sixth- through eighth-grade students who are performing one to two years below grade level. The goals of the program are to increase students’ literacy and math skills and to enhance their social development. To achieve these goals, BELL provides students with 6.5 hours of daily programming for approximately five weeks, five days per week. In this study, which is funded by the Edna McConnell Clark Foundation’s Social Innovation Fund, the impact of BELL’s middle school program was evaluated using a random assignment research design. Due to various challenges related to student recruitment, the study’s sample size is smaller than planned, and the margin of error around the impact findings is quite large. Even so, the results in this report can still be useful for generating suggestive or preliminary evidence about the potential effects of a full-day, academically oriented summer program model for middle school students. Overall, the findings from this study indicate that BELL mounted a fairly well-run and well-staffed five-week summer program in summer 2012 and that students attended at a high rate even though the program was voluntary. The pattern of impact estimates suggests that, on returning to school in fall 2012, BELL students may have had stronger math skills than they would have had otherwise — equivalent to a little over one month of learning, which is the effect that one would expect from a five-week program during the regular school year. Though the magnitude of this effect is not statistically significant, it is similar in size to what has been found in prior evaluations of voluntary summer programs at the elementary school level. On assessments of reading skills, however, there is no indication that the BELL students outscored their counterparts in the non-BELL group. Taken together, the findings provide suggestive preliminary evidence that voluntary academic summer programs can have positive effects on middle school students’ math achievement but that improving their reading achievement is a more challenging task because it is harder to keep students in this age group engaged. While additional research would be required to confirm these preliminary findings, if true, this suggests that strategies for teaching reading skills to middle school students may need to be different than the approaches used with elementary school students.
Keywords: middle school, math instruction, reading instruction, random assignment.
Este relatório analisa a implementação e os efeitos de programas acadêmicos de verão para alunos do middle school oferecidos pela Building Educated Leaders for Life (BELL). O programa de middle school no BELL atende alunos entre o 6º e o 8º ano que estão com desempenho de um a dois anos abaixo do esperado para a série. Os objetivos do programa são melhorar o letramento dos alunos, suas habilidades em matemática e aprimorar seu desenvolvimento social. Para atingir esses objetivos, o BELL oferece aos alunos 6,5 horas de programação diária durante aproximadamente cinco semanas, cinco dias por semana. Neste estudo, patrocinado pela Fundo de Inovação Social da Fundação Edna McConnell Clark, o impacto do programa de middle school BELL foi avaliado usando um desenho de pesquisa de atribuição aleatória. Devido a vários desafios relativos ao recrutamento de estudantes, o tamanho da amostra é menor do que o planejado e a margem de erro relativa aos resultados de impacto é alta. Mesmo assim os resultados desse relatório podem ser úteis para gerar evidências preliminares e sugestivas sobre os efeitos potenciais de um programa de verão de dia inteiro, academicamente orientado, para alunos de middle school. De uma maneira geral, os resultados desse estudo indicam que o BELL montou um programa de cinco semanas bem estruturado e com boa equipe no verão de 2012, e que os alunos tiveram um alto índice de participação, mesmo sendo o programa voluntário. O padrão de impacto estimado sugere que, ao retornar à escola no outono de 2012, os alunos BELL podem ter conseguido habilidades mais fortes em matemática do que poderiam ter se não fosse o programa – o equivalente a um mês de aprendizagem, o que é o efeito esperado de um programa de cinco semanas durante o ano letivo. Apesar da magnitude desse efeito não ser estatisticamente significante, é similar em tamanho ao que foi encontrado em avaliações prévias de programas voluntários de verão no nível da elementary school. Na avaliação das habilidades de leitura, no entanto, não há indicação de que os alunos BELL tiveram notas mais altas do que os do grupo não BELL. Considerados em conjunto, os resultados dão evidências preliminares sugestivas de que os programas acadêmicos voluntários de verão podem ter efeitos positivos no rendimento em matemática dos alunos de middle school, mas que melhorar seu rendimento em leitura pode ser uma tarefa mais desafiadora, porque é mais difícil manter os alunos desse grupo de idade engajados. Apesar de serem necessárias pesquisas adicionais para confirmar esses resultados preliminares, se forem confirmados, os dados sugerem que as estratégias para ensinar habilidades de leitura para alunos de middle school devem ser diferentes das abordagens usadas com alunos da elementar school.
Palavras-chave: middle school, instrução em matemática, instrução em leitura, atribuição aleatória.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: Três distritos escolares nos EUA
WALSH, Mary; MADAUS, George; RACZEK, Anastasia; DEARING, Eric; FOLEY, Claire; AN, Chen; LEE-ST. JOHN, Terrence; BEATON, Albert. A New Model for Student Support in High-Poverty Urban Elementary Schools: Effects on Elementary and Middle School Academic Outcomes. American Educational Research Journal, v. 51, p. 704-737, 2014.
http://journals.sagepub.com/doi/abs/10.3102/0002831214541669
Abstract/résumé/resumo: Efforts to support children in schools require addressing not only academic issues, but also out-of-school factors that can affect students’ ability to succeed. This study examined academic achievement of students participating in City Connects, a student support intervention operating in high-poverty elementary schools. The sample included 7,948 kindergarten to fifth-grade students in a large urban district during 1999–2009. School- and student-level treatment effects on report card grades and standardized test scores in elementary through middle school were estimated. Propensity score methods accounted for pre-intervention group differences. City Connects students demonstrated higher report card scores than comparisons and scored higher on middle school English language arts and mathematics tests. This study provides evidence for the value of addressing out-of-school factors that impact student learning.
Keywords: student support, academic outcomes, elementary schools, poverty.
Os esforços para apoiar as crianças nas escolas requerem lidar não apenas com questões acadêmicas, mas também com fatores extraescolares que podem afetar as habilidades dos alunos de terem sucesso. Este estudo analisa o rendimento acadêmico de estudantes participantes do City Connects, uma intervenção de apoio ao aluno que funciona em escolas fundamentais com alto nível de pobreza. A amostra incluiu 7.948 alunos do jardim de infância até o 5º ano em um grande distrito escolar entre 1999 e 2009. Foram estimados os efeitos desse programa em nível escolar nas notas do boletim e nos resultados em testes padronizados em alunos de 5 a 14 anos. Métodos de propensity score contabilizaram as diferenças pré-intervenção entre os grupos. Os alunos participantes do City Connects demonstraram maiores notas nos boletins escolares do que os pares e tiveram notas maiores durante os testes de matemática e linguagem no middle school. Esse estudo evidencia a importância de se lidar com fatores extraescolares que impactam a aprendizagem estudantil. Palavras-chave: apoio estudantil, resultados acadêmicos, escolas de ensino fundamental, pobreza.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: Boston (EUA)
Francês
RAHM, Jrène. « L’accès des jeunes provenant de milieux défavorisés aux activités scientifiques extrascolaires : une question d’équité. » Revue des sciences de l’éducation, v. 32, n. 3, p. 733-758, 2006.
https://www.erudit.org/fr/revues/rse/2006-v32-n3-rse1733/016284ar/
Cet article étudie la question de l’iniquité d’accès aux activités parascolaires et aux programmes communautaires en sciences chez les jeunes provenant de milieux défavorisés. Nous avons examiné comment les jeunes profitent de leurs temps libres et nous sommes intéressés à la vulgarisation des sciences, comme le proposent les musées, certaines activités parascolaires et programmes communautaires, et à son accessibilité dans le but de permettre le développement de la culture scientifique pour tous. Notre synthèse critique souligne la problématique d’exclusion en sciences, mais relève aussi l’intérêt de documenter diverses possibilités d’entrée dans la culture scientifique. À travers les descriptions de trois programmes communautaires, nous illustrons ces possibilités en soulignant l’importance de telles opportunités dans la vie des jeunes des milieux défavorisés.
Este artigo estuda a questão da inequidade de acesso a atividades paraescolares e programas comunitários de ciência para jovens provenientes de meios desfavorecidos. Analisamos como os jovens aproveitam seu tempo livre e nos interessamos pela divulgação de ciências, como essa é proposta pelos museus, certas atividades paraescolares e programas comunitários, assim como seu acesso a fim de desenvolver a cultura científica para todos. Nossa síntese crítica enfatiza o problema da exclusão nas ciências, mas também mostra o interesse de documentar diversas possibilidades de entrada na cultura científica. Por meio das descrições de três programas comunitários, ilustramos essas possibilidades, destacando a importância delas na vida dos jovens de meios desfavorecidos.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: Canadá
Inglês
FELDMAN, Sandra. Closing the Achievement Gap. In: American Educator, v. 25 n. 3 p. 7-9, Fall, 2001. (ONG – American Federation of teachers)
https://www.aft.org/periodical/american-educator/fall-2001/closing-achievement-gap
Abstract/résumé/resumo:
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: Estados Unidos
KIM, James S. Effects of a Voluntary Summer Reading Intervention on Reading Achievement: Results from a Randomized Field Trial. Educational Evaluation and Policy Analysis, v. 28, n. 4, p. 335-355, Winter, 2006.
The effects of a voluntary summer reading intervention were assessed in a randomized field trial involving 552 students in 10 schools. In this study, fourth-grade children received eight books to read during their summer vacation and were encouraged by their teachers to practice oral reading at home with a family member and to use comprehension strategies during independent, silent reading. Reading lessons occurred during the last month of school in June, and eight books were mailed to students biweekly during July and August. The estimated treatment effects on a standardized test of reading achievement (Iowa Test of Basic Skills) were largest for Black students (ES = .22), Latino students (ES = .14), less fluent readers (ES = .17), and students who reported owning fewer than 50 children’s books (ES = .13). The main findings suggest that a voluntary summer reading intervention may represent a scalable policy for improving reading achievement among lower performing students.
Keywords: randomized experiments, summer learning, voluntary reading.
KIM, James S.; GURYAN, Jonathan; WHITE, Thomas G.; QUINN, David M.; CAPOTOSTO, Lauren; KINGSTON, Helen Chen. Delayed Effects of a Low-Cost and Large-Scale Summer Reading Intervention on Elementary School Children’s Reading Comprehension. Journal of Research on Educational Effectiveness, v. 9 suppl. 1, p. 1-22, 2016.
https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/19345747.2016.1164780?journalCode=uree20
To improve the reading comprehension outcomes of children in high-poverty schools, policymakers need to identify reading interventions that show promise of effectiveness at scale. This study evaluated the effectiveness of a low-cost and large-scale summer reading intervention that provided comprehension lessons at the end of the school year and stimulated home-based summer reading routines with narrative and informational books. We conducted a randomized controlled trial involving 59 elementary schools, 463 classrooms, and 6,383 second and third graders and examined outcomes on the North Carolina End-of-Grade (EOG) reading comprehension test administered nine months after the intervention, in the children’s third- or fourth-grade year. We found that on this delayed outcome, the treatment had a statistically significant impact on children’s reading comprehension, improving performance by .04 SD (standard deviation) overall and .05 SD in high-poverty schools. We also found, in estimates from an instrumental variables analysis, that children’s participation in home-based summer book reading routines improved reading comprehension. The cost-effectiveness ratio for the intervention compared favorably to existing compensatory education programs that target high-poverty schools. Keywords: reading interventions, reading comprehension, scale-up, summer reading.
Francês
COLLAS, Thomas. « Le public du soutien scolaire privé. Cours particuliers et façonnement familial de la scolarité[*] », Revue française de sociologie, v. 54, n. 3, p. 465-506, 2013.
https://www.cairn.info/revue-francaise-de-sociologie-2013-3-page-465.htm
À l’appui d’une exploitation de la partie « Éducation et famille » de l’« Enquête permanente sur les conditions de vie des ménages » (EPCV, Insee, octobre 2003), la demande de cours particuliers en France est étudiée en considérant ces cours en comparaison avec deux autres formes de shadow education – soutien gratuit et aide des proches – et dans leurs relations avec les autres actes et attitudes participant au façonnement familial des scolarités. L’article avance tout d’abord que les cours particuliers s’inscrivent, d’une part et à la différence du soutien gratuit, dans un halo de pratiques participant à la construction familiale d’un avantage sur la scène scolaire, construction associée à une forte dotation en capitaux scolaire et économique, et qu’ils participent, d’autre part et à l’instar du soutien gratuit, d’un mouvement d’externalisation de l’aide étroitement lié à la configuration du ménage. Le besoin de remédier à des difficultés scolaires perçues et les possibilités matérielles de recours apparaissent ensuite centraux dans la saisie des traits saillants de la population recourant aux cours particuliers.
BILODEAU, A.;LEFEBVRE, C.; DESHAIES, S.; GAGNON, F.; BASTIEN, R.; BELANGER, J.; COUTURIER, Y.; POTVIN, M.; CARIGNAN, N. Les interventions issues de la collaboration école-communauté dans quatre territoires montréalais pluriethniques et défavorisés. Service social, v. 57, n. 2, p. 37-54, 2011.
https://www.erudit.org/fr/revues/ss/2011-v57-n2-ss5004227/1006292ar.pdf
Abstract/résumé/resumo: Cet article décrit les interventions issues de la collaboration école-communauté, en contexte montréalais pluriethnique et socio-économiquement défavorisé, en vertu de leurs domaines d’activités, des objectifs qu’elles poursuivent, des populations visées et des stratégies déployées. Les interventions sont comparées pour les deux ordres d’enseignement. La composition des réseaux d’acteurs de même que les structures et la dynamique collaboratives à la base des interventions sont aussi décrites. L’article discute de la correspondance entre ces interventions et les orientations des politiques publiques en éducation et en santé en vertu desquelles elles sont déployées. Enfin, il interpelle les acteurs quant aux potentialités et limites de ce type d’interventions comme stratégie de soutien à la réussite éducative en contexte pluriethnique et défavorisé.
Mots-clés: collaboration école-communauté, activités parascolaires, réussite éducative en milieu pluriethnique et défavorisé.
Este artigo descreve as intervenções provenientes da colaboração escola-comunidade em um contexto pluriétnico e desfavorecido em Montreal, a partir das suas áreas de atividades, objetivos pretendidos, populações visadas e estratégias utilizadas. As intervenções são comparadas nos dois níveis de ensino. A composição das redes de atores, assim como as estruturas e dinâmicas colaborativas na base das intervenções, são também descritas. O artigo discute a correspondência entre essas intervenções e as orientações de políticas públicas em educação e saúde sob as quais são implantadas. Por fim, interpela os atores quanto às potencialidades e limites desses tipos de intervenção como estratégia de apoio ao sucesso educacional em contexto pluriétnico e desfavorecido.
Palavras-chave: colaboração escola-comunidade, atividades paraescolares, sucesso acadêmico em contexto pluriétnico e desfavorecido.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: Montreal (CANADÁ)
Este eixo reúne estudos sobre uma etapa do processo de escolaridade que somente há poucas décadas vem se constituindo como um nível de ensino específico: a Educação Infantil. É que o cuidado com a primeira infância esteve tradicionalmente a cargo da família, tornando a escolarização nessa faixa etária um atributo associado a determinados grupos sociais. Tal origem histórica explica boa parte das características que esse setor do sistema de ensino ainda mantém. Um dos textos desse eixo – comparando as condições da etapa pré-escolar em 12 países da OCDE – detecta aspectos tais como: (i) a dependência administrativa das instituições de Educação Infantil oscila entre os órgãos da administração do ensino e aqueles da assistência social; (ii) os profissionais nem sempre são devidamente qualificados; (iii) mesmo em países desenvolvidos, a oferta de vagas ainda é menor do que a demanda.
No entanto, consolida-se cada vez mais, nas ciências da educação, a tese de que essa fase de formação humana desempenha um papel crucial para os percursos educacionais posteriores, fato que se acentua quando se trata de crianças oriundas das camadas populares e de grupos imigrantes. A importância desse papel vincula-se principalmente ao impacto dos processos de socialização infantil sobre a linguagem e o desenvolvimento cognitivo. Nesse sentido, foram identificados, neste eixo, vários estudos relativos a programas (mais ou menos bem-sucedidos) de desenvolvimento linguístico, especialmente de leitura. Destaca-se, em tais estudos, a preocupação com o chamado school readiness, ou seja, a “prontidão escolar”, atribuindo-se aos referidos programas uma importante função de prevenção do fracasso escolar. Outra preocupação presente em vários textos diz respeito à persistência (“sustentabilidade”) das aquisições efetuadas na Educação Infantil, quando da transição para o Ensino Fundamental.
Por sua vez, alguns trabalhos têm investigado o achievement gap nesse nível de escolaridade, denominando-o, nesse caso, de school readiness gap e avaliando a influência, sobre ele, de variáveis como a renda e o pertencimento étnico-racial. Embora se saiba que as desigualdades educacionais perpassam todo o sistema de ensino, a prevalência de iniquidades “à porta do jardim de infância” é ainda mais inaceitável quando se sabe que nessa etapa se forjam os fundamentos para todo o desenvolvimento posterior do ser humano.
This axis assembles studies on a sphere of the schooling process that from the past decades has been establishing itself as a specific educational level: childhood education. The early years of childhood had been traditionally seen as part of the families’ responsibilities, thus schooling in this age was an attribute associated to certain social groups. Such historic origin can explain a great deal the characteristics that this sector of the educational system still keeps. One of the texts in this axis comparing the conditions of pre-school system in 12 countries in ODCE- highlights aspects such as: (i) the administrative dependence of childhood education institutions oscillates between educational bodies and social assistance ones; (ii) the professionals are not always properly trained; (iii) even in developed countries, the offer of places is smaller than the demand.
However, it is increasingly consolidated, in the sciences of education, the thesis that this phase of human formation plays a crucial role in the future educational trajectories, a fact that is accentuated when dealing with children from low-income classes and immigrant groups. The importance of this role is mainly connected to the impact of childhood socialization processes on language and cognitive development. In this sense, we identified in the axis several studies related to programs ( more or less successful) of linguistic development, especially reading. We highlight in these studies the concern with the so-called school readiness’, giving to such programs an important role to prevent school failure. Another concern present in many texts refers to the persistence (sustainability) of the acquisitions gained in the childhood education, when moving on to elementary school.
Other works have been investigating the ‘achievement gap’ in this schooling level, calling it, in this case, the ‘school readiness gap’ and evaluating the influence over it of variables such as income and racial-ethnical belonging. Although we know that educational inequalities permeate all the educational system, the prevalence of inequities ‘on the front steps of kindergarten’ is even more unacceptable when we know that it is in this phase that are forged the bases for the future development of the human being.
Inglês
Advancement Project (sem data). Setting Students Up For Success: Expanded Transitional Kindergarten. (ONG)
http://advancementprojectca.org/ExpandedTK
Abstract/résumé/resumo: This report profiles implementation approaches by districts in Los Angeles, Pasadena and San Jose. The report also provides an overview of the key elements and considerations that early adopters of the program have explored in the areas of access, quality, and affordability. These early adopters serve as pioneers who demonstrate innovative ways to ensure more students have an opportunity to access an early learning program that builds a strong foundation for school readiness.
Este relatório traça um perfil das abordagens de implementação [do jardim de infância de transição] nos distritos de Los Angeles, Pasadena e San Jose. O relatório também fornece um panorama dos elementos-chave e considerações que os adotantes iniciais do programa relataram nas áreas de acesso, qualidade e acessibilidade. Esses adotantes iniciais serviram de pioneiros para demonstrar formas inovadoras para garantir que mais alunos tenham a oportunidade de acesso a programas de aprendizagem iniciais que construam uma fundação sólida para a prontidão escolar.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: Três escolas na Califórnia (EUA)
Number of citations/Nombre de citations/Número de citações: –
BIERMAN, K. L.; HEINRICHS, B. S.; WELSH, J. A.; NIX, R. L.; GEST, S. D. Enriching preschool classrooms and home visits with evidence-based programming: sustained benefits for low-income children. Journal of Child Psychology and Psychiatry, v. 58, p. 129-137, 2017.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5247307/
Abstract/résumé/resumo: Growing up in poverty undermines healthy development, producing disparities in the cognitive and social-emotional skills that support early learning and mental health. Preschool and home-visiting interventions for low-income children have the potential to build early cognitive and social-emotional skills, reducing the disparities in school readiness that perpetuate the cycle of poverty. However, longitudinal research suggests that the gains low-income children make during preschool interventions often fade at school entry and disappear by early elementary school. Methods: In an effort to improve the benefits for low-income children, the REDI program enriched Head Start preschool classrooms (study one) and home visits (study two) with evidence-based programming, documenting positive intervention effects in two randomized trials. In the present study, REDI participants were followed longitudinally, to evaluate the sustained impact of the classroom and home-visiting enrichments three years later, when children were in second grade. The combined sample included 556 children (55% European American, 25% African American, 19% Latino; 49% male): 288 children received the classroom intervention, 105 children received the classroom intervention plus the home-visiting intervention, and 173 children received usual practice Head Start.Results: The classroom intervention led to sustained benefits in social-emotional skills, improving second grade classroom participation, student-teacher relationships, social competence, and peer relations. The coordinated home-visiting intervention produced additional benefits in child mental health (perceived social competence and peer relations) and cognitive skills (reading skills, academic performance). Significant effects ranged from 25% to 48% of a standard deviation, representing important effects of small to moderate magnitude relative to usual practice Head Start. Conclusions: Preschool classroom and home-visiting programs for low-income children can be improved with the use of evidence-based programming, reducing disparities and promoting complementary benefits that sustain in elementary school.
Keywords: early intervention, evidence-based programming, longitudinal follow-up.
Crescer na pobreza prejudica o desenvolvimento da saúde, produz disparidades nas habilidades cognitivas e socioemocionais que darão o apoio para a saúde mental e aprendizagem inicial. Intervenções pré-escolares e visitas em domicílio para crianças de baixa renda têm o potencial de construir habilidades cognitivas e socioemocionais iniciais, reduzindo as disparidades na prontidão escolar que perpetuam o ciclo de pobreza. Contudo, a pesquisa longitudinal sugere que os ganhos adquiridos por crianças de baixa renda em intervenções pré-escolares muitas vezes diminuem na entrada escolar e desaparecem no início do Ensino Fundamental. Métodos: no esforço de melhorar os benefícios de crianças de baixa renda, o programa REDI enriqueceu as salas de pré-escola Head Start (estudo um) e visitas domiciliares (estudo 2) com programação baseada em evidências, documentando efeitos positivos de intervenções em dois testes randomizados. No presente estudo, os participantes REDI foram seguidos longitudinalmente para avaliar os impactos sustentáveis do enriquecimento em sala de aula e das visitas domiciliares após três anos, quando as crianças estavam no 3º ano do ensino fundamental. A amostragem combinada incluiu 556 crianças (55% brancas, 25% negras, 19% latinas; 49% meninos): 288 crianças receberam intervenções em sala de aula e 173 tiveram as aulas padrão Head Start. Resultados: As intervenções em sala de aula levaram a um benefício sustentável em habilidades socioemocionais, melhorou a participação no 3º ano, a relação professor-aluno, a competência social e as relações entre pares. A intervenção coordenada com visitas domiciliares levou a benefícios adicionais para a saúde mental da criança (competência social percebida e relação entre pares) e habilidades cognitivas (habilidades de leitura e performance acadêmica). Os efeitos significativos variaram entre 25% e 48% do desvio-padrão, representando efeitos importantes de magnitude pequena a moderada em relação à prática padrão do Head Start. Conclusões: os programas em sala de aula e de visitas domiciliares para crianças de baixa renda podem ser melhorados com o uso de programas baseados em evidências, reduzindo as disparidades e promovendo benefícios complementares que se sustentam no ensino fundamental.
Palavras-chave: intervenção inicial, programa baseado em evidências, acompanhamento longitudinal.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: Estados Unidos
DENTON, Carolyn A.; SOLARI, Emily J.; CIANCIO, Dennis J.; HECHT, Steven A.; SWANK, Paul R. A Pilot Study of a Kindergarten Summer School Reading Program in High-Poverty Urban Schools. The Elementary School Journal, v. 110, n. 4, p. 423-439, June, 2010.
https://www.journals.uchicago.edu/doi/pdfplus/10.1086/651190
This pilot study examined an implementation of a kindergarten summer school reading program in 4 high-poverty urban schools. The program targeted both basic reading skills and oral language development. Students were randomly assigned to a treatment group (n = 25) or a typical practice comparison group (n = 28) within each school; however, randomization was compromised due to school circumstances, resulting in a quasi-experimental design. Instruction was delivered by the schools’ regular teachers during 20 full-day summer school sessions. Each day treatment group students received large-group listening comprehension and vocabulary lessons anchored in storybook reading, along with small-group lessons focused on basic reading skills and listening comprehension. The intervention was associated with improved outcomes for treatment group students in word reading and listening comprehension with mixed results for phonemic awareness and no significant between-group differences in reading fluency or vocabulary. Such an approach is potentially efficacious, suggesting the need for further research.
Este estudo piloto analisou a implementação de um programa de leitura durante o verão no jardim de infância de quatro escolas urbanas com alto índice de pobreza. O programa focava no desenvolvimento de habilidades básicas de leitura e no desenvolvimento da linguagem oral. Os alunos dentro de cada escola foram randomicamente separados em grupo de tratamento (n = 25) ou grupo de controle ao qual foram aplicadas as práticas tradicionais (n = 28); contudo, a randomização foi comprometida pelas circunstâncias das escolas, resultando em um desenho quase experimental. A instrução era dada pelos professores regulares da escola durante 20 sessões que duravam o dia inteiro. Cada aluno do grupo de tratamento recebia diariamente um grande número de atividades de compreensão auditiva e lições de vocabulário apoiadas pela leitura de livros de história, acompanhadas por aulas com pequenos grupos focadas em habilidades básicas de leitura e compreensão auditiva. A intervenção foi associada com a melhora dos resultados dos alunos do grupo de tratamento em leitura de palavras e compreensão auditiva, resultados misturados relativos à consciência fônica e nenhum resultado significativo entre os grupos com relação à fluência de leitura ou vocabulário. Tal abordagem tem potencial para ser eficaz, sugerindo a necessidade de mais estudos.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: Estados Unidos
JOE, Emanique M.; DAVIS, James Earl. Parental influence, school readiness and early academic achievement of African American boys. Journal of Negro Education, v. 78, n. 3, p. 260-276, Summer, 2009.
https://www.jstor.org/stable/25608745?seq=1#page_scan_tab_contents
Abstract/résumé/resumo: This study examined the relationship between parental influence and the school readiness of African American boys, using data from the Early Childhood Longitudinal Study: ECLS-K. Parents’ influence, via their academic beliefs and behaviors, was associated with the cognitive performance of African American boys during kindergarten. While previous research has produced similar results, the present study indicates there are differences in which academic beliefs and parenting behaviors are most effective in facilitating school readiness and early achievement. Emphasizing the importance of academic skills for African American boys was associated with higher reading and mathematics achievement as well as prior enrollment in center-based child care. Parenting behaviors, such as discussing science topics, reading books, and discussing family racial and ethnic heritage, differed in their significance in predicting cognitive outcomes. Implications for differences in the kinds of parental involvement in the education of African American boys are discussed.
Este estudo analisa a relação entre influência parental e prontidão escolar de meninos negros, usando dados do Early Childhood Longitudinal Study: ECLS-K. A influência dos pais, via crenças acadêmicas e comportamentos, foi associada com a performance cognitiva de meninos negros durante o jardim de infância. Enquanto pesquisas anteriores mostraram resultados similares, o presente estudo indica que há diferenças entre quais crenças acadêmicas e comportamentos parentais são mais eficientes para facilitar a prontidão escolar e o rendimento inicial. A ênfase na importância das habilidades acadêmicas para os meninos negros estava associada com maior rendimento em leitura e matemática, assim como a matrícula anterior em estabelecimentos de pré-escola. Comportamentos parentais, tais como discutir temas científicos, ler livros e discutir a herança étnico-racial da família diferiram na sua importância em predizer resultados cognitivos. As implicações de diferentes tipos de envolvimento parental na educação de meninos negros foram discutidas.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: Estados Unidos
KAINZ, Kirsten. The Ecology of Early Reading Development for Children in Poverty. Elementary School Journal, v. 107, p. 407-427, 2007.
https://www.jstor.org/stable/10.1086/518621?seq=1#page_scan_tab_contents
Abstract/résumé/resumo: In this study we investigated reading development from kindergarten to third grade for 1,913 economically disadvantaged children from the Early Childhood Longitudinal Study–Kindergarten Cohort. Characteristics of the child, the family, classroom instruction, and school composition were used to model influences from multiple levels of children’s ecologies. The analytic model proposed that child and family characteristics (e.g., age at kindergarten entry, family literacy practices) would influence reading skills at kindergarten entry and rate of reading growth, whereas characteristics of classrooms and schools (e.g., comprehensive literacy instruction, racial and economic segregation) would constrain or enhance reading performance at specific times. Significant model parameters and effect sizes indicated that child and family characteristics were more predictive of initial reading skills than of reading development over time. Minority segregation in elementary schools was associated with lower student reading performance after accounting for child and family background, classroom instruction, and school‐level poverty.
Neste estudo investigamos o desenvolvimento em leitura do jardim de infância até o 3º ano de 1.913 crianças de camadas desfavorecidas no estudo Early Childhood Longitudinal Study – Kindergarten Cohort. As características da criança, sua família, instrução em sala de aula e composição da escola foram usadas para modelar as influências de diferentes níveis das ecologias das crianças. O modelo analítico propôs que as características da criança e de suas famílias (ex.: idade de entrada no jardim de infância, práticas de letramento na família) influenciariam as habilidades de leitura na entrada no jardim de infância e o nível de crescimento de leitura, enquanto as características das salas de aula e das escolas (ex.: ensino abrangente de letramento, segregação racial e econômica) restringiriam ou melhorariam a performance em leitura em momentos específicos. Parâmetros de modelos significativos e efeitos de tamanho indicam que as características da criança e da família são mais preditivas das habilidades iniciais de leitura do que do desenvolvimento da leitura ao longo do tempo. Uma segregação de minorias nas escolas de ensino fundamental estava associada com baixo rendimento do aluno em leitura, depois de se considerar o background do estudante e da família, ensino em sala de aula e nível de pobreza escolar.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: Estados Unidos
REARDON, S. F.; PORTILLA, X.A. Recent Trends in Income, Racial, and Ethnic School Readiness Gaps at Kindergarten Entry. AERA Open, Aug., 2016.
https://journals.sagepub.com/doi/full/10.1177/2332858416657343
Academic achievement gaps between high- and low-income students born in the 1990s were much larger than between cohorts born two decades earlier. Racial/ethnic achievement gaps declined during the same period. To determine whether these two trends have continued in more recent cohorts, we examine trends in several dimensions of school readiness, including academic achievement, self-control, externalizing behavior, and a measure of students’ approaches to learning, for cohorts born from the early 1990s to the 2000–2010 midperiod. We use data from nationally representative samples of kindergarteners (ages 5–6) in 1998 (n = 20,220), 2006 (n = 6,600), and 2010 (n = 16,980) to estimate trends in racial/ethnic and income school readiness gaps. We find that readiness gaps narrowed modestly from 1998 to 2010, particularly between high- and low-income students and between White and Hispanic students.
Keywords: school readiness, income gap trends, racial/ethnic gap trends.
Os gaps de rendimento acadêmico entre alunos de famílias com renda alta e com renda baixa nascidos nos anos 1990 eram muito maiores do que os entre seus coortes nascidos duas décadas antes. Os gaps de rendimento racial/étnicos diminuíram no mesmo período. Para determinar se essas duas tendências continuaram entre coortes mais recentes, analisamos tendências em diferentes dimensões de prontidão escolar, incluindo rendimento acadêmico, autocontrole, comportamento externalizado e uma medida das abordagens dos alunos frente a aprendizagem, para coortes nascidos do começo dos anos 1990 até o período de 2000-2010. Usamos dados nacionalmente representativos com amostras de crianças no jardim de infância (idades 5-6 anos) em 1998 (n = 20.220), 2006 (n = 6.600) e 2010 (n = 16.980) para estimar tendências dos gaps de prontidão escolar relacionadas a questões raciais/étnicas e renda. Descobrimos que as diferenças de prontidão diminuíram modestamente entre 1998 e 2010, particularmente entre os alunos de classe alta e baixa e entre os estudantes brancos e hispânicos.
Palavras-chave: prontidão escolar, tendência de gap por renda, tendências de gap racial/étnico.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: Estados Unidos
WALDFOGEL, J.; STEWART, K. Closing Gaps Early: The role of early years policy in promoting social mobility in England, The Sutton Trust: London, 2017. (ONG)
https://www.suttontrust.com/research-paper/closinggaps-early/
Abstract/résumé/resumo: This report examines the current state of early years policy in light of the evidence about what works. Reviewing 20 years of policy change, it assesses the strengths and limitations of where we are today, and identifies priority areas and key next steps for policy attention. The report, authored by Dr Kitty Stewart (LSE) and Professor Jane Waldfogel (Columbia), covers three types of early years policy: parental leave and parenting; early education and childcare; and financial support to households with young children. The focus throughout is on narrowing gaps at school starting age between children from different social backgrounds – essential to breaking the cycle of disadvantage and making progress on social mobility.
Este relatório analisa o estado atual das políticas para os anos iniciais considerando as evidências sobre esses trabalhos. Revisando 20 anos de mudanças de políticas, ele avalia as forças e limitações de onde nos encontramos e identifica áreas prioritárias e as chaves para as próximas políticas. O relatório, escrito pela Dra. Kitty Stewart, da London School of Economics (LSE), e pela professora Jane Waldfogel (Columbia), cobre três tipos de política de apoio aos primeiros anos: licença parental e parentalidade; educação inicial e cuidados; apoio financeiro para domicílios com crianças pequenas. O foco está na diminuição dos gaps entre as crianças de diferentes grupos sociais – essencialmente na quebra do ciclo de desvantagem e em fazer progredir a mobilidade social.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: Reino Unido
Francês
DAMON, Julien. L’éducation et l’accueil des jeunes enfants: un rapport de l’OCDE sur la petite enfance. Recherches et Prévisions, n. 66, p. 117-123, 2001.
https://www.persee.fr/doc/caf_1149-1590_2001_num_66_1_985
Abstract/résumé/resumo: –
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: 12 países da OCDE PAÍSES DA OCDE (AUSTRÁLIA, BÉLGICA, REPÚBLICA TCHECA, DINAMARCA, FINLÂNDIA, ITÁLIA, PAÍSES BAIXOS, NORUEGA, PORTUGAL, SUÉCIA, REINO UNIDO, EUA)
MYRE-BISAILLON, Julie et al. “Éveil à la lecture et à l’écriture dans les services de garde en milieu scolaire: engagement et ouverture face aux livres.” Nouveaux cahiers de la recherche en éducation, v. 17, n. 2, p. 125-147, 2014.
https://www.erudit.org/en/journals/ncre/2014-v17-n2-ncre01902/1030890ar.pdf
Le présent article traite de l’éveil à la lecture et à l’écriture (ÉLÉ). À travers un programme d’ÉLÉ dans les services de garde en milieu scolaire (SGMS) conçu et expérimenté pendant une année auprès d’enfants de maternelle, cette recherche consiste à présenter les résultats des effets de ce programme quant à l’engagement et à l’ouverture que les enfants manifestent lors de l’activité d’éveil. Plus spécifiquement, nous comparons des groupes de milieux défavorisés et favorisés à l’entrée en classe maternelle et à la fin de l’année scolaire. Certains enfants ayant été exposés aux activités du programme ÉLÉ-SGMS et d’autres non (N total = 556). Les analyses quantitatives effectuées permettent de penser que le programme d’ÉLÉ a eu des effets significatifs sur l’engagement et l’ouverture face aux livres auprès de la population exposée au programme par rapport à celle non exposée.
Mots-clés: éveil à la lecture et à l’écriture, engagement en lecture, maternelle, services de garde scolaire, milieux défavorisés.
O presente artigo trata do despertar da leitura e da escrita (éveil à la lecture et à l’écriture – ÉLÉ). Por meio de um programa de ÉLÉ nos serviços de creche em meio escolar (services de garde en milieu scolaire – SGMS) pensado e colocado em prática durante um ano com alunos do maternal, a pesquisa apresenta os resultados dos efeitos desse programa no engajamento e na abertura manifestados pelas crianças durante as atividades de despertar. Mais especificamente, comparamos os grupos de meios desfavorecidos e favorecidos na entrada da série maternal e no fim do ano letivo. Alguns alunos foram expostos às atividades do programa ÉLÉ-SGMS, e outros, não (n total = 556). As análises quantitativas efetuadas permitem pensar que o programa de ÉLÉ teve efeitos significativos no engajamento e na abertura diante dos livros na população exposta ao programa em relação aos que não foram expostos.
Palavras-chave: despertar para a leitura e escrita; engajamento com a leitura; maternal; serviços de creche escolar; meios desfavorecidos.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: Québe (Canadá)
THEPOT, Marie-Automne. Langagez-vous! Acquisition du langage et inégalités sociales. Colloque national organisé par le centre communal d’action sociale de la ville de Grenoble les 19 et 20 juin 2013. Politiques sociales et familiales, v. 116, n. 1, p. 69-74, 2014.
https://www.persee.fr/doc/caf_2101-8081_2014_num_116_1_2990
Abstract/résumé/resumo: colloque, langage, enfance, développement langagier.
Palavras-chave: colóquio, linguagem, infância, desenvolvimento de linguagem
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: França, Suíça, Bélgica
Inglês
BASSOK, Daphna; REARDON, Sean. “Academic Redshirting” in Kindergarten Prevalence, Patterns, and Implications. Educational Evaluation and Policy Analysis, v. 35, p. 283-297, 2013.
http://journals.sagepub.com/doi/abs/10.3102/0162373713482764
Abstract/résumé/resumo: We use two nationally representative data sets to estimate the prevalence of kindergarten “redshirting”—the decision to delay a child’s school entry. We find that between 4% and 5.5% of children delay kindergarten, a lower number than typically reported in popular and academic accounts. Male, White, and high-SES children are most likely to delay kindergarten, and schools serving larger proportions of White and high-income children have far higher rates of delayed entry. We find no evidence that children with lower cognitive or social abilities at age 4 are more likely to redshirt, suggesting parents’ decisions to delay entry may be driven by concerns about children’s relative position within a kindergarten cohort. Implications for policy are discussed. Keywords: school readiness, kindergarten, academic redshirting.
Usamos dois grupos de dados nacionalmente representativos para estimar a prevalência de redshirting – a decisão de adiar a entrada da criança na escola – no jardim de infância. Descobrimos que entre 4% e 5,5% das crianças têm sua entrada adiada no jardim de infância, um número mais baixo do que o normalmente relatado no discurso popular e acadêmico. Meninos, brancos, com NSE alto têm mais probabilidade de adiar a entrada na escola. As escolas que atendem proporções mais altas de crianças brancas de alta renda tendem a ter níveis mais altos de entrada adiada. Não encontramos nenhuma evidência que demonstre que crianças de 4 anos com baixas habilidades sociais e cognitivas tenham mais chances de redshirt, sugerindo que a decisão dos pais em adiar a entrada escolar pode ser guiada por preocupações quanto à posição relativa dentro da sua coorte de jardim de infância. Implicações para as políticas públicas são discutidas.
Palavras-chave: prontidão escolar, jardim de infância, redshirting acadêmico.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: Estados Unidos
CLAESSENS, Amy; ENGEL, Mimi; CURRAN, F. Chris. Academic Content, Student Learning, and the Persistence of Preschool Effects. American Educational Research Journal, v. 51, n. 2, p. 403-434, Apr., 2014.
https://journals.sagepub.com/doi/abs/10.3102/0002831213513634?journalCode=aera
Little research has examined the relationship between academic content coverage in kindergarten and student achievement. Using nationally representative data, we examine the association between reading and mathematics content coverage in kindergarten and student learning, both overall and for students who attended preschool, Head Start, or participated in other child care prior to kindergarten entry. We find that all children benefit from exposure to advanced content in reading and mathematics and that students do not benefit from basic content coverage. Interestingly, this is true regardless of whether they attended preschool, began kindergarten with more advanced skills, or are from families with low income. Policy implications are discussed.
Keywords: academic content, student achievement, kindergarten, preschool.
FELDMAN, Sandra. Closing the Achievement Gap. In: American Educator, v. 25, n. 3, p. 7-9, Fall, 2001. (ONG – American Federation of teachers)
https://www.aft.org/periodical/american-educator/fall-2001/closing-achievement-gap
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: Estados Unidos
Francês
BRADSHAW, Jonathan. La pauvreté infantile au Royaume-Uni. Politiques sociales et familiales. Volume 98, Numéro 1, p. 37-47, 2009.
https://www.persee.fr/doc/caf_2101-8081_2009_num_98_1_2488
La pauvreté des enfants est au coeur des préoccupations de politique intérieure du gouvernement britannique, qui s’est engagé à l’éradiquer d’ici à 2020. Cet article décrit la stratégie actuelle de lutte contre la pauvreté infantile. Il analyse les résultats obtenus jusqu’ici et explique pourquoi le gouvernement ne parviendra pas à atteindre son objectif intermédiaire, à savoir diviser la pauvreté infantile par deux d’ici à 2010. La situation de départ était très mauvaise. En outre, les efforts visant à faire reculer la pauvreté infantile n’ont pas débuté assez tôt et ont été insuffisants. Ils s’appuyaient également excessivement sur des objectifs d’emploi qui se sont révélés trop ambitieux.
Mots-clés: lutte contre la pauvrete, pauvrete infantile, Grande-Bretagne.
GONZALEZ, Maria-José ; VIDAL, Sergi. À qui confier mon bébé ? Pratique et développement de l’accueil des enfants d’âge préscolaire en Espagne. Recherches et Prévisions , Volume 83 , Numéro 1, p. 97-112, 2006.
https://www.persee.fr/doc/caf_1149-1590_2006_num_83_1_2201
En Espagne, depuis le début des années quatre-vingt-dix, les modes d’accueil non parentaux des enfants âgés de 0 à 3 ans n’ont cessé de se développer. La prise en charge de cette tranche d’âge s’est accrue, passant de 4 % en 1992 à 13,5 % en 2004. Malgré cette tendance positive, l’offre d’accueil des très jeunes enfants est l’une des plus faibles des pays de l’Europe occidentale. Cette situation est particulièrement négative dans un pays qui a pour objectif affiché d’encourager l’emploi des femmes (45 % en 2004) et de promouvoir la conciliation entre les responsabilités familiales et l’emploi rémunéré. Cette faiblesse de l’offre a souvent été attribuée à l’existence, en Espagne, de fortes structures familiales et à l’obligation morale, profondément ancrée, de privilégier la garde familiale. Ainsi, indirectement, l’État a été empêché d’intervenir dans l’ordre familial privé. Dans cet article, cette explication culturelle est remise en cause par une analyse de l’utilisation et du développement des services pour les jeunes enfants. Le développement des modes d’accueil est principalement lié, au niveau individuel, aux contraintes matérielles des femmes et, au niveau collectif, aux caractéristiques des municipalités.
HERRY, Yves et al. « Effets d’un programme de maternelle, à temps plein, en Ontario français, sur le développement des enfants à la fin de la 2e année primaire. » Revue des sciences de l’éducation, v. 34, n. 1, p. 87-106, 2008.
https://www.erudit.org/fr/revues/rse/2008-v34-n1-rse2410/018991ar.pdf
Cet article porte sur les effets à moyen terme d’un programme offert àtemps plein à des enfants de quatre ans. Nous avons comparé 273élèves de 2 année du primaire à un groupe de 300 élèves qui n’en ontpas bénéficié. Les résultats indiquent que le programme a eu un effetpositif sur le langage et la lecture, mais pas sur l’écriture. De plus,nous avons noté une performance plus faible en mathématiques et une fréquence plus faible des comportements prosociaux et scolaires chez les enfants à temps plein.
O processo de massificação escolar desencadeado nas últimas décadas nos países ocidentais tem levado a uma modificação importante na composição social do público escolar. A “escola para todos” implica hoje a inclusão de crianças portadoras de necessidades especiais, alunos pertencentes a meios sociais vulneráveis ou a minorias étnicas, menores em situação de conflito com a lei, estudantes com sérias dificuldades comportamentais ou de aprendizagem. Confrontados com o imperativo de atender a um público tão heterogêneo, os sistemas de ensino têm sido levados a mobilizar novos agentes educativos ou, ainda, a requalificar os recursos humanos com os quais já contavam tradicionalmente.
Neste eixo, um grupo de trabalhos coloca em relevo a atuação de novos perfis profissionais que vêm cooperar com aqueles já estabelecidos no enfrentamento desses desafios educacionais – especialmente daqueles desafios que dizem respeito ao atendimento de estudantes oriundos de contextos de alta pobreza. Em tais contextos, um dos problemas mais frequentes reside na distância cultural entre famílias e universo escolar. Frente a isso, escolas têm instituído “programas de aconselhamento” e de mediação que ficam a cargo de profissionais especialmente preparados para essa função – chamados de school counselors, family-school liaisons, coordenadores de pais, dentre outras denominações. Em comum, esses profissionais têm a atribuição de “fazer a ponte” entre a escola e seus usuários (famílias e alunos), além de outras funções que podem assumir de acordo com cada contexto – por exemplo, assessoria pedagógica aos professores, visando desenvolver uma abordagem multicultural das questões que emergem no cotidiano escolar.
Também na linha de uma assessoria pedagógica aos professores – porém, agora, com foco na aprendizagem em si –, surge outro tipo de profissional, denominado coach, cuja atuação consiste em subsidiar os docentes na tomada de decisões relativas ao ensino de determinada disciplina (em aspectos como currículo, metodologia, avaliação), na qual deve ter formação especializada.
Vale destacar que um dos textos, discutindo as razões do sucesso acadêmico finlandês ressalta a diversidade e o alto nível de capacitação dos recursos humanos mobilizados pelo sistema de ensino do país. No intuito de reduzir as desigualdades de aprendizagem, escolas finlandesas se beneficiam do trabalho de profissionais como o assistente do professor (que atua junto ao aluno em sala de aula) ou o professor especial (que tem formação pedagógica mais prolongada do que os demais). Tais escolas contam com uma equipe multidisciplinar composta por membros do corpo docente regular, professor especial, conselheiro escolar, além de profissionais externos (assistente social, pessoal da área da saúde e da habitação etc.).
Outro grupo de trabalhos incluído neste Eixo trata da qualificação de recursos humanos já tradicionalmente presentes no sistema de ensino – no caso, diretores e professores. Chama a atenção o maior número de trabalhos voltados para o papel da liderança escolar, o qual tem sido ressaltado como um dos principais fatores de eficácia da escola, cujo efeito é mais significativo quando se trata do atendimento a públicos vulneráveis. Diante desses públicos, os perfis de liderança eficaz, discutidos nos textos, contemplam aspectos como: a criação de expectativas positivas sobre os alunos e a comunidade; o estabelecimento de uma relação construtiva com as famílias e de um clima institucional de confiança e colaboração; a implantação, nas escolas, de programas de intervenção focados na aprendizagem, como atividades de afterschool e de verão, tutorias etc.
Com relação à figura do professor, dois trabalhos abordam situações de capacitação dos docentes para lidar com dimensões do currículo escolar nem sempre valorizadas em sua formação inicial e consideradas importantes diante dos públicos que suas escolas atendem (no caso, artes e habilidades socioemocionais). Cumpre salientar, ainda, que o texto sobre a Finlândia, evidenciando a importância geral dos recursos humanos, enfatiza, no interior deles, o papel do professor. Nesse país, um conjunto de aspectos favoráveis no âmbito da profissão docente configura um “circuito virtuoso”: status elevado e boas condições de trabalho e de remuneração geram maior número de interessados em se tornar professores, levando a uma forte seletividade em seu recrutamento que, combinada com programas intensos de formação, asseguram um alto nível de competência profissional.
The process of school massification unleashed in the last decades in Western countries have been leading to an important change in the social composition of school public. The “school to all” implies today the inclusion of children with special needs, from vulnerable social groups, ethnic minorities, in conflict with the law, students with serious behavioral and learning difficulties, etc. Faced by the imperative to attend such a heterogenous public, the educational systems have been mobilizing new agents, or yet requalified their traditional human resources.
In this axis, a group of works highlights the action of new professionals that arrive to work together with the traditional ones when facing these educational challenges- especially those regarding the assistance of students from high poverty contexts. In such contexts, one of the most frequent problems is the cultural distance between families and the school universe. Faced by it, schools have been establishing counseling and mediation programs with professionals especially prepared for this- the so-called school counselors, family-school liaisons, parent coordinators, among other denominations. In common, the role of these professionals is to “create a bridge” between school and its users (families and students), besides other functions that can be assumed by them according to each context- for example, pedagogical help to teachers, aiming to develop a multicultural approach to issues that emerge in the school everyday life.
Also, in this perspective of teacher pedagogical support- but this time focusing on learning itself- there is another type of professional with a specific formation, called coach, who subsidizes teachers to make decisions related to the teaching of a subject (in aspects such as curriculum, methodology, and evaluation).
We should point out that one of the texts, discussing the reasons for the Finish academic success, highlights the diversity and the high level of training of the human resources mobilized by the educational system of that country. To reduce learning inequalities, Finish schools benefit of the professional work of teacher assistants (who work together with the students in the classroom) or the special-needs teacher (with a longer pedagogical training than the others). Such school have a multidisciplinary team composed of the regular teachers, the special-needs teacher, school counselor, together with other individuals from outside the school (social assistant, representatives of the health and public housing systems, etc.)
Another group of works included in this axis deals with the qualification of traditional human resources in the educational system- the principals and teachers. It is interesting the larger number of workers focused on the role of school leadership, which has been shown one of the main factors for school efficiency, whose effects is more meaningful when dealing with a more vulnerable public. Faced by this public, the profiles of efficient leadership, discussed in the texts, approach aspects such as: the creation of positive expectations among students and the community; the establishment of a constructive relationship with families and an institutional environment of trust and collaboration; the implementation, in schools, of intervention programs focused on learning, as well as afterschool and summer activities, tutoring, etc.
Regarding the role of teachers, two works approach situations of teacher training to deal with curriculum dimensions that are not always valued in their pre-service training and considered important faced to the public they attend in their schools (in this case, arts and socioemotional abilities). In the text about Finland, it is worth pointing out that, when showing the general importance of human resources, they emphasize the role of the teacher. In that country, a series of favorable aspects to the teaching job creates a virtuous circle: an elevated status, good work condition and remuneration produce a higher number of people interested in becoming teachers, leading to a strong selectivity in recruiting what, combined with intense training programs, guarantee a high level of professional competence.
Inglês
AMATEA, E.; WEST-OLATUNJI, C. Joining the Conversation about Educating Our Poorest Children: Emerging Leadership Roles for School Counselors in High-Poverty Schools. Professional School Counseling, v. 11, n. 2, p. 81-89, 2007.
http://psycnet.apa.org/record/2007-19596-002
Abstract/résumé/resumo: School counselors bring special skills to the effort of educating low-income children. A review of literature on poverty and social class as correlates of student success, teacher expectations, and parent involvement provides a rationale for school counselors expanding their leadership roles in high-poverty schools by (a) serving as cultural broker among students, their families, and school staff; (b) partnering with staff to design more culturally responsive instruction; and © developing a more family-centric school environment.
Os orientadores escolares trazem habilidades especiais ao trabalho de educar as crianças das classes de renda mais baixa. Uma revisão da literatura sobre pobreza e classe social como correlatas do sucesso escolar, expectativas de professores e envolvimento parental fornece a lógica para os orientadores escolares expandirem seus papéis de liderança em escolas com alto índice de pobreza: a) servindo como um intermediário cultural entre alunos, suas famílias e a equipe escolar; b) mantendo parcerias com a equipe para criar um ensino mais culturalmente responsivo; c) desenvolver um ambiente escolar mais centrado na família.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: Estados Unidos
CAMPBELL, P.; MALKUS, N. The Impact of Elementary Mathematics Coaches on Student Achievement. The Elementary School Journal, v. 111, n. 3, p. 430-454, 2011.
https://www.journals.uchicago.edu/doi/abs/10.1086/657654
Abstract/résumé/resumo: Elementary mathematics coaches are placed in schools to construct leadership roles and to provide on-site, collaborative professional development addressing mathematical content, pedagogy, and curriculum in an effort to enhance instruction and improve student achievement. This 3-year randomized control study found that over time coaches positively affected student achievement in grades 3, 4, and 5. In these grades, this significant positive effect on student achievement was not evident at the conclusion of the first year of placement of a coach in a school but emerged as knowledgeable coaches gained experience and as a school’s instructional and administrative staffs learned and worked together. The coaches in this study engaged in a high degree of professional coursework addressing mathematics content, pedagogy, and coaching prior to and during at least their first year of placement. Findings should not be generalized to coaches with less expertise.
Coaches de matemática básica são colocados nas escolas para construir papéis de liderança e oferecerem desenvolvimento profissional colaborativo in loco sobre conteúdo matemático, pedagogia e currículo, dentro de um esforço para melhorar o ensino e o rendimento estudantil. Esse estudo randômico controlado, com duração de 3 anos, revelou que ao longo do tempo, os coaches influenciaram positivamente os desempenhos dos alunos do 3º, 4º e 5º anos. Nessas séries, esse efeito significativamente positivo no desempenho estudantil não ficou evidente ao fim do primeiro ano de trabalho do coach na escola, mas apareceu quando os coaches foram ganhando experiência e o corpo docente e administrativo da escola também aprendeu e começou a trabalhar junto. Os coaches nesse estudo se engajaram em uma formação profissional de alto nível sobre o conteúdo matemático, pedagogia e técnicas de coaching antes e durante, pelo menos, o primeiro ano na escola. Os resultados não devem ser generalizados para coaches com menos conhecimento.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: Virgínia (EUA)
CUNNINGTON, Marisol; KANTROWITZ, Andrea; HARNETT, Susanne; HILL-RIES, Aline. Cultivating Common Ground: Integrating Standards-Based Visual Arts, Math and Literacy in High-Poverty Urban Classrooms. Journal for Learning Through the Arts, v. 10, n. 1, 2014.
https://files.eric.ed.gov/fulltext/EJ1050589.pdf
Abstract/résumé/resumo: The “Framing Student Success: Connecting Rigorous Visual Arts, Math and Literacy Learning” experimental demonstration project was designed to develop and test an instructional program integrating high-quality, standards-based instruction in the visual arts, math, and literacy. Developed and implemented by arts-in-education organization Studio in a School (STUDIO), in partnership with the New York City Department of Education, the “Framing Student Success” curriculum was designed by experienced professional artist instructors collaborating with school-based visual arts, math, and literacy specialists and classroom teachers. “The Framing Student Success” curriculum units were designed to make explicit connections between subjects (visual arts and ELA or math), while maintaining the integrity, depth and rigor of instruction in both subject areas. While students were receiving arts-integrated instruction during each of the twelve six-week units, classroom teachers and arts specialists were receiving embedded professional development. Regular cross-site professional development was also provided for teachers, specialists, and school administrators. As a randomized control trial study, the three-year “Framing Student Success” study provides robust evidence of the potential impacts of an interdisciplinary, arts-integrated curriculum for students growing up in poverty. The mixed-method study assessed the effects of staff professional development and standards-based arts-integrated instruction in three urban, high poverty elementary schools. Results indicate that rigorous interdisciplinary instruction that links visual arts, literacy, and math skills, and supports cognitive skill development, can increase students’ literacy and math learning while nurturing their art making skills and enhancing their ability to meaningfully reflect on their own work and that of their peers. Qualitative findings suggest that interdisciplinary educator collaborations were critical to project success, and highlight the project’s successful engagement of lower-performing students and students with disabilities. Survey and focus group results suggest that training can build the capacities of teachers, arts specialists, and administrators to implement an interdisciplinary curriculum, providing educators with additional tools to teach engaging, common Core aligned lessons addressing academic and cognitive competencies.
O programa experimental Framing Student Success: Connecting Rigorous Visual Arts, Math and Literacy Learning foi desenhado para desenvolver e testar um programa de ensino que integre um ensino de alta qualidade, baseado em padrões, em artes visuais, matemática e letramento. Desenvolvido e implementado pela organização de arte em educação Studio in a School (STUDIO) em parceria com a Secretaria de Educação da cidade de Nova York, o currículo Framing Student Success foi desenvolvido por experientes instrutores-artistas profissionais em colaboração com os professores titulares das turmas, os professores de artes visuais, matemática e especialistas em letramento. As unidades do currículo Framing Student Success foram desenhadas para explicitar as conexões entre as disciplinas (artes visuais e linguagem ou matemática), mas mantendo a integridade, profundidade e o rigor de ensino em ambas as disciplinas. Enquanto os alunos recebiam o ensino integrado às artes, durante cada uma das 12 unidades de seis semanas de duração, os professores titulares e os especialistas em artes passavam por um desenvolvimento profissional embutido. O desenvolvimento profissional regular também foi oferecido para os demais professores, especialistas e administradores escolares. Sendo um estudo randômico controlado de três anos, o Framing Student Success oferece evidências robustas dos impactos em potencial que um currículo interdisciplinar com integração de artes pode oferecer para alunos que vivem em locais pobres. O estudo com diferentes métodos avaliou os efeitos do desenvolvimento profissional da equipe e do ensino baseado em padrões de artes integradas; foi realizado em três escolas de Ensino Fundamental urbanas e com alto índice de pobreza. Os resultados indicam que um ensino interdisciplinar rigoroso que ligue artes visuais, letramento, habilidades matemáticas e que apoie o desenvolvimento de habilidades cognitivas pode aumentar o letramento e a aprendizagem matemática dos alunos enquanto nutre suas habilidades artísticas e aumenta suas habilidades de reflexão sobre seus próprios trabalhos e de seus colegas. Os resultados qualitativos sugerem que as colaborações interdisciplinares dos educadores foram críticas para o sucesso do projeto e enfatizam o engajamento bem-sucedido de alunos com baixo desempenho e com necessidades especiais. Os resultados de uma survey e de um grupo focal sugerem que o treinamento pode construir capacidades nos professores, especialistas em artes e administradores, a fim de implementar um currículo interdisciplinar, dar aos educadores as ferramentas adicionais necessárias para ensinar de forma envolvente as aulas base lidando com competências acadêmicas e cognitivas.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: Nova York (EUA)
DRETZKE, B. J.; RICKERS, S. R. The family liaison position in high-poverty, urban schools. Education and Urban Society, v. 48, n. 4, p. 346-363, 2016.
http://journals.sagepub.com/doi/abs/10.1177/0013124514533794?journalCode=eusa
Abstract/résumé/resumo: This study examined the roles and responsibilities of family liaisons working in urban schools with enrollments characterized by high poverty, high mobility, and ethnic diversity. Results indicated that the major responsibilities of the liaisons were creating a trusting and welcoming environment, facilitating parent involvement in the school, keeping parents informed on school-related topics, and connecting parents with resources. During job shadows, family liaisons were primarily observed coordinating parent involvement activities, interacting with students, performing routine office tasks, and carrying out other duties as assigned (e.g., cafeteria supervision). To increase their effectiveness, the liaisons requested greater job clarity, more flexibility in their formal work hours, and less time spent on other duties as assigned. In general, it appeared that the family liaisons investigated in this study placed a stronger emphasis on creating a welcoming environment and establishing trust than has been found in research on family liaisons in more affluent communities.
Keywords: urban education, school improvement, schools.
O estudo analisa os papéis e responsabilidades dos mediadores família-escola que trabalham em escolas urbanas caracterizados por alto índice de pobreza, alta mobilidade e diversidade étnica. Os resultados indicam que as principais responsabilidades desses mediadores eram de criar um ambiente convidativo e de confiança, facilitar o envolvimento dos pais na escola, manter os pais informados de tópicos relacionados com a escola e conectar os pais com os recursos necessários. Durante o acompanhamento das atividades, os mediadores foram observados basicamente coordenando as atividades de envolvimento parental, interagindo com os alunos, realizando tarefas diárias de escritório e desempenhando outras atividades (ex.: supervisão da cantina). Para aumentar sua eficiência, os mediadores pediam maior clareza sobre seu trabalho, maior flexibilidade do horário de trabalho e menos tempo gasto em outras tarefas. Em geral, parece que os mediadores investigados nesse trabalho colocam mais ênfase em criar um ambiente convidativo e estabelecer confiança do que foi percebido em outra pesquisa sobre a mesma função em áreas mais privilegiadas.
Palavras-chave: educação urbana, melhoria escolar, escolas.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: Distrito escolar urbano no meio oeste dos EUA (cidade não especificada)
GRUBB, W. Dynamic Inequality and Intervention: Lessons from a Small Country. The Phi Delta Kappan, v. 89, n. 2, p. 105-114, 2007.
http://journals.sagepub.com/doi/abs/10.1177/003172170708900206
Abstract/résumé/resumo: –
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: Finlândia
JACOBSON, Stephen L.; BROOKS, Sharon; GILES, Corrie; JOHNSON, Lauri; YLIMAKI, Rose. Successful Leadership in Three High-Poverty Urban Elementary Schools. Leadership and Policy in Schools, v. 6, n. 4, p. 291-317, Oct., 2007.
This study examined the beliefs and practices of three principals during whose tenure their high-poverty urban elementary schools experienced improved student achievement. A two-stage, multiple case-study methodology was employed. First, New York State Education Department (NYSED) school report card data were analyzed to identify case-study sites. Three high-need elementary schools whose student achievement scores improved after the arrival of the current principal were selected for study. Next, a multiperspective interview protocol was utilized to triangulate the perceptions of the administrators, teachers, members of support staffs, parents, and students at each of the three sites to understand how their respective principal contributed to the school’s success. Findings revealed that all three principals responded to the challenges of their high-poverty communities by establishing safe, nurturing environments for children and adults; setting high expectations for student performance, and holding everyone–students, faculty, staff, parents, and themselves–accountable for meeting those expectations. Although different in personal style, all three set clear directions for the school and then influenced members of the school community to begin moving in that direction, in great measure by modeling the behaviors and practices they desired. The article concludes with recommendations about the preparation and practices of school leaders who serve or aspire to serve in high-need communities.
Este estudo examina as crenças e práticas de três diretoras cujas elementary schools localizadas em áreas urbanas de alto nível de pobreza tiveram melhoria no rendimento estudantil. Uma metodologia de duas etapas de múltiplos estudos de caso foi empregada. Em primeiro lugar, analisamos os dados das escolas no New York State Education Department (NYSED) para identificar os locais a serem estudados. Três elementary schools com alto índice de necessidade (high-need), cujos resultados dos alunos melhoraram depois da chegada de uma nova diretora, foram selecionadas. Em seguida, um protocolo de entrevista de múltiplas perspectivas foi utilizado para triangular as percepções de gestores, professores, membros das equipes de apoio, pais e estudantes em cada um dos locais para entender como as respectivas diretoras contribuíram para o sucesso da escola. Os resultados revelaram que todas as três diretoras responderam aos desafios de comunidades com elevado índice de pobreza, estabelecendo ambientes seguros e convidativos para crianças e adultos; estabelecendo expectativas elevadas para a performance dos alunos e mantendo em todos – alunos, professores, funcionários, pais e elas mesmas – um senso de responsabilidade para alcançar essas expectativas. Apesar de estilos pessoais diferentes, todas as três estabeleceram direções claras para a escola e então influenciaram membros da comunidade escolar para seguir naquela direção, em grande medida ao servirem de exemplo para os comportamentos e práticas que almejavam. O artigo conclui com recomendações sobre a preparação e práticas de líderes escolares que trabalham ou querem trabalhar em comunidades com alto nível de precariedade.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: Estado de Nova York (EUA)
KAMPER, Gerrit. A profile of effective leadership in some South African high-poverty schools. S. Afr. J. Educ., Pretoria, v. 28, n. 1, p. 1-18, Feb., 2008.
https://files.eric.ed.gov/fulltext/EJ1149972.pdf
Abstract/résumé/resumo: The struggle of high-poverty schools for survival is well documented. Some have overcome poverty-related odds and performed exceptionally well, prompting the following research question: What elements constitute a profile of effective leadership in high-poverty schools? Investigations conducted at six successful high-poverty schools revealed the contribution of invitational leadership to this success. I look at the personal traits and capabilities of effective leaders in high-poverty schools, as presented in a leadership profile.
Keywords: invitational leadership, poverty in South Africa, South African high-poverty school.
A luta para sobreviver das escolas com alto índice de pobreza é bem documentada. Algumas superaram as probabilidades relacionadas com a pobreza e trabalham excepcionalmente bem, levando à seguinte pergunta de pesquisa: quais elementos constituem um perfil de liderança eficaz em escolas com alto nível de pobreza? Pesquisas nos conduziram a seis escolas de sucesso com alto nível de pobreza, revelando a contribuição de uma liderança convidativa para seu sucesso. Analisei os traços pessoais e as capacidades de líderes eficazes em escolas muito pobres e apresento um perfil de liderança. Palavras chave: liderança convidativa, pobreza na África do Sul, escolas com alto nível de pobreza sul-africanas.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: África do Sul
LAPAN, Richard; GYSBERS, Norman; STANLEY, Bragg; PIERCE, Margaret. Missouri Professional School Counselors: Ratios Matter, Especially in High-Poverty Schools. Professional School Counseling, v. 16, n. 2, p. 108-116, 2012.
http://journals.sagepub.com/doi/abs/10.1177/2156759X0001600207
Abstract/résumé/resumo: Results link lower student-to-school-counselor ratios to better graduation rates and lower disciplinary incidents across Missouri high schools. An interaction favorable for promoting student success in school was found between increasing percentages of students receiving free or reduced-price lunch and smaller student-to-school-counselor ratios. In high-poverty schools, those schools that met the ASCA criteria of having at least one professional school counselor for every 250 students had better graduation and school attendance rates, and lower disciplinary incidents.
Resultados conectam proporções baixas de aluno por orientador educacional a melhores índices de formatura e menos incidentes disciplinares nas escolas de Ensino Médio do Missouri. Uma interação favorável para promover o sucesso dos alunos na escola foi encontrada entre porcentagens crescentes de alunos que recebem almoço gratuito ou a preço reduzido e menores proporções de aluno por orientador. Em escolas com alto índice de pobreza, as que seguiam os critérios da ASCA de terem pelo menos um orientador escolar para cada 250 alunos tiveram melhores taxas de formatura e de frequência e menos incidentes disciplinares.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: Missouri (EUA)
LEITHWOOD, Kenneth; LOUIS, Karen; ANDERSON, Stephen; WAHLSTROM, Kyla. How Leadership Influences Student Learning. Review of Research. The Wallace Foundation, 2004. (ONG)
Abstract/résumé/resumo: This report by researchers from the Universities of Minnesota and Toronto examines the available evidence and offers educators, policymakers and all citizens interested in promoting successful schools, some answers to these vitally important questions. It is the first in a series of such publications commissioned by The Wallace Foundation that will probe the role of leadership in improving learning. As the first step in a major research project aimed at further building the knowledge base about effective educational leadership, available evidence in response to five questions was reviewed. They are: (1) What effects does successful leadership have on student learning? (2) How should the competing forms of leadership visible in the literature be reconciled? (3) Is there a common set of “basic” leadership practices used by successful leaders in most circumstances? (4) What else, beyond the basics, is required for successful leadership? and (5) How does successful leadership exercise its influence on the learning of students? This review of the evidence suggests that successful leadership can play a highly significant – and frequently underestimated – role in improving student learning. This evidence also supports the present widespread interest in improving leadership as a key to the successful implementation of large-scale reform.
Neste relatório os pesquisadores das universidades de Minnesota e Toronto analisam as evidências disponíveis e oferecem aos educadores, criadores de políticas públicas e demais cidadãos interessados em promover escolas de sucesso algumas respostas para questões extremamente importantes. Esta é a primeira de uma série de publicações encomendadas pela Wallace Foundation que investiga o papel da liderança na melhoria da aprendizagem. Como primeiro passo de um projeto de pesquisa maior que objetiva melhorar o conhecimento de base sobre liderança educacional eficaz, revisaram-se as evidências disponíveis para cinco questões, a saber: 1) Quais os efeitos de uma liderança bem-sucedida na aprendizagem dos estudantes?; 2) Como as diferentes formas de liderança apresentadas na literatura podem se conciliar?; 3) Há um conjunto “básico” de práticas de liderança que são colocadas em uso por líderes de sucesso na maioria das vezes?; 4) O que mais, além do básico, é necessário para uma liderança de sucesso?; e 5) Como uma liderança de sucesso exerce sua influência na aprendizagem dos alunos? Essa revisão de evidências sugere que uma liderança bem-sucedida tem papel muito significativo – e frequentemente subestimado – na melhoria da aprendizagem dos alunos. Isso evidencia e também apoia o interesse atual generalizado na melhoria da liderança como chave para a implementação de uma reforma de grande escala.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: –
LYMAN, L. Women principals leading learning at poverty’s edge. Journal of 128 Women in Educational Leadership, v. 6, n. 3, p. 187-200, 2008.
http://digitalcommons.unl.edu/jwel/63/
Abstract/résumé/resumo: The author profiles two women principals of color who have successfully enhanced student learning in high-poverty schools. In their leadership narratives, the principals address how the complexity of poverty affects their work, how they affirm the worth and dignity of all, how they influence beliefs and attitudes of staff, why they think their schools have been successful in raising student achievement, and their top three recommendations for how school leaders can most effectively improve the education of poor children. The author concludes with the recommendation that we pay attention to what these leaders know.
A autora traça o perfil de duas diretoras de minorias raciais que tiveram sucesso na melhora da aprendizagem dos estudantes em escolas com alto índice de pobreza. Em suas narrativas de liderança, as diretoras falam sobre como a complexidade da pobreza afeta seus trabalhos, como elas afirmam a dignidade e o valor de todos, como elas influenciam as crenças e atitudes da equipe, porque acreditam que suas escolas foram bem-sucedidas em melhorar o desempenho dos alunos e as três principais recomendações de como os líderes escolares podem efetivamente melhorar a educação das crianças pobres. A autora conclui com a recomendação de que devemos prestar atenção nos saberes dessas líderes escolares.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: Illinois (EUA)
Inglês
FANNING, Michael C. P. Developing a Perspective on the Global Achievement Gap: School Leaders as International Collaborators. Educational Leadership and Administration: Teaching and Program Development, v. 19, p. 25-42, Fall, 2007.
https://eric.ed.gov/?id=EJ819948
In recent years American schools and the scholars who study these schools have become focused on bridging the achievement gap. The scholarly literature is most often focused on the discrepancy in achievement in one school, a region, or perhaps one nation. The literature examining the best practices of schools that have bridged this gap occasionally recounts successful strategies; however, the discussion regarding the achievement gap has been nearly silent regarding international law and the obligations all governments have to remove learning inequalities. In addition, the literature rarely discusses the importance of international collaboration. This article introduces all of these topics, with the purpose of encouraging global collaboration between educational leaders and scholars to meet the challenge of providing all children an equitable education in order to close the Global Achievement Gap.
IIZUKA, C.; BARRETT, P.; GILLIES, R.; COOK, C.; MARINOVIC, W. Preliminary evaluation of the friends for life program on students’ and teachers’ emotional states for a school in a low socio-economic status area. Australian Journal of Teacher Education, v. 40, n. 3, p. 1-20, 2015.
https://files.eric.ed.gov/fulltext/EJ1057927.pdf
Abstract/résumé/resumo: The purpose of this study was to examine the impact of the FRIENDS for Life program on students’ and teachers’ emotional outcomes in a school serving a high-poverty population. The focus of the intervention was to train/coach teachers with strategies to develop social and emotional skills for students. A single group, pre/post-test design was used to conduct a preliminary investigation of the intervention to improve participants’ social and emotional outcomes. At the end of the intervention, students who were at risk showed significant decrease in their anxiety levels and teacher’s demonstrated significant improvements on their emotional resilience.
O propósito desse estudo foi o de examinar o impacto do programa FRIENDS for life nos resultados emocionais de alunos e professores em uma escola que atende uma população com alto índice de pobreza. O foco da intervenção foi treinar e aconselhar professores com estratégias de desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais para seus alunos. Um único grupo, por meio de um pré/post-teste, foi tomado para conduzir uma investigação preliminar da intervenção a fim de melhorar os resultados sociais e emocionais dos participantes. No fim da intervenção, os alunos em risco mostraram um nível significativo dos níveis de ansiedade e os professores demonstraram melhoras significativas em sua resiliência emocional.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: Brisbane (Austrália)
LEWIS, Jeffrey L.; KIM, Eunhee. A Desire to Learn: African American Children’s Positive Attitudes toward Learning within School Cultures of Low Expectations. Teachers College Record, v. 110, n. 6, p. 1.304-1.329, 2008.
http://www.tcrecord.org/Content.asp?ContentId=14749
Background: Scholars are bringing much-needed attention to the persistent problem of academic underachievement among African American children in the United States, who continue to lag behind White school children in all socioeconomic groups. This is especially true of impoverished African Americans. Although some link these outcomes to poor student attitudes, recent scholarship casts doubt on the prevalence and significance of the role of adversarial attitudes on school outcomes. In addition, most of the extant research of student attitudes among African American students reflects research with middle school and high school students. We know little about the attitudes of elementary-age African American children living in low-income neighborhoods. Focus of Study: This qualitative study aims to address this gap in our knowledge by examining whether oppositional attitudes toward learning prevail among African American children attending two low-income urban elementary schools in California. We also examine how what African American children say they want in teachers relates to what we document as good teaching. Research Design: This study used a qualitative design that included face-to-face interviews with children, participant observation in the school and after-school labs, and videotape of classroom interactions in after-school sites. We helped establish the after-school sites as pedagogical laboratories designed to examine how less skilled teachers learn to improve their practice and how children learn with an exemplary teacher. Data Analysis: We content-analyzed interview data to examine how children defined and described effective and ineffective teaching. We also used content analysis of participant observations to assess school climate and institutional culture. We developed a code manual to content-analyze videotaped lab data to identify characteristics of the after-school lab that supported positive and productive classroom behaviors in the students. Conclusions: We conclude that low-come urban children do want to learn, regardless of their actual demonstrated ability levels, and they appear to be resilient in this respect. We found that elementary school-age low-income African American children are aware of strengths and deficiencies in their teachers and can name each explicitly. Even within controlling or negative school environments that reflect a pervasive culture of low expectations, they overwhelmingly expressed a desire for teachers who treated them well, helped them learn, and who were fair and caring toward them. Moreover, given the opportunity to work with a teacher who worked with them in ways consistent with what they looked for in good teachers, the children in our study responded with productive classroom behaviors.
NYE, Barbara; KONSTANTOPOULOS, Spyros; HEDGES, Larry V. How Large Are Teacher Effects? Educational Evaluation and Policy Analysis, v. 26, n. 3, p. 237-257, Autumn, 2004.
It is widely accepted that teachers differ in their effectiveness, yet the empirical evidence regarding teacher effectiveness is weak. The existing evidence is mainly drawn from econometric studies that use covariates to attempt to control for selection effects that might bias results. We use data from a four-year experiment in which teachers and students were randomly assigned to classes to estimate teacher effects on student achievement. Teacher effects are estimated as between-teacher (but within school) variance components of achievement status and residualized achievement gains. Our estimates of teacher effects on achievement gains are similar in magnitude to those of previous econometric studies, but we find larger effects on mathematics achievement than on reading achievement. The estimated relation of teacher experience with student achievement gains is substantial, but is statistically significant only for 2nd-grade reading and 3rd-grade mathematics achievement. We also find much larger teacher effect variance in low socioeconomic status (SES) schools than in high SES schools.
SINK, Christopher A.; STROH, Heather R. Raising Achievement Test Scores of Early Elementary School Students Through Comprehensive School Counseling Programs Professional School Counseling, v. 6, n. 5, p. 350-364, June, 2003.
https://www.jstor.org/stable/42732452?seq=1#page_scan_tab_contents
Francês
TREMBLAY, N.; DUMOULIN, C.; GAGNON, M.; COTE, P. (2014). Les défis de la formation initiale des enseignants du primaire en milieu à risque. McGill Journal of Education, v. 49, n. 2, p. 307–328, 2014.
https://www.erudit.org/fr/revues/mje/2014-v49-n2-mje01793/1029422ar.pdf
Les enseignants débutant leur carrière dans les écoles accueillant une forte proportion d’élèves issus des milieux à risque (MR) seraient plus susceptibles d’abandonner la profession. La formation initiale qui leur est offerte ne leur permet possiblement pas de s’adapter au contexte d’enseignement en MR. Grâce à trois entrevues réalisées auprès de 21 futurs enseignants en stage et de leurs 21 enseignants associés, cette recherche a permis d’identifier trois défis de la formation initiale. Ainsi, il serait important pour les futurs enseignants : 1) d’acquérir une compréhension critique de leur cheminement culturel et des limites de ce dernier ; 2) d’intégrer leurs connaissances des particularités des MR dans leurs pratiques ; et 3) de réguler celles-ci au contexte de pauvreté.
Português
DRAGONE SILVEIRA, Adriana; GOUVEIA, Andréa; SCHNEIDER, Gabriela; FERRAZ, Marcos. (2017). O direito à educação dos alunos em situação de pobreza: uma problematização das condições de qualidade com base no perfil dos professores. Em aberto, v. 30, p. 79, 2017.
http://emaberto.inep.gov.br/index.php/emaberto/article/view/3300
A qualidade das escolas do Ensino Fundamental com estudantes beneficiários do Programa Bolsa Família (PBF) é analisada com base no perfil dos professores e mediante o cotejamento dos dados do Censo Escolar de 2015 e do Sistema Presença, que acompanha a condicionalidade de frequência desses estudantes. As desigualdades de atendimento coincidentes entre zona rural, baixo Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), presença de beneficiários do PBF, docentes temporários e/ou não habilitados descortinam os desafios a enfrentar para uma inclusão com qualidade de estudantes pobres. Os dados sobre vínculo empregatício docente e formação revelam que esses não são problemas exclusivos das escolas com estudantes pobres, havendo uma questão intrínseca de insuficiente valorização da profissão docente. Conclui que é inegável que a alocação de professores estáveis e com maior formação não tem sido aleatória, necessitando de políticas específicas que compreendam que o docente tem um papel fundamental para a permanência com aprendizagem de todos os estudantes.
MARIA CLEMENTINO, Ana; ANDRADE OLIVEIRA, Dalila. Novos sujeitos docentes e suas condições de trabalho: uma comparação entre o Programa Escola Integrada e o Projeto Educação em Tempo Integral. Em Aberto, Brasília, v. 30, n. 99, p. 99-113, maio/ago., 2017.
http://emaberto.inep.gov.br/index.php/emaberto/article/view/3333
Na última década no Brasil, observou-se o surgimento de programas de educação em tempo integral impulsionados por mudanças na legislação brasileira com o objetivo de atender crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social e educacional – dentre eles, destaca-se o Programa Mais Educação (PME). Com tais programas, emergiram na escola novos sujeitos docentes com perfis, formações e tarefas distintos daqueles desempenhados tradicionalmente pelos professores. Este artigo traz resultados da pesquisa que buscou, por meio da comparação entre o Programa Escola Integrada (PEI), do município de Belo Horizonte, e o Projeto Educação de Tempo Integral (PROETI), do estado de Minas Gerais, conhecer esses novos sujeitos e suas condições de trabalho e analisar as relações dos referidos programas com as políticas sociais de combate à pobreza. Para tanto, foram realizados estudo da literatura sobre o tema, levantamento documental, observações em escolas, entrevistas e grupos focais com os docentes. Como resultado, verificou-se que, embora os programas tenham se tornado importantes instrumentos de proteção social, sobretudo na percepção dos entrevistados, as escolas operam com muitas dificuldades em implementá-los, principalmente no que se refere a condições de trabalho, infraestrutura disponível e oferta de docentes qualificados.
MEDEIROS, Simone. Iniciativa Educação, Pobreza e Desigualdade Social: concepção e instituição. Em Aberto, v. 30, n. 99, p. 115-128, 2017.
http://emaberto.inep.gov.br/index.php/emaberto/article/view/3305
A concepção e instituição da Iniciativa Educação, Pobreza e Desigualdade Social que, por meio de um curso de especialização ofertado em 15 instituições de ensino superior, articula formação continuada, pesquisa acadêmica e difusão do conhecimento, surgiu a partir de reflexões sobre os resultados obtidos nos dez anos de existência do Programa Bolsa Família. O relato apresentado conclui que as políticas educacionais voltadas para a formação continuada dos profissionais da educação básica, sobretudo aquelas que tratam da relação entre pobreza, desigualdades e educação, precisam ser concebidas com vistas à promoção de aproximações entre as instituições de Ensino Superior, os profissionais da educação básica e os contextos sociais empobrecidos, de modo que superem a formação individual limitante e reduzida à titularização em prol da formação de sujeitos sociais com vistas à transformação social.
A sociologia da educação há muito já evidenciou que o processo de escolarização pode representar um importante contexto institucional de reprodução das desigualdades, mas tem igualmente demonstrado que, em contrapartida, as características internas das instituições podem agravar ou atenuar diferenças de desempenho vinculadas à origem social dos alunos. Com efeito, para aqueles estudantes mais desfavorecidos quanto às condições socioculturais é que os chamados “efeito escola” e “efeito sala de aula” são mais decisivos. Assim, neste eixo agrupam-se trabalhos que buscam, no funcionamento interno da escola e da sala de aula, modalidades de intervenção e/ou características de atuação que possam incidir positivamente na redução das iniquidades educacionais e, de modo especial, na melhoria dos resultados acadêmicos em contextos de alta pobreza. Foram identificados dois grupos principais de trabalhos: os que focalizam o currículo escolar e os que abrangem as interações na escola, enfocando, por exemplo, o clima escolar ou o desenvolvimento de competências socioemocionais dos alunos.
O primeiro grupo de trabalhos diz respeito, sobretudo, a intervenções pedagógicas que visam adequar o currículo às necessidades específicas do público escolar de baixa renda, de modo a prevenir os riscos do fracasso escolar. A maior parte desses estudos se volta, predominantemente, para duas áreas curriculares: matemática e letramento (construção da linguagem, compreensão de textos, leitura interativa e oral etc.). Destacam-se, também, neste grupo, vários textos que tratam da importância da arte para o incremento do aproveitamento escolar, seja por meio do ensino das artes em si mesmo, como favorecedor de habilidades cognitivas e socioemocionais, seja por meio da integração das atividades artísticas ao ensino das diferentes disciplinas (por exemplo, emprego da música para o ensino de frações, da dança ou do teatro para o desenvolvimento da linguagem), ou, ainda, adoção de um currículo interdisciplinar de artes, letramento e matemática.
O segundo grupo abrange uma variedade de estudos que têm em comum o fato de se debruçarem sobre diferentes dimensões dos processos de interação que ocorrem no interior da escola e da sala de aula, avaliando seus efeitos sobre os resultados educacionais. Uma dessas dimensões, abordada em alguns trabalhos, se refere ao “clima escolar”, importante noção que emergiu nas últimas décadas no campo educacional para designar a qualidade do ambiente escolar, incluindo desde seus aspectos físicos até as relações interpessoais, passando pelo regime disciplinar e acadêmico. Outra dimensão também bastante difundida nos últimos anos é explorada em um relatório que dá conta de 25 programas ditos de “aprendizagem social e emocional” (ASE), que visam à melhoria do ambiente escolar e das condições de desenvolvimento infanto-juvenil. Esses programas operam no plano do desenvolvimento, nos alunos, de competências “socioemocionais” (habilidades interpessoais, prevenção ao bullying, processos emocionais em geral). Outros trabalhos, ainda, focalizam dimensões como a gestão da sala de aula, o envolvimento e a participação estudantil na escola, os relacionamentos na sala de aula e na escola em geral.
Sociology of education has long shown that the process of schooling can represent an important institutional context of inequality reproduction. However, it has also revealed that the internal institutional characteristics can aggravate or attenuate performance differences related to students’ social origin. In fact, “school effect” and “classroom effect” are more decisive to those less financially and culturally privileged. Therefore, in this axis we grouped works that search, within the inner workings of school and classroom, types of interventions and/or characteristics of action that can positively influence the decrease of educational inequalities and, especially, improve academic achievement in high poverty contexts. We identified two main groups of works: those focused on school curriculum and those which approach the interactions in school, targeting, for instance, school climate of the development of students’ social emotional competencies.
The first group refers mainly to works on pedagogical interventions that aim to fit the curriculum to the specific needs of students from low-income groups in order to prevent school failure. Most of these works focus, mainly, in two curriculum areas: mathematics and literacy (constructing language, text comprehension, interactive and oral reading, etc.). There are also in this group several texts on the importance of art to increase school achievement,, through the teaching of arts itself, or as a facilitators of cognitive and socioemotional abilities, through the integration of artistic activities in the teaching of different subjects (for instance the use of music to teach fractions, dance or theater to develop language) or yet by adopting an interdisciplinary curriculum of arts, literacy, and mathematics.
The second group comprehends a variety of studies that analyze the different dimensions of the interaction processes that take place within the school and the classroom, evaluating their effects on educational results. One of these dimensions, approached in some works, refers to the “school climate”, an important notion that emerged in the last decades in the educational field referring to the quality of the school environment, from its physical aspects until the interpersonal relationships, passing through the academic and disciplinary standards. Another dimension that was also highly disseminated in the past years is explored in a report that lists 25 programs of “Social and Emotional Learning” (SEL), which aim to improve school climate and the conditions of development of children and youngsters. These programs try to develop in the students social and emotional competences (interpersonal abilities, bullying prevention, general emotional processes). Other works focus on other dimensions such as classroom management, student participation and involvement in school, and relationships in the classroom and the school.
Inglês
ANDERSEN, Ida Gran; ANDERSEN, Simon Calmar. Student-Centered Instruction and Academic Achievement: Linking Mechanisms of Educational Inequality to Schools’ Instructional Strategy. British Journal of Sociology of Education, v. 38, n. 4, p. 533-550, 2017.
https://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/01425692.2015.1093409
Abstract/résumé/resumo: Research in the sociology of education argues that the educational system provides different learning opportunities for students with different socioeconomic backgrounds and that this circumstance makes the educational process an important institutional context for the reproduction of educational inequality. Using combined survey and register data for more than 56,000 students in 825 schools, this article conducts the first empirical test of the argument that instructional strategies which emphasize student responsibility and activity, also referred to as student-centered instruction, increase educational inequality. We analyze whether the impact of student-centered instructional strategies on academic achievement differs for students with different socioeconomic backgrounds. Results suggest that a student-centered instructional strategy has a negative impact on academic achievement in general, and for students with low parental education in particular. Our findings support the argument that the instructional strategy of schools is an important mechanism in generating educational inequality through the stratification of learning opportunities.
Keywords: educational success, inequality of educational opportunity, instructional strategies, student-centered instruction.
Pesquisas em sociologia da educação argumentam que o sistema educacional oferece diferentes oportunidades de aprendizagem para estudantes de diferentes backgrounds socioeconômicos e que essa circunstância faz do processo educacional um importante contexto institucional para a reprodução da desigualdade educacional. Usando dados de survey e de matrícula de mais de 56 mil alunos em 825 escolas, este artigo conduz o primeiro teste empírico do argumento de que as estratégias instrucionais que enfatizam a responsabilidade e atividade do estudante, também chamadas de instrução centrada no aluno, aumentam a desigualdade educacional. Analisamos se o impacto das estratégias de instrução centrada no aluno nos resultados acadêmicos difere dependendo do background socioeconômico dos estudantes. Os resultados sugerem que a estratégia de instrução centrada no aluno tem um impacto negativo no rendimento acadêmico geral e, em especial, para alunos com pais com baixo nível educacional. Nossas descobertas apoiam o argumento de que a estratégia educacional das escolas é um mecanismo importante para gerar desigualdade educacional por meio da estratificação das oportunidades de aprendizagem.
Palavras-chave: sucesso educacional, desigualdade de oportunidades educacionais, estratégias de instrução, instrução centrada no aluno.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: Inglaterra
BALFANZ, Robert; MAC IVER, Douglas J.; BYRNES, Vaughan. The Implementation and Impact of Evidence-Based Mathematics Reforms in High-Poverty Middle Schools: A Multi-Site, Multi-Year Study. Journal for Research in Mathematics Education, v. 37, n. 1, p. 33-64, Jan., 2006. https://www.jstor.org/stable/30035051?seq=1#page_scan_tab_contents
Abstract/résumé/resumo: This article reports on the first 4 years of an effort to develop comprehensive and sustainable mathematics education reforms in high poverty middle schools. In four related analyses, we examine the levels of implementation achieved and impact of the reforms on various measures of achievement in the first 3 schools to implement the Talent Development (TD) Middle School Model’s mathematics program that combines coherent research-based instructional materials from the University of Chicago School Mathematics Project with a multi-tiered teacher support system of sustained professional development and in-class coaching. A moderate level of implementation was achieved. TD students outperformed students from control schools on multiple measures of achievement. The average effect size, A, by the end of middle school was.24.
Este artigo relata os primeiros quatro anos de um esforço para desenvolver reformas abrangentes e sustentáveis da educação matemática em escolas secundárias de alta pobreza. Em quatro análises relacionadas, examinamos os níveis de implementação alcançados e o impacto das reformas em várias medidas de aproveitamento nas três primeiras escolas para implementar o programa de matemática do Modelo de middle school do Programa de Desenvolvimento de Talentos, que combina materiais de instrução coerentes baseados em pesquisa. Projeto de Matemática Escolar da Universidade de Chicago, com um sistema de apoio a professores de vários níveis, de desenvolvimento profissional sustentado e treinamento em sala de aula. Um nível moderado de implementação foi alcançado. Os alunos do TD superaram os alunos das escolas de controle em várias medidas de aproveitamento. O tamanho médio do efeito, A, no final do Ensino Médio foi de 0,24.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: Estados Unidos
BITTER, Catherine; O’DAY, Jennifer; GUBBINS, Paul; SOCIAS, Miguel. What Works to Improve Student Literacy Achievement? An Examination of Instructional Practices in a Balanced Literacy Approach. Journal of Education for Students Placed at Risk, v. 14, n. 1, p. 17-44, Jan., 2009.
https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/10824660802715403
Abstract/résumé/resumo: A core assumption of the San Diego City Schools (SDCS) reform effort was that improved instructional practices, aligned with a balanced literacy approach, would be effective in improving student outcomes. This article explores this hypothesis by presenting findings from an analysis of classroom instruction data collected in 101 classrooms in 9 high-poverty elementary schools. Data were collected using a literacy observation tool adapted from prior research. The study found a prevalent focus on reading comprehension instruction and on students’ active engagement in making meaning from text. Teachers’ use of higher-level questions and discussion about text were substantially higher than that found by a prior study using the same instrument in similar classrooms elsewhere. Hierarchical Linear Modeling analyses of instruction and student outcome data indicate that teacher practices related to the higher-level meaning of text, writing instruction, and strategies for accountable talk were associated with growth in students’ reading comprehension.
A hipótese central do esforço de reforma das San Diego City Schools (SDCS) era de que a melhoria das práticas de ensino, alinhada com uma abordagem equilibrada de letramento, seria eficaz para melhorar os resultados dos alunos. Esse artigo explora essa hipótese ao apresentar os resultados de uma análise dos dados de instrução em sala de aula coletados em 101 turmas de nove elementary schools com alto índice de pobreza. Os dados foram coletados usando uma ferramenta de observação de letramento adaptada de uma pesquisa prévia. O estudo descobriu um foco no ensino de compreensão de texto e no engajamento ativo dos estudantes em darem sentido para o texto. O uso de perguntas de alto nível pelos professores e discussões sobre o texto foram substancialmente maiores do que o encontrado em um estudo anterior usando o mesmo instrumento em salas de aula similares em outro local. As análises de modelagem hierárquicas lineares do ensino e dos dados dos resultados dos alunos indicam que as práticas dos professores relacionadas ao significado mais elevado do texto, ensino de escrita e estratégias de fala/debate (accountable talk) estavam associadas com o aumento da compreensão escrita dos alunos.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: San Diego, EUA.
BODOVSKI, Katerina; NAHUM-SHANI, Inbal; WALSH, Rachael. School Climate and Students’ Early Mathematics Learning: Another Search for Contextual Effects. American Journal of Education, v. 119, n. 2, p. 209-234, Feb., 2013.
https://www.jstor.org/stable/10.1086/667227?seq=1#page_scan_tab_contents
Abstract/résumé/resumo: Using data from the Early Childhood Longitudinal Study –Kindergarten Cohort (ECLS-K) – a large, nationally representative sample of US elementary school students, we employed multilevel analysis to answer the following research questions: (a) Does students’ mathematics achievement growth in grades K–3 vary among schools? (b) To what extent does school academic and disciplinary climate explain variation in mathematics achievement growth among schools? © To what extent do students’ and schools’ demographic characteristics explain this variation? While previous studies have examined the effects of school climate on student achievement in middle school and high school, the present study is focused on the effect of school academic and disciplinary climate on students’ mathematics learning in the first 4 years of schooling—from fall of kindergarten to spring of third grade. We found that students’ mathematics achievement growth varies significantly among schools and that students’ improvement in mathematics achievement over time was higher in schools characterized by a stronger climate, above and beyond students’ and schools’ demographic characteristics.
Usando dados do estudo Early Childhood Longitudinal Study – Kindergarten Cohort (ECLS-K) – uma amostra grande e nacionalmente representativa dos alunos de elementary schools nos EUA, empregamos uma análise multinível para responder às seguintes questões: a) O crescimento no rendimento de matemática na pré-escola varia entre as escolas?; b) Até que ponto o clima acadêmico e disciplinar da escola podem explicar as variações no crescimento do rendimento em matemática entre as escolas?; c) Até que ponto as características demográficas das escolas e dos alunos podem explicar essa variação? Enquanto trabalhos anteriores analisaram os efeitos do clima escolar no rendimento dos alunos no middle school e no Ensino Médio, o presente estudo foca no efeito do clima escolar e disciplinar na aprendizagem em matemática nos primeiros quatro anos de escolarização – do outono da pré-escola até o verão do 3º ano. Descobrimos que a melhoria do rendimento em matemática ao longo do tempo é maior em escolas caracterizadas por um clima escolar forte, mais do que as características demográficas dos alunos e das escolas.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: Estados Unidos
CUNNINGTON, Marisol; KANTROWITZ, Andrea; HARNETT, Susanne; HILL-RIES, Aline. Cultivating Common Ground: Integrating Standards-Based Visual Arts, Math and Literacy in High-Poverty Urban Classrooms. Journal for Learning through the Arts, v. 10, n. 1, 2014.
https://files.eric.ed.gov/fulltext/EJ1050589.pdf
Abstract/résumé/resumo: The “Framing Student Success: Connecting Rigorous Visual Arts, Math and Literacy Learning” experimental demonstration project was designed to develop and test an instructional program integrating high-quality, standards-based instruction in the visual arts, math, and literacy. Developed and implemented by arts-in-education organization Studio in a School (STUDIO), in partnership with the New York City Department of Education, the “Framing Student Success” curriculum was designed by experienced professional artist instructors collaborating with school-based visual arts, math, and literacy specialists and classroom teachers. “The Framing Student Success” curriculum units were designed to make explicit connections between subjects (visual arts and ELA or math), while maintaining the integrity, depth and rigor of instruction in both subject areas. While students were receiving arts-integrated instruction during each of the twelve six-week units, classroom teachers and arts specialists were receiving embedded professional development. Regular cross-site professional development was also provided for teachers, specialists, and school administrators. As a randomized control trial study, the three-year “Framing Student Success” study provides robust evidence of the potential impacts of an interdisciplinary, arts-integrated curriculum for students growing up in poverty. The mixed-method study assessed the effects of staff professional development and standards-based arts-integrated instruction in three urban, high poverty elementary schools. Results indicate that rigorous interdisciplinary instruction that links visual arts, literacy, and math skills, and supports cognitive skill development, can increase students’ literacy and math learning while nurturing their art making skills and enhancing their ability to meaningfully reflect on their own work and that of their peers. Qualitative findings suggest that interdisciplinary educator collaborations were critical to project success, and highlight the project’s successful engagement of lower-performing students and students with disabilities. Survey and focus group results suggest that training can build the capacities of teachers, arts specialists, and administrators to implement an interdisciplinary curriculum, providing educators with additional tools to teach engaging, Common Core aligned lessons addressing academic and cognitive competencies.
O programa experimental Framing Student Success: Connecting Rigorous Visual Arts, Math and Literacy Learning foi desenhado para desenvolver e testar um programa de ensino que integre um ensino de alta qualidade baseado em padrões, em artes visuais, matemática e letramento. Desenvolvido e implementado pela organização de arte em educação Studio in a School (STUDIO) em parceria com a Secretaria de Educação da cidade de Nova York, o currículo Framing Student Success foi desenvolvido por experientes instrutores artistas profissionais em colaboração com os professores titulares das turmas, os professores de artes visuais, matemática e especialistas em letramento. As unidades do currículo Framing Student Success foram desenhadas para explicitar as conexões entre as disciplinas (artes visuais e linguagem ou matemática), mas mantendo a integridade, profundidade e o rigor de ensino em ambas as disciplinas. Enquanto os alunos recebiam o ensino integrado às artes, durante cada uma das 12 unidades de seis semanas de duração, os professores titulares e os especialistas em artes passavam por um desenvolvimento profissional embutido. O desenvolvimento profissional regular também foi oferecido para os demais professores, especialistas e administradores escolares. Sendo um estudo randômico controlado, o estudo de três anos Framing Student Success oferece evidências robustas dos impactos em potencial que um currículo interdisciplinar com integração de artes pode oferecer para alunos que vivem em locais pobres. O estudo, com diferentes métodos, avaliou os efeitos do desenvolvimento profissional da equipe e do ensino baseado em padrões de artes integradas, e foi realizado em três escolas de Ensino Fundamental urbanas e com alto índice de pobreza. Os resultados indicam que um ensino interdisciplinar rigoroso que ligue artes visuais, letramento, habilidades matemáticas e que apoie o desenvolvimento de habilidades cognitivas pode aumentar o letramento e a aprendizagem matemática dos alunos, enquanto nutre suas habilidades artísticas e aumenta suas habilidades de reflexão sobre seus próprios trabalhos e de seus colegas. Os resultados qualitativos sugerem que as colaborações interdisciplinares dos educadores foram críticas para o sucesso do projeto e enfatizam o engajamento bem-sucedido de alunos com baixo desempenho e com necessidades especiais. Os resultados de uma survey e de um grupo focal sugerem que o treinamento pode construir capacidades nos professores, especialistas em artes e administradores, a fim de implementar um currículo interdisciplinar, dar aos educadores as ferramentas adicionais necessárias para ensinar de forma envolvente as aulas base lidando com competências acadêmicas e cognitivas.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: Nova Yrok (EUA)
FARBMAN, D.; WOLF, D. P.; SHERLOCK, D. Advancing arts education through an expanded school day: Lessons from five schools. National Center on Time & Learning, 1-66, June, 2013. (ONG)
Abstract/résumé/resumo: At a time when analysts describe arts education provision as typically being spotty, casual and brief, this report profiles five schools that are strengthening access to arts education as part of a strategy to expand the school day. The report finds that educators at the schools considered arts to be central to their mission, organized the school day to support arts instruction, and saw the arts as improving student engagement.
Em um momento no qual os analistas descrevem o ensino de educação em artes como tipicamente irregular, casual e curto, esse relatório traça o perfil de cinco escolas que estão fortalecendo o acesso à educação em artes como parte de uma estratégia para expandir o dia escolar. Este relatório descobriu que os educadores nas escolas consideram as artes como sendo central em suas missões, organizando o dia escolar para apoiar o ensino de artes e vendo as artes como uma forma de melhorar o engajamento dos alunos.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: Escolas em Massachusetts, Califórnia, Colorado e Rhode Island (EUA)
FREIBERG, H. Jerome; HUZINEC, Chris A.; TEMPLETON, Stacey M. Classroom Management – a Pathway to Student Achievement: A Study of Fourteen Inner‐City Elementary Schools. The Elementary School Journal, v. 110, n. 1, p. 63-80, Sept., 2009.
https://www.jstor.org/stable/10.1086/598843
Abstract/résumé/resumo: This article examines the achievement effects of a prosocial classroom and instructional management program – Consistency Management & Cooperative Discipline (CMCD) – implemented at 14 elementary schools in a single geographic feeder pattern of a large, urban school district. State reading and mathematics achievement data were collected over 2 years for a stratified, random sample of 350 upper elementary students and their matched cohort. Using an archival post‐hoc quasi‐experimental design, test data were collected prior to start‐up and upon program completion, enabling a continuous view of achievement from both groups. Students in CMCD schools outperformed control students. In mathematics, on average, CMCD students ranked at the 67th percentile, while control students ranked at the 50th percentile. In reading, on average, CMCD students ranked at the 64th percentile, while control students ranked at the 50th percentile. These findings are consistent with other studies of CMCD. As the classroom management program does not provide an academic curriculum, findings suggest that other alterable and additive educational variables that improve learning conditions should be examined further.
Este artigo analisa os efeitos no rendimento de um programa de sala de aula pró-social e de gerenciamento de instrução – Consistency Management & Cooperative Discipline (CMCD – Gerenciamento consistente e disciplina cooperativa) – implementado em 14 elementary schools em uma única região geográfica de um distrito escolar grande e urbano. Dados do estado em rendimento em leitura e matemática foram coletados durante dois anos para uma amostra randômica e estratificada de 350 alunos do upper elementary (9-12 anos) e suas coortes correspondentes. Usando um desenho post-hoc quase experimental, dados de teste foram coletados antes do começo e após o programa, permitindo uma visão contínua do rendimento de ambos os grupos. Os estudantes de escolas CMCD tiveram melhor desempenho do que os do grupo controle. Em matemática, em média, os alunos CMCD estavam no 67º percentil, enquanto os do grupo controle estavam no 50º. Em leitura, na média, os alunos CMCD se posicionaram no 64º percentil e os do grupo controle, no 50º. Esses resultados são consistentes com outros estudos do CMCD. Como o programa de gerenciamento de sala de aula não fornece um currículo acadêmico, os resultados sugerem que outras variáveis alteráveis e adicionais que podem melhorar as condições de aprendizagem devem ser mais bem analisadas.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: Texas (EUA)
JONES, S.; BRUSH, K.; BAILEY, R.; BRION-MEISELS, G.; MCINTYRE, J.; KAHN, J.; NELSON, B.; STICKLE, L. Navigating SEL from the inside out: Looking inside & across 25 leading SEL programs – A practical resource for schools and OST providers. Cambridge, MA: Harvard Graduate School of Education, 2017. (ONG)
Abstract/résumé/resumo: This in-depth guide to 25 evidence-based programs—aimed at elementary schools and out-of-school-time (OST) providers—offers information about curricular content and programmatic features that practitioners can use to make informed choices about their Social and Emotional Learning (SEL) efforts. The guide allows practitioners to compare curricula and methods across top SEL programs. It also explains how programs can be adapted from schools to out-of-school-time settings, such as afterschool and summer programs.
Este guia aprofundado de 25 programas baseados em evidências – direcionados para escolas de Ensino Fundamental e programas extraescolares – oferece informações sobre o conteúdo curricular e características programáticas que podem ser usadas para tomar decisões informadas sobre os esforços em Social and Emotional Learning (SEL – Aprendizagem Social e Emocional). Este guia permite a comparação de currículos e métodos dos mais importantes programas de SEL. Ele também explica como os programas podem ser adaptados para contextos escolares e paraescolares, tais como programas de verão ou extraescolares.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: Estados Unidos
LUDWIG, M., BOYLE, A., LINDSAY, J. Review of evidence: Arts integration research through the lens of Every Students Succeeds Act. Washington, DC: American Institutes for Research, 2017. (ONG)
Abstract/résumé/resumo: The Every Student Succeeds Act of 2015 (ESSA) is a sweeping, 391-page law that transforms the federal government’s role in public education. It introduces several new funding streams that states and districts can use to improve schools, including 12 that could be used to support arts integration. But in order to access those funding streams, education agencies must cite evidence demonstrating that the efforts they propose can, in fact, improve student achievement. This literature review explores research available on arts integration activities and finds 44 that could qualify for ESSA funding (10 studies met Tier I-III evidence standards for strong, moderate or promising evidence, while 34 met the Tier IV standard for having a research-based rationale). Interventions include those that use music to teach students fractions, drama to help improve vocabulary and dance to teach kindergarteners to read. Several activities common in such efforts can qualify for ESSA funding, the report suggests. They include professional development for teachers, support for English learners, arts integration courses, procurement of instructional materials and broader school-improvement efforts. Results of such efforts vary widely, the authors write. On average, researchers find modest but statistically significant improvements in student achievement, suggesting that arts integration could move the average student from the 50th to the 54th percentile. This increase, the authors suggest, “put the average effect of arts integration interventions at the 30th percentile among the interventions in mathematics, reading and science reviewed by the What Works Clearinghouse.” While some arts integration efforts may be eligible for ESSA funding, educators must carefully select the interventions they propose. There are no ESSA funds earmarked for arts integration, the report warns, so applicants must clearly explain how their proposed arts-integration interventions relate to their broader goals for their schools. The findings of this literature review are not exhaustive. The authors point to a number of aspects of arts integration that require further study, especially its effects on achievement in specific subjects or among specific student groups. This report is one of several products Wallace has commissioned or prepared to help educators make sense of ESSA’s evidence requirements.
A Every Student Succeeds Act of 2015 (ESSA) é uma enorme lei de 391 páginas que transforma o papel do governo federal na educação pública. Ela introduz várias fontes de financiamento que os estados e distritos podem usar para melhorar as escolas, incluindo 12 que podem ser usadas para apoiar a integração das artes. Contudo, para ter acesso a essas fontes de financiamento, as agências de educação devem mostrar evidências que demonstrem que os esforços aos quais se propõem podem, de fato, melhorar o rendimento estudantil. Essa revisão de literatura explora as pesquisas disponíveis sobre atividades de integração de artes e descobre 44 que poderiam se qualificar para receber fundos ESSA (estudos atingem o Patamar I-III de padrão de evidências, indicando evidências fortes, moderadas ou promissoras, enquanto 44 se qualificam para o Patamar IV por ter racionalização baseada em pesquisa). As intervenções incluem aquelas que usam música para ensinar frações aos alunos, teatro para melhorar o vocabulário e dança para ensinar os alunos do jardim de infância a ler. Muitas atividades comuns nesses tipos de esforços se qualificariam para os fundos ESSA, de acordo com este trabalho. Entre eles, inclui-se desenvolvimento profissional de professores, apoio para aprendizes do inglês, cursos de integração de artes, aquisição de materiais de ensino e melhorarias gerais na escola. Os resultados de tais esforços podem variar muito de acordo com os autores. Em média, as pesquisas encontram melhorias modestas, mas estatisticamente significantes, no desempenho dos alunos, sugerindo que a integração das artes pode deslocar o aluno do 50º para o 54º percentil. Esse aumento, sugerem os autores, “colocaria o efeito das intervenções de integração de artes no 30º percentil entre as intervenções em matemática, leitura e ciências revisadas pela What Works Clearinghouse.” Se alguns esforços de integração de artes podem ser elegíveis para financiamento ESSA, os educadores devem ser cautelosos aos escolher as intervenções propostas. Não há fundos ESSA reservados para integração em artes, adverte o relatório, sendo assim, os candidatos devem explicar claramente como as intervenções de arte-integração propostas se relacionam com os objetivos mais amplos das escolas. Os resultados dessa revisão de literatura não são definitivos. Os autores apontam uma série de aspectos de integração de artes que necessitam de mais estudos, em especial seus efeitos no desempenho em disciplinas específicas ou entre grupos específicos de alunos. Esse relatório é um dos vários produtos que a Fundação Wallace encomendou ou preparou para ajudar os educadores a compreender os requisitos de evidência demandados pela ESSA.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: Estados Unidos
MCCLUSKEY, G. Closing the attainment gap in Scottish schools: Three challenges in an unequal society. Education, Citizenship and Social Justice, v. 12, n. 1, p. 24-35, 2017.
http://journals.sagepub.com/doi/abs/10.1177/1746197916683468
Abstract/résumé/resumo: Scotland’s First Minister Nicola Sturgeon has recently said, ‘Improving school attainment is arguably the single most important objective in this programme for Government’ (Parliamentary address, 1 September 2015). Scotland’s levels of academic attainment have become an increasing focus for debate amid continuing concerns that children living in the most deprived areas in Scotland are ‘6 to 13 months behind their peers in problem-solving at age 5; 11 to 18 months behind their peers in expressive vocabulary at age 5; and around two years of schooling behind their peers at age 15’. The link between educational disadvantage and low levels of attainment is well documented in many countries, but particularly troubling in the United Kingdom, where overall levels of inequality are greater than in many other Organisation for Economic Co-operation and Development countries, including Sweden. This article draws on recent research in three fields of interest, namely student participation, home–school relationships and relationships within school, to explore the challenges for education in improving overall attainment. It considers how these fields of interest connect with each other and with issues of inequality and, finally, argues that they each have the potential to offer a new set of ‘guidewires’ for tackling this challenge.
Keywords: attainment gap, behaviour, relationships, inequalities, parental involvement, pupil participation.
A primeira-ministra da Escócia, Nicola Sturgeon, recentemente declarou que “melhorar o nível de escolaridade é, sem dúvida, o mais importante objetivo desse programa para o governo” (Discurso no Parlamento, 1 de setembro de 2015). Os níveis de escolaridade na Escócia têm se tornado um foco crescente de debate em meio a preocupações contínuas de que as crianças que vivem nas áreas mais carentes da Escócia estão 6 a 13 meses atrás dos seus pares em resolução de problemas quando têm 5 anos; de 11 a 18 meses de atraso frente a seus pares em vocabulário expressivo na mesma idade; e cerca de dois anos de escolaridade atrás de seus pares quando têm 15 anos. A ligação entre desvantagem educacional e baixos níveis de escolaridade é bem documentada em vários países, mas particularmente problemática no Reino Unido, onde os níveis gerais de desigualdade são maiores do que em vários outros países da OCDE, incluindo a Suécia. Esse artigo parte de uma pesquisa recente em três campos de interesse, a saber, participação estudantil, relação casa-escola e relação dentro da escola, para explorar os desafios para a educação a fim de aumentar o nível geral. O trabalho considera como esses campos de interesses se conectam uns aos outros e com questões de desigualdade e, por fim, argumenta que cada um desses pontos tem o potencial de oferecer uma nova série de “fios condutores” para atacar esse desafio.
Palavras-chave: gap de nível escolar, comportamento, relacionamentos, desigualdades, envolvimento parental, participação estudantil.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: Escócia
MCDONALD, Aaron J.; ROSS, Steven M.; BOL, Linda; MCSPARRIN-GALLAGHER, Brenda. Charter Schools as a Vehicle for Education Reform: Implementation and Outcomes at Three Inner-City Sites. Journal of Education for Students Placed at Risk, v. 12, n. 3, p. 271-300, Oct., 2007.
https://pdfs.semanticscholar.org/5f4a/97713cf464b080b69a863100d6c4da9b3b1c.pdf
Abstract/résumé/resumo: This study examined the impact of 3 2nd-year charter schools (1 elementary, 1 middle, and 1 high school) on student achievement, school climate, and pedagogy. All schools served predominantly African American students in an inner-city district. Using a matched treatment-control student analytical design, charter school enrollees were individually matched to highly comparable control students of the same ethnicity, poverty level, gender, and ability. Qualitative and descriptive analyses showed reasonable to good progress in program implementation, very strong school climate, positive teacher and parent perceptions, largely traditional but academically-focused teaching, and positive student achievement on state-mandated tests (p less than 0.05 on 12 out of 18 school x cohort x subtest comparisons). Interpretations of results stress the likely implications of teacher and family choice for effective implementation of the charter schools’ academic and organizational programs.
Este estudo examina o impacto de três escolas charter com dois anos de fundação (uma elementary school, uma middle school e uma de Ensino Médio) no rendimento estudantil, clima escolar e pedagogia. Todas as escolas atendem majoritariamente alunos negros em um distrito urbano. Usando o desenho analítico que combinava alunos do grupo de tratamento e de controle, os estudantes das escolas charter foram individualmente combinados com alunos do grupo controle altamente comparáveis quanto a etnia, nível de pobreza, gênero e habilidade. As análises qualitativas e descritivas mostraram um progresso razoável na implementação do programa, clima escolar muito forte, percepções positivas de pais e professores, ensino amplamente tradicional focado no acadêmico e rendimento estudantil positivo nos testes aplicados pelo estado (p menor do que 0,05 em 12 das 18 escolas x coorte x comparações de subtestes). As interpretações dos resultados enfatizam as possíveis implicações das escolhas das famílias e dos professores na implementação efetiva dos programas acadêmicos e organizacionais das escolas charter.
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: três escolas em áreas urbanas nos EUA
POGROW, Stanley. Restructuring High-Poverty Elementary Schools for Success: A Description of the Hi-Perform School Design. Phi Delta Kappan, v. 88, n. 3, p. 223-229, Nov., 2006.
http://www.pdkmembers.org/members_online/publications/Archive/pdf/k0611pog.pdf
Abstract/résumé/resumo: In this second of a two-part series, the author outlines the basic structure of the kind of school that will help the children of poverty gain ground and so reduce the learning gap. In an attempt to establish far more effective high-poverty schools, the author proposes one approach, which is the Hi-Perform School redesign for high-poverty elementary schools. In this article, he describes the Hi-Perform School design and discusses three interventions he incorporated into the design namely, (1) Modularized Continuous Progress; (2) Participation in dramatic and musical productions; and (3) Thinking-skill-development sequence anchored by the Higher Order Thinking Skills (HOTS).
Nesta segunda e última parte da série, o autor dá os contornos da estrutura básica do tipo de escola que pode ajudar as crianças pobres a ganhar terreno e, assim, reduzir o gap de aprendizagem. Em uma tentativa de estabelecer escolas muito mais efetivas em meios de alta pobreza, o autor propõe uma abordagem, o redesenho Hi-Perform School para elementary schools de alta pobreza. Neste artigo, ele descreve o desenho da escola Hi-Perform e discute três intervenções incorporadas no desenho, a saber, 1) Progresso contínuo modularizado; 2) Participação em produções de teatro e musicais; e 3) Sequência de desenvolvimento de habilidades de pensamento ancorada nas Habilidades de Pensamento de Alto Nível (Higher Order Thinking Skills – HOTS).
Field of research/terrain de recherche/local da pesquisa: –
Inglês
BRANDT, Ron. The Case for Diversified Schooling. Educational Leadership, v. 59, n. 7, p. 12-19, Apr., 2002.
Parents hold strong and diverse views about the methods and goals of education. Instead of imposing a “one option for all” system, public schools should respect these differences by combining intentional diversification with meaningful parent choice. The board of education in my community of Fairfax County, Virginia, was divided over whether to adopt mathematics textbooks recommended by the district selection committee. The committee’s first choice was the Everyday Mathematics program, which aligns with the state curriculum standards and emphasizes active learning, understanding, and the language of mathematics. Opponents – including some teachers, parents, and board members – preferred the Saxon textbook series, with its more traditional approach. The selection committee had endorsed two other textbook series as options that each of the district’s 132 schools could choose instead of Everyday Mathematics, but did not recommend Saxon as an option. The question was, How much disparity should the school district permit? Everyday Mathematics is the product of almost 20 years of research and development by a highly qualified team of educators at the University of Chicago, with support from the National Science Foundation, and is in accord with the platform of the National Council of Teachers of Mathematics. I think it’s an excellent program – but some people, including some professional mathematicians, do not.
CARLSON, Deven; BORMAN, Geoffrey D.; ROBINSON, Michelle. A Multistate District-Level Cluster Randomized Trial of the Impact of Data-Driven Reform on Reading and Mathematics Achievement. Educational Evaluation and Policy Analysis, v. 33, n. 3, p. 378-398, Sept., 2011.
http://journals.sagepub.com/doi/abs/10.3102/0162373711412765
Analyzing mathematics and reading achievement outcomes from a district-level random assignment study fielded in over 500 schools within 59 school districts and seven states, the authors estimate the 1-year impacts of a data-driven reform initiative implemented by the Johns Hopkins Center for Data-Driven Reform in Education (CDDRE). CDDRE consultants work with districts to implement quarterly student benchmark assessments and provide district and school leaders with extensive training on interpreting and using the data to guide reform. Relative to a control condition, in which districts operated as usual without CDDRE services, the data-driven reform initiative caused statistically significant districtwide improvements in student mathematics achievement. The CDDRE intervention also had a positive effect on reading achievement, but the estimates fell short of conventional levels of statistical significance.
Keywords: distance education, community college, propensity score, multilevel design.
DURU-BELLAT, Marie. Social Inequalities in the French Education System: The Joint Effect of Individual and Contextual Factors. Journal of Education Policy, v. 15, n. 1, p. 33-40, Jan.-Feb., 2000.
https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/026809300285999
This paper presents a synthetic picture of social inequalities in pupils’ scholastic careers in France. Individual factors such as socio-economic background remain important for both academic results from the beginning of schooling on and option and streaming choices at the secondary level. Moreover, families have unequal resources to manage their children’s schooling careers in a system which is becoming more complex and decentralized. This means that contextual factors are also very important. Decentralization has in fact increased the importance of choice of schooling context: the class or the school attended does make a difference and this has the effect of widening social gaps in academic results and socialization. The present trend towards more autonomous schools fosters inequalities resulting from contextual factors but inequalities are also produced by the downgrading of degrees resulting from the fact that employers are requiring ever-higher degrees in a period of job shortage.
HOY, Wayne K.; TARTER, C. John; HOY, Anita Woolfolk. Academic Optimism of Schools: A Force for Student Achievement. American Educational Research Journal, v. 43, n. 3, p. 425-446, Autumn, 2006.
https://www.jstor.org/stable/4121765?seq=1#page_scan_tab_contents
Researchers have been challenged to go beyond socioeconomic status in the search for school-level characteristics that make a difference in student achievement. The purpose of the present study was to identify a new construct, academic optimism, and then use it to explain student achievement while controlling for socioeconomic status, previous achievement, and urbanicity. The study focused on a diverse sample of 96 high schools. A random sample of teachers from each school provided data on the school’s academic optimism, and student achievement scores and demographic characteristics were obtained from the state department of education. A confirmatory factor analysis and hypothesis tests were conducted simultaneously via structural equation modeling. As predicted, academic optimism made a significant contribution to student achievement after controlling for demographic variables and previous achievement. The findings support the critical nature of academic optimism.
LAVRIJSEN, Jeroen; NICAISE, Ides. Educational Tracking, Inequality and Performance: New Evidence from a Differences-in-Differences Technique. Research in Comparative and International Education, v. 11, n. 3, p. 334-349, Sept., 2016.
http://journals.sagepub.com/doi/abs/10.1177/1745499916664818
One of the important differences between educational systems from different countries is the age at which students are placed into separate tracks. We examined the effects of the age at which tracking occurred on student achievement in a comparative perspective, making use of recent waves of three internationally standardized student assessments (PISA, TIMSS, and PIRLS). In order to control for unobserved national heterogeneity, we adopted a differences-in-differences approach, in which we controlled secondary school results for differences already present in primary school (i.e. before the introduction of tracking). The results indicate that early tracking has a negative effect on mean performance of students, particularly in the domain of literacy. Moreover, by separating out groups with different abilities, it is shown that early tracking has a very strong negative effect on low achieving students, suggesting that disadvantageous peer- and environmental effects in the lower tracks may have detrimental consequences on students’ academic achievements. By contrast, a null effect on the group of top achieving students was found, suggesting that comprehensive systems can equally challenge high performers to learn at a high pace.
MOLLER, Stephanie; STEARNS, Elizabeth; MICKELSON, Roslyn Arlin; BOTTIA, Martha Cecilia; BANERJEE, Neena. Is Academic Engagement the Panacea for Achievement in Mathematics across Racial/Ethnic Groups? Assessing the Role of Teacher Culture. Social Forces, v. 92, n. 4, p. 1.513-1.544, June, 2014.
https://muse.jhu.edu/article/546225/summary
Student engagement with school symbolizes efforts toward learning and is one of the strongest predictors of academic success. However, returns to engagement vary across racial and ethnic groups. Scholars have established that human agency is constrained by organizational environments, but they have not adequately assessed whether the advantages associated with engagement and the disadvantages associated with disengagement accrue evenly to groups of students depending on the educational environment. Using ECLS-K data, we examine how one aspect of schools’ organizational culture – Collective Pedagogical Teacher Culture – moderates the relationship between engagement and mathematics achievement for students of different racial/ethnic groups in elementary school. Our study suggests that exhibiting the attributes that are valued in American society, i.e., academic engagement or, more abstractly, a strong ethic toward working academically, is not sufficient for the mathematics achievement of many students—especially minority youth. Students must study in environments that nourish and capitalize upon those attributes so that diverse students can enhance their academic trajectories. Teachers are critical for student learning, and when teachers perceive the presence of Collective Pedagogical Teacher Cultures, returns to student engagement are higher.
PARSONS, Eric. Does Attending a Low-Achieving School Affect High-Performing Student Outcomes? Teachers College Record, v. 118, n. 8, 2016.
https://pdfs.semanticscholar.org/ec27/a5d599d4b2e6556c45869d8fb4359e836f7f.pdf
Background: Ability tracking in K-12 education has been the subject of much research over the past decades, with proponents arguing that it allows for better instructional targeting and opponents countering that it has the potential to increase inequality. Despite the large volume of research on the topic, however, there is little consensus on the actual impact of ability tracking on student outcomes. Objective/Focus of Study: This article expands on the tracking literature by exploring the impacts on high-achieving students of a type of tracking that has previously been ignored in research–de facto tracking that occurs at the school-level as the result of residential segregation and other factors. High-achieving students represent an important population that may be particularly affected by this type of tracking. To explore whether attending a low-achieving school impacts high-achieving students, two primary outcomes are examined–middle school standardized exam performance and the grade in which high-achieving students take Algebra I. Research Design: I employ a secondary analysis of data taken from the Missouri Department of Elementary and Secondary Education’s statewide longitudinal data system, following a cohort of 6,151 initially high-performing Missouri students from the time of their first statewide standardized exam (grade 3) through their entry into high school (grade 9). The research design incorporates regression analysis using a rich set of student and school control variables and value-added modeling methods. Findings: Two key findings emerge from the analysis. First, attending a low-achieving school does not affect the standardized exam performance of initially high-performing students once school quality (as measured by value-added) is accounted for. Second, high-performing students who attend low-achieving schools are more likely to take Algebra I later relative to their counterparts who attend higher-achieving schools. Conclusions/Recommendations: Since de facto school-level tracking appears to have little effect on test scores through grade 8, policy at the elementary level should focus on improving overall school quality, rather than issues of student placement in schools. However, as high performers move into the middle and upper grades, transfer and distance learning policies that encourage high-performing students in low-achieving schools to take more academically-advanced coursework should be considered. Interventions of this nature have the potential to produce substantial benefits in terms of college readiness.
REIS, Sally M.; MCCOACH, D. Betsy; LITTLE, Catherine A.; MULLER, Lisa M.; KANISKAN, R. Burcu. The Effects of Differentiated Instruction and Enrichment Pedagogy on Reading Achievement in Five Elementary Schools. American Educational Research Journal, v. 48, n. 2, p. 462-501, Apr., 2011.
https://www.jstor.org/stable/27975296?seq=1#page_scan_tab_contents
This experimental study examined the effect of a differentiated, enriched reading program on students’ oral reading fluency and comprehension using the schoolwide enrichment model – reading (SEM-R). Treatment and control conditions were randomly assigned to 63 teachers and 1,192 second through fifth grade students across five elementary schools. Using multilevel modeling, significant differences favoring the SEM-R were found in reading fluency in two schools (Cohen’s d effect sizes of .33 and .10) and in reading comprehension in the high-poverty urban school (Cohen’s d = .27), with no achievement differences in the remaining schools. These results demonstrate that an enrichment reading approach, with differentiated instruction and less whole group instruction, was as effective as or more effective than a traditional whole group basal approach.
SKINDRUD, Karl; GERSTEN, Russell. An Evaluation of Two Contrasting Approaches for Improving Reading Achievement in a Large Urban District. The Elementary School Journal, v. 106, n. 5, p. 389-408, May, 2006.
https://www.jstor.org/stable/10.1086/505437?seq=1#page_scan_tab_contents
This independent evaluation of 2 commonly used approaches for accelerating reading achievement and reducing inappropriate special education referrals, Success for All (SFA) and Open Court, was conducted in 12 Title I schools in a large urban district in northern California. To compare the effects of these approaches, we collected data on 936 grade 2 and 3 students over 2 years and 5,694 K through 6 students over 3 years to determine academic and special education enrollment outcomes, respectively. Results supported the prediction that students who used Open Court would outperform those who used SFA on mean SAT9 scores in reading and language but not the prediction that SFA would help students in the bottom quartile of SAT9 score higher or reduce demand for special education services more than Open Court. Neither Open Court nor SFA was associated with reductions in special education enrollment rates, except in Title I schools with the least poverty. A follow-up survey of 17 teachers and an analysis of lesson pacing plans suggested why the teachers saw Open Court as superior on academic outcomes and SFA on social outcomes.
SLAVIN, Robert E.; MADDEN, Nancy A. Success for All at 27: New Developments in Whole-School Reform. Journal of Education for Students Placed at Risk, v. 18, n. 3-4, p. 169-176, 2013.
https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/10824669.2013.862095
This article presents recent developments in Success for All, a whole-school reform approach for high-poverty schools. These include incorporation of Common Core standards, technology-enhanced methods for teaching and tutoring, and extensive use of video for students and teachers. The strong evidence base and success at scale give the program additional importance in policy.
Francês
CHOUINARD, Roch et al. “Les devoirs, corvée inutile ou élément essentiel de la réussite scolaire ?.” Revue des sciences de l’éducation, v. 32, n. 2, p. 307-324, 2006. https://www.erudit.org/fr/revues/rse/2006-v32-n2-rse1456/014410ar.pdf
Les auteurs s’intéressent aux écrits scientifiques portant sur les devoirs. La recension effectuée montre que les devoirs constituent une pratique pédago-gique diversifiée et controversée, dont la popularité est cyclique. Par ailleurs, alors que la majorité des études se sont intéressées à l’impact des devoirs sur le rende-ment scolaire, d’autres ont plutôt examiné la question dans la perspective de la motivation des élèves, du développement des habiletés cognitives ou des relations parents-enfant. Dans l’ensemble, même si les devoirs paraissent être une pratique pédagogique bénéfique, les résultats de recherche sont plutôt inconsistants et montrent bien la complexité de la question. Des pistes d’intervention sont suggérées aux éducateurs.
Português
MORGADO, José Carlos. Democratizar a escola através do currículo: em busca de uma nova utopia…. Ensaio: Aval. Pol. Públ. Educ. [online], v. 21, n. 80, p. 433-448, 2013.
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-40362013000300003&script=sci_abstract
Partindo da ideia de que é muito difícil construir uma escola inclusiva no seio de uma sociedade de progresso e abundância, mas onde pululam desigualdades, se acentua a precarização da juventude e proliferam casos de exclusão, importa questionar até que ponto a escola, conjugando o melhor do passado com as mudanças do presente e os avanços do futuro, poderá contribuir para inverter essa situação. Tal ensejo obriga-nos a repensar a missão social da escola e a pugnar para que o currículo, que aí se desenvolve, se assuma como um espaço coletivo de compromissos, um estímulo à participação, uma oportunidade de reflexão e uma forma de desenvolver uma verdadeira educação moral, na qual os valores se assumam como eixos estruturantes de uma sociedade mais justa, mais solidária e mais democrática. Os professores assumem, nesse processo, responsabilidades acrescidas, já que das suas capacidades intelectuais e das virtudes do seu caráter depende, em muito, a excelência do ato pedagógico. É, pois, em torno desses pressupostos que pretendo, ao longo deste texto, interpelar a escola e o currículo em busca de uma nova utopia.
Palavras-chave: currículo, troca de práticas, democratização da escola.